BAHIA: Congresso da Articulação de Esquerda discute política e autonomia do PT

Ser governo sem perder a autonomia de um partido político de esquerda, capaz de mobilizar militantes nas ruas e defender bandeiras do socialismo. Estas e outras pautas fizeram parte das discussões do primeiro Congresso Estadual da Articulação de Esquerda (AE), tendência interna do Partido dos Trabalhadores, realizado no sábado (23) em Salvador. O evento reuniu aproximadamente 800 militantes do partido, que ouviram atentamente os discursos dos deputados Valmir Assunção (federal) e Marcelino Galo (estadual), além da secretária estadual de Política das Mulheres, Lúcia Barbosa, militante e uma das principais coordenadoras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na Bahia (MST).

A mesa de abertura teve representações das mais variadas correntes do partido e dos movimentos sociais. Apesar da diversidade ideológica e das divergências internas, combustível das conhecidas ações internas do PT, todos os discursos afirmaram a necessidade de organizar o partido e preservar sua autonomia frente aos governos conquistados pelo PT e sempre ser a voz dos trabalhadores nesses espaços de poder. Mesmo integrantes de outras tendências no PT, como Everaldo Anunciação, da CNB (Construindo um Novo Brasil), e o deputado federal Nelson Pelegrino, da EDP (Esquerda Democrática Popular), fizeram discursos em defesa da unidade partidária e da defesa de projetos populares.

O evento reuniu representantes de movimentos negros, quilombolas, LGBT, trabalhadores rurais, CUT, UNE, Movimento de Mulheres, pescadores e trouxe ainda prefeitos, vice-prefeitos e vereadores ligados ao PT da capital e do interior do Estado. Para o parlamentar Valmir Assunção, torna-se fundamental que o partido mantenha a sua autonomia, mesmo sendo parte do governo federal e estadual em diversos Estados. “Quem tem que comandar o partido é quem vive o seu dia a dia e a militância”, afirma.

O deputado estadual Marcelino Galo destacou a grandeza do evento e ressaltou a importância da participação da militância no partido. “Esse congresso reuniu lideranças de todo o Estado, mostrando o fortalecimento da militância, do partido e da Articulação de Esquerda, de pessoas que acreditam no desenvolvimento do socialismo. Não tenho dúvidas que esse foi um dos maiores eventos da AE no país”.  

Dois de Julho
Depois de emocionar os 800 participantes do congresso da AE, cantando o Hino ao 2 de Julho, a cantora Márcia Short levantou o auditório cantando “Mulher Brasileira”, antigo sucesso de Benito di Paula. O momento serviu para a fala da secretária estadual de Política das Mulheres, Lúcia Barbosa, que defendeu maior participação da mulher nas esferas de decisões tanto do Legislativo como do Executivo em todas as esferas de poder.

Ascom do deputado Marcelino Galo
Com informações de Adilson Fônseca

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