Presidente Orlando Santos responde nota “Saúde do hospital”.

Concordo com os companheiros quando dizem que o hospital melhorou: verdade! Aquisição de vários equipamentos, reformas estruturais, contratação de mais médicos, humanização do atendimento e o empenho de Dr. Adílson na luta por melhorias junto ao governo estadual. Com o poder de articulação, Adilson sempre foi fiel aos companheiros de luta e discutia os assuntos no coletivo para a tomada de decisões. Em relação à palavra “covardia”, alguns companheiros conhecem muito bem. Em 2008, quando Adilson e o partido articulavam a sua candidatura a prefeito, no dia da convenção, alguns companheiros promoveram um ato digno desta palavra covardia, quando por telefone procuravam tirar Adilson da candidatura de vice-prefeito da coligação para o pleito daquele ano, querendo, provavelmente, assumir o seu lugar.  Naquele momento deixei minha posição, após ser consultado: - “prefeito ou vice-prefeito seria Adilson”, mostrando um ato de fidelidade e coragem perante os “doutores”; enquanto alguns companheiros cediam-se a pressão de membros do governo estadual para tirarem a candidatura do companheiro Adilson. Então o covarde não sou eu! Sou um rapaz de família pobre, cresci com meus esforços, tenho caráter e coragem para defender aquilo que tenho convicção. A minha posição de ser contrário a alguns atos da administração do hospital é pelo fato de ser partidário e não aceitar que companheiros de luta sejam massacrados por pessoas que “caíram de pára-quedas” e não têm nenhuma história no partido, desestruturando-o e deixando-o no descrédito à vista da comunidade.
O companheiro esqueceu-se de ressaltar o empenho de alguns que no início da gestão de Dr. Adilson Duarte trabalharam de graça, voluntariamente, para organizar a administração. Por exemplo, a companheira Elinalva Bastos, o companheiro Mário Sales que trabalhou onze meses na unidade, voluntariamente, antes de ser nomeado, e no dia da votação realizada pelo partido para o cargo de direção do hospital, cuja diretora atual foi confirmada, o voto de desempate para a permanência da mesma foi deste companheiro que, por ironia, foi exonerado pela mesma, sem uma explicação plausível, assim como nas demais exonerações.
O mais interessante é que essas exonerações começaram acontecer depois da morte do companheiro Adilson, cujas nomeações foram feitas por ele.
Mas o companheiro tem que defender a gestão atual mesmo! Tem a esposa que assume cargo de confiança, a sobrinha e o amigo que vai uma vez por semana no hospital.
Graças a Deus minha esposa trabalhou três anos nesta unidade, que por sinal os pacientes que ela recebeu foram bem atendidos e sempre procurou fazer seu trabalho de forma humanitária para com os menos favorecidos, conhecedora de seus sofrimentos e, nunca recebeu uma advertência, não empurrou tarefas que lhe foi atribuída para outras pessoas, nunca deixou de trabalhar quando a diretora não estava ausente da unidade e nem nunca ficou nos corredores do hospital como biruta de aeroporto, fingindo trabalhar.
A coisa que mais prezo é o bem público ser gerido com lisura e imparcialidade. Quando o companheiro Adilson me convidou para ser diretor do RETRAN eu não aceitei por que não tinha uma carteira de motorista. Tive a coragem de dizer não, mesmo precisando, simplesmente porque prezo pela seriedade e competência. Convidou-me, novamente, para trabalhar no hospital: respondi que não iria trabalhar porque não tinha práticas com a saúde, mas pedi a ele e aos companheiros que estavam presentes na reunião do partido que colocassem minha esposa por ser formada como técnica em enfermagem.
Ressalto, ainda, que a atual gestão tem por obrigação fazer com que o hospital tenha o melhor atendimento possível para a comunidade local, porque sempre criticamos a falta de médicos, péssimo atendimento e estrutura deplorável do mesmo em gestões passadas e, sua responsabilidade se torna ainda maior, pois precisa manter e melhorar tudo aquilo que Adilson conquistou para o HGI, que vemos hoje. E em minha opinião prefiro ter cinco dentistas atendendo diariamente a população do que ter um carro administrativo para o hospital. Tenho, também, minhas dúvidas quanto ao fato de todos os funcionários mostrarem-se satisfeitos com o tratamento recebido por alguns membros da administração, segundo o artigo.
Sinto-me honrado em ser presidente de um partido que teve um Presidente da República de origem pobre e que a nível local teve no seu comando, pessoas como Roger Vieira, Elinalva Bastos, Antonio Lisboa e Feliciano Santana Filho e como coordenador político o nosso saudoso Adilson Duarte, responsável pela minha filiação ao PT. No entanto, respeito a opinião de cada um, mas fico triste por estar acontecendo desavenças dentro de nosso partido. Partido este que tem história e seu presidente é eleito por votação dos filiados, e hoje vemos “doutores” em busca de seus interesses em detrimento dos demais, sem ao menos fazer uma consulta com os seus filiados.
Como Presidente do PT de Ipiaú, convido os companheiros, - que mesmo contra a minha gestão -, para participarem das reuniões partidárias para que lá possamos debater as divergências internas e assim poder dirimi-las ou saná-las.
Orlando Santos
Presidente PT Ipiaú

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