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Lula deixa em 2º plano minorias e pautas progressistas em meio a pressões

O presidente Lula (PT) subiu a rampa presidencial com representantes da sociedade —negro, trabalhador, mulher, pessoa com deficiência, indígena e criança—, num simbolismo da representatividade que levaria ao seu governo.

Além disso, carregou para dentro do Palácio do Planalto e para seus discursos a defesa de pautas progressistas e de esquerda, sobretudo a grupos minoritários. Mas esses temas ficaram em segundo plano no seu primeiro ano de governo.

Lula recriou ministérios, deu visibilidade a temas e anunciou projetos e programas importantes para esses segmentos. No entanto, quando os interesses se chocaram com outras prioridades, mulheres, negros, LGBTQIA+ e indígenas saíram perdendo na disputa.

Auxiliares palacianos alegam que a preocupação em contemplar esses grupos com políticas públicas está de forma transversal em todas as pastas.

Destacam que a aprovação do petista não está em patamar que lhe garanta tocar pautas progressistas caras ao seu eleitorado, mas que geram desgaste com o restante da população.

Além disso, são temas que enfrentam resistência em um Congresso de composição mais conservadora, no momento em que o governo busca o apoio para aprovar a pauta econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 7 de dezembro, Lula manteve sua avaliação estável. O petista fecha o ano com 38% de aprovação dos brasileiros, enquanto 30% consideram seu trabalho regular, e o mesmo número, ruim ou péssimo.

A posse de Lula foi repleta de simbolismos, incluindo a imagem do petista subindo a rampa ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e de representantes do povo brasileiro —gesto que ocorreu porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusou a participar da tradicional cerimônia de passagem de faixa.

Acompanharam Lula o cacique Raoni; o artesão Flávio Pereira; a catadora Aline Sousa; o professor Murilo de Quadros Jesus; o metalúrgico e DJ Weslley Rodrigues Rocha; o ativista anticapacitista e influenciador Ivan Baron; a cozinheira Jucimara Fausto dos Santos; e Francisco Carlos do Nascimento e Silva, um estudante de 10 anos, morador de Itaquera.

No discurso, Lula prometeu combater as desigualdades, sendo essa a sua principal bandeira ao longo do ano, ressaltada na maioria das falas públicas.

Um dos pontos levantados foi o das mulheres, que o ajudaram a derrotar Bolsonaro, uma vez que essa fatia do eleitorado manteve alta rejeição ao então presidente durante a campanha.

Lula criou o Ministério da Mulher, sob o comando de Cida Gonçalves, e editou a lei da igualdade salarial. Por outro lado, foi criticado ao não indicar uma mulher para o STF (Supremo Tribunal Federal).

Com direito a escolher dois nomes, ele priorizou aliados, o advogado Cristiano Zanin e o ministro da Justiça, Flávio Dino. Por consequência, diminuiu o número de mulheres no Supremo, uma vez que a segunda vaga era para o lugar de Rosa Weber, que se aposentou neste ano.

Lula começou o ano com recorde de 11 ministras em 37 pastas, e termina com 9 mulheres titulares e 38 ministérios.

Trocas ocorreram para acomodar aliados do centrão, num movimento de pragmatismo do presidente. Ele demitiu Ana Moser (Esportes), para acomodar André Fufuca (PP-MA), e Daniela Carneiro, para entrar Celso Sabino (União Brasil-PA).

Lula nomeou, pela primeira vez, mulheres para o comando de bancos públicos, Rita Serrano (Caixa Econômica Federal) e Tarciana Medeiros (Banco do Brasil). Mas demitiu a primeira para dar lugar ao funcionário de carreira Carlos Vieira, aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O presidente atribuiu a queda na representatividade aos partidos políticos, que nem sempre teriam mulheres para indicar aos cargos, segundo ele.

Em outra frente, o chefe do Executivo neste ano fez a titulação de territórios quilombolas, após anos sem reconhecimento sob a gestão de Bolsonaro.

Ao nomear Flávio Dino, que se autodeclara pardo, para a segunda vaga do STF, ele contemplou a indicação de um negro (pretos e pardos), ainda que esse não tenha sido critério principal para a escolha.

A mesma classificação, por outro lado, levou o governo a uma saia justa. No fim de março, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, Lula assinou um decreto prevendo cotas para negros em cargos de chefia na administração federal.

No entanto, como mostrou a Folha, um detalhe no texto resultou que as metas anunciadas não tenham efeito prático, pois já estavam praticamente cumpridas no momento do anúncio.

O decreto reserva 30% das vagas em cargos de comissão para negros na administração pública federal direta, autarquias e fundações. O prazo para o atendimento da meta é dezembro de 2025.

O critério é a autodeclaração. O texto utiliza o conceito de negro que abrange pretos e pardos. Mas, por esse critério, as metas estabelecidas pelo governo já estão praticamente cumpridas —isso porque os pardos já representam grande fatia dessa meta, sendo pretos minoria.

Integrantes do governo alegam, entre outras coisas, que a importância é criar um critério que seja mantido além de governos.

Quanto aos direitos indígenas, o Congresso retirou a prerrogativa da demarcação de terras do Ministério dos Povos Indígenas, ao qual a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) está vinculada, e a passou para o Ministério da Justiça.

À época, o governo teve de negociar muitos pontos com parlamentares, sobretudo do centrão, e lideranças indígenas se queixaram de que o Planalto as rifou nesse processo.

Também numa briga de estica e puxa com deputados e senadores, o governo atendeu aos interesses indígenas ao vetar o marco temporal. Mas parte dos vetos foi derrubada pelo Congresso.

Lula ainda termina o ano sem recriar a Comissão de Mortos e Desaparecidos, que indeniza familiares de vítimas da ditadura militar.

A volta do grupo, extinto pelo ex-presidente, enfrenta resistência dos militares, com quem o petista buscou apaziguar e normalizar as relações.

Integrantes da base de Lula no Congresso demandam maior atenção a essas pautas, apesar de dizerem que houve avanços importantes nos últimos 12 meses, em particular em comparação aos anos anteriores.

“Este primeiro ano de governo Lula representa um período de reconstrução literal do Brasil, visto que políticas públicas essenciais foram desconstruídas nos últimos quatro anos de governo Bolsonaro”, disse a deputada Daiana Santos (PC do B-RS).

“É por isso que a visibilidade e o próprio espaço dentro de um governo são importantes. Para termos políticas em defesa da nossa população, primeiro temos que ser reconhecidos como sujeitos de direito. Além de [haver] ministras e pessoas em espaço de poder”, completou.

Já a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) destaca a criação do Ministério da Igualdade Racial e o programa de políticas afirmativas, entre outros pontos. Por outro lado, critica a falta de indicações de pessoas negras para cargos-chave, como ao STF.

“A gente precisa mudar a fotografia do poder no Brasil e, sem dúvida, a gente ter diferentes Poderes com mais pessoas negras. Infelizmente, a gente vai ter um Supremo sem uma pessoa negra”, admitiu.

Marianna Holanda e Renato Machado/Folhapress

Jaques Wagner chama avanço de emendas de ‘anomalia’ e diz que uma hora ‘vai ficar impossível’

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta segunda-feira (18) que o avanço do Congresso sobre o Orçamento por meio de emendas é uma “anomalia do sistema”, e disse que a situação tende a “ficar impossível”.

Um dos auxiliares mais próximos de Lula (PT), o senador também afirmou que o presidente entende o novo funcionamento do Congresso, mas não gosta. Segundo ele, Lula é “muito mais da reciprocidade e do reconhecimento do que faca no pescoço”.

“Entender [o novo sistema] ele entendeu, gostar ele não gosta. São duas coisas diferentes. Eu acho também que o Congresso ainda não entendeu que a Presidência está sob nova direção. Que é totalmente diferente da anterior.”

O senador disse também: “Eu não vou chamar ninguém para a briga, mas na minha opinião vai chegar um momento que vai ficar impossível. Vai ter que ter um ponto de arrumação, senão vai ficando ingovernável”.

Wagner também afirmou que Lula não vai dividir o Ministério da Justiça e Segurança Pública em dois com a ida de Flávio Dino para o STF (Supremo Tribunal Federal). Wagner disse ainda que a questão de gênero não deve ser decisiva para o presidente na escolha do futuro ministro.

“Ele já me falou que não vai [dividir o ministério]. Ele só não me falou quem vai ser o ministro. Agora, repare, eu posso ser desmentido por ele. O que eu vou fazer? Nada. Porque a vida é assim. Eu estou falando que eu realmente conversei e perguntei objetivamente: o senhor pretende dividir? Ele falou: não”, disse o senador a jornalistas.

Na semana passada, o senador sinalizou que Lula ainda não decidiu quem vai indicar para o comando do ministério, mas disse saber quem não vai ser ministro: Ricardo Lewandowski, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além dele próprio.

Em café com jornalistas nesta segunda, o senador afirmou que não “interditou” o nome de Lewandowski nem indicou o subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência, Wellington César Lima e Silva, para o cargo.

Wagner disse que se encontrou com o ministro aposentado do STF antes da declaração. Na ocasião, o magistrado afirmou que não tinha interesse no Ministério da Justiça porque tomou “outros caminhos com consultoria”, segundo o senador.

“Eu disse: eu acho que ele não se interessa por isso. Mas não é que eu interditei. Eu falei o que eu conheço. Aliás, eu estive com ele hoje. Falei: ‘ministro, eu espero que o senhor não tenha se ofendido, porque disseram que eu interditei o senhor. Eu não interditei nada, eu só fiz uma gentileza para parar de lhe pressionar, disse que era difícil, porque ele [Lewandoviski] tinha me dito que não”.

À frente da Secretaria de Assuntos Jurídicos, Wellington despacha diretamente com Lula, e tem a confiança do presidente.

Em março de 2016, em meio ao processo de impeachment, ele chegou a assumir o Ministério da Justiça do governo Dilma Rousseff por indicação de Wagner. Mas, como era membro do Ministério Público da Bahia quando foi nomeado, teve que renunciar após o STF declarar inconstitucional um procurador exercer cargo no Executivo sem abrir mão da carreira.

Wagner já havia descartado as especulações em torno de seu nome para o ministério dizendo que teve a opção de ser ministro após a vitória de Lula. Preferiu, no entanto, comandar a liderança do governo no Senado e continuar como parlamentar.

Gleisi também disse a interlocutores que deve permanecer à frente do partido durante as eleições do ano que vem. Além de contar com a confiança de Lula, o nome dela tinha ganhado força nos bastidores por representar a indicação de uma mulher para um ministério de peso.

Wagner, no entanto, afirmou que a questão de gênero não deve ser decisiva para o presidente na escolha do futuro ministro. “Sempre é bem-vinda a ocupação de postos importantes por mulheres. Não estou dizendo que será. Porque é assim, não basta só a questão de gênero, tem que combinar a questão de gênero… Não estou dizendo que não tenha. Seguramente você encontrará mulheres capacitadas para isso, mas eu não acho que para ele isso seja decisivo nesse momento.”

Lula sofreu críticas não só por dispensar a ex-presidente da Caixa Rita Serrano e as ministras Ana Moser e Daniela Carneiro (ex-Esportes e Turismo, respectivamente), como por não indicar uma mulher para a vaga de Rosa Weber no STF. Lula também ignorou a questão de gênero no Banco Central, ao indicar até agora quatro homens para a diretoria.

Thaísa Oliveira/Folhapress

Wagner diz que Gleisi e Lewandowski não serão ministros da Justiça

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), descartou a nomeação do ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, para o Ministério da Justiça após a saída de Flávio Dino (PSB) da pasta.

O senador sinalizou que o presidente Lula (PT) ainda não decidiu quem vai indicar para o comando do ministério, mas disse saber quem não vai ser ministro: Lewandowski, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além dele próprio.

“Eu posso dizer quem eu conheço que não será [ministro]: nem o Lewandowski, nem o Jaques Wagner, nem a Gleisi”, disse o senador nesta quarta-feira (13).

Lewandowski era um dos principais cotados para o Ministério da Justiça e Segurança Pública com a saída de Dino e chegou a ser sondado por interlocutores de Lula, mas sinalizou a pessoas próximas que não tem interesse na função.

Wagner já havia descartado as especulações em torno de seu nome para o ministério, dizendo que teve a opção de integrar o primeiro escalão após a vitória de Lula. Preferiu, no entanto, comandar a liderança do governo no Senado e continuar como parlamentar.

Hoffmann também disse a interlocutores que deve permanecer à frente do partido durante as eleições do próximo ano —eliminando as especulações sobre ir para alguma pasta neste momento.

Além de contar com a confiança de Lula, o nome de Gleisi tinha ganhado força nos bastidores por representar a indicação de uma mulher para um ministério de peso —que tem sob seu guarda-chuva estruturas como a Polícia Federal.

Lula sofreu críticas não só por dispensar a ex-presidente da Caixa Econômica Federal Rita Serrano e as ex-ministras Ana Moser e Daniela Carneiro (Esportes e Turismo, respectivamente), como por não indicar uma mulher para a vaga de Rosa Weber no Supremo.

Na busca por uma mulher para a Justiça, o nome da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), também foi ventilado nos bastidores. Pessoas próximas a Lula afirmam que o presidente teria desistido de buscar uma mulher para o cargo.

Após a indicação de Dino, o presidente também voltou a sondar aliados sobre a possibilidade de fatiar o ministério e criar uma estrutura só para Segurança Pública. Apesar das conversas, essa hipótese é hoje considerada remota.

Wagner defendeu a jornalistas que Dino, aprovado pelo Senado para o STF nesta quarta, deixe o Ministério da Justiça nos próximos dias —ainda que a posse na corte deva ocorrer só no próximo ano.

“Na minha opinião não tem sentido [Dino] ficar mais do que até o final de semana [no Ministério da Justiça]. O [Ricardo] Capelli [número dois], inevitavelmente, se o presidente não tiver feito a escolha, vai assumir interinamente”, disse após o resultado.

Dino indicou que gostaria de tomar posse no STF ainda neste ano. O presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, quer que seja apenas depois do carnaval, em meados de fevereiro.

Thaísa Oliveira/Catia Seabra/Julia Chaib/José Marques/Folhapress

Empresas prometem sites de aposta no ar em menos de 24 horas e por R$ 400 mensais

Considerado um dos mercados mais promissores para as ‘bets’, o Brasil tem estimadas mais de 4 mil casas de apostas. O crescimento é influenciado por uma ajuda tecnológica. Há empresas que vendem ou alugam sites de apostas já prontos, com suporte técnico incluso. Os investidores precisam apenas escolher as funcionalidades, como as modalidades esportivas ou se vão oferecer ou não jogos tipo cassino.

Sites prontos podem ser vendidos por cerca de R$ 50 mil. As plataformas alugadas oferecem pacotes a partir de R$ 400 mensais. O Estadão conversou com interlocutores de duas empresas que alugam sistemas de apostas esportivas. Uma prometeu colocar o site de pé em 2 horas. A outra, em até 24 horas.

É possível também incluir a função cassino no site de apostas. Uma das empresas vende o jogo mediante um pagamento de R$ 10 mil, somado a um repasse mensal de 15% a 17% do lucro do cassino online. As plataformas trabalham com dois tipos de pagamento das apostas, por meio de Pix ou de cambistas – pessoas que vão às ruas coletar as apostas, como ocorre com o jogo do bicho, e ganham uma porcentagem sobre o total arrecadado.

Uma das empresas consultadas pela reportagem permite que os sites incluam qualquer modalidade esportiva para apostas. O dono da plataforma pode, por exemplo, oferecer até partidas de futebol de um torneio de bairro. Como revelou o Estadão, em 2023, as bets entraram forte na vaquejada, uma modalidade que mistura tradição popular do Nordeste, negociações milionárias de cavalos de raça, políticos poderosos e empresários investigados.

O mercado de apostas brasileiro é considerado “promissor” pela indústria internacional de apostas e por empresários que desejam abrir novos sites no País. O Brasil é visto pelo setor como um local culturalmente ligado a jogos de azar e a esportes, além de ter 203,1 milhões de habitantes, o que potencializa os negócios de quem quer investir.

O setor das apostas movimentou entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões, no Brasil, nos últimos cinco anos, segundo o assessor especial José Francisco Cimino Manssur, do Ministério da Fazenda. Manssur registrou, em audiência no Senado, em outubro, que não houve pagamento de impostos sobre este valor, pois o mercado não é regulamentado.

Em agosto, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas, na Câmara, o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Wesley Callegari Cardia, estimou em 4 mil o número de casas de apostas no Brasil.

“Talvez, hoje, enquanto nós estamos aqui reunidos, alguma casa esteja sendo criada de forma não regulamentada, sem licença, sem qualquer licença de qualquer lugar, sem qualquer controle”, declarou Cardia, que defende a regulamentação das “bets”.

Senado deve votar projeto das “bets” nesta semana
O Senado remarcou para esta terça-feira, 12, o projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas no Brasil. As chamadas ‘bets’ funcionam atualmente em uma região cinzenta da legislação. Em 1946, o general Eurico Gaspar Dutra proibiu os jogos de azar por meio de decreto, sob alegação de que eram “nocivos à moral e aos bons costumes”. Até aquele momento, o País permitia o funcionamento de cassinos e casas de apostas, por exemplo.

Em 2018, o então presidente Michel Temer sancionou uma lei que criava uma modalidade lotérica chamada apostas de quota fixa. Esta categoria, conhecida atualmente como as “bets”, informa o valor que o apostador vai receber caso ganhe o jogo. Pela legislação, o Ministério da Fazenda deveria promover a regulamentação em até dois anos, prorrogáveis pelo mesmo período.

O conjunto de regras não foi criado pela pasta no prazo indicado pela lei, ou seja, até 2022. As “bets”, então, passaram a atuar em uma zona cinzenta, com muitas delas hospedando seus sites fora do País. Em julho, o governo Lula publicou uma Medida Provisória que taxava casas de apostas esportivas em 18% da receita bruta dos jogos, subtraídos os prêmios pagos aos apostadores, o chamado GGR (gross gaming revenue, na sigla em inglês).

A Câmara manteve a alíquota de 18% no projeto de lei que tramita no Congresso. Como mostrou o Estadão, o Centrão definiu que os ministérios do Turismo e dos Esportes, controlados pelo grupo desde meio do ano, ficariam com uma fatia de 8% do percentual total.

No Senado, a Comissão de Assuntos Econômicos diminuiu a alíquota geral para 12%. O relator do projeto, senador Angelo Coronel (PSD-BA), estima que o governo deve arrecadar R$ 10 bilhões com a proposta por ano.

Julia Affonso e Vinícius Valfré/Estadão Conteúdo

Ipiaú terá orçamento de R$ 193 milhões em 2004

Em Sessão Ordinária realizada na noite do último dia 30 de novembro, a Câmara Municipal de Ipiaú, aprovou o Projeto da Lei Orçamentária Anual(LOA) , do Poder Exeutivo, para o exercício financeiro do ano 2024. A peça orçamentária prevê a receita em R$193.381.162 e estima a despesa em igual quantia.

Antes da discussão da matéria, em pauta única na sessão, foi lido o parecer conjunto das comissões de “Finanças e Orçamento e de “Legislação e Justiça” que foram favoráveis pela aprovação do projeto na integra.

O projeto chegou à Câmara no mês de setembro e desde então motivou algumas reuniões entre os vereadores e consultores das assessorias contábil , jurídica e administrativa da casa. No decorrer do tempo de tramitação nenhuma emenda foi apresentada pelos parlamentares. Após a aprovação em plenário a matéria retorna ao Poder Executivo a fim de ser submetida aos tramites legais e ser sancionada pela prefeita Maria das Graças.

PREVISÃO DOS GASTOS

O Orçamento para 2024 prevê a seguinte distribuição de gastos:

Poder Legislativo- R$ 6.600.000

Procuradoria Geral do Município- R$1.017.700,00

Controladoria Municipal- R$641.500,00

Secretaria de Governo- R$3.084.000,00

Secretaria de Planejamento e Administração- R$5.610.000,00

Secretaria da Fazenda- R$ 10.426.300,00

Secretaria Municipal de Saúde- R$30.613.760,00

Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social- R$9.878.140,00

Secretaria de Educação- R$82.081.967,00

Secretaria do Desenvolvimento Econômico- R$1.154.700,00

Secretaria de Agricultura e meio Ambiente- R$4.234.400,00

Secretaria de Infraestrutura- R$ 17.335.195,00

Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Serviços Públicos- R$13.740.300,00

Secretaria de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo- R$ 6.963.200,00

(José Américo Castro-ASCOM/Câmara Municipal de Ipiaú)

Esporte, Cultura, celebração religiosa e inauguração marcam a extensa programação dos 90 anos de Ipiaú.

Não podia ser diferente. A Prefeitura de Ipiaú concebeu uma extensa programação para comemorar os 90 anos de emancipação política de Ipiaú, que vai até 3 de dezembro.

Nesta quinta-feira – 30/11 – a prefeita Maria das Graças Mendonça inaugura o calçamento de ruas nas proximidades do HGI, às 16h, e na Praça Dionísia Costa (Bairro 2 de Dezembro), às 17h.

Já no dia 1º de dezembro, sexta-feira, além da inauguração de ruas no Jequitibá, às 9h da manhã, terá a programação musical às 19h, na Praça de Eventos Álvaro Jardim, com show da banda Samba do Bom, da dupla sertaneja Eber Lima e Miguel, o pagodão da banda Parangolé e a dupla de piseiro Iguinho e Lulinha.

No sábado, dia 2 de dezembro, data oficial de aniversário da cidade, acontece uma Feira da Saúde no Complexo de Saúde Adilson Duarte, das 8h da manhã às 16h. Ainda ocorre a missa campal de gratidão pelos 90 anos do município, celebrada pelo Pároco Bruno Nascimento às 19h na Praça de Eventos Álvaro Jardim. Logo depois, tem show da cantora cristã católica Adriana Arydes.

Já no dia 3 de dezembro, domingo, o último dia de comemorações, teremos o evento “Ipiaú em Movimento”, que reunirá competições esportivas na praça Álvaro Jardim, com várias modalidades e batalhas musicais das 14h às 17h. E, por fim, a entrega da Decoração do Natal Luz, na Praça Rui Barbosa, que acontece às 20h.

“Nossos 90 anos merecem uma comemoração à altura da nossa gente. Queremos que essa festa seja um momento de alegria, união e celebração de todas as conquistas que marcaram a trajetória do nosso município”, destacou a prefeita Maria das Graças.

Confira a programação:

30/11 (quinta-feira)
Inauguração de Ruas Entorno HGI – 16h
Praça Dionísia Costa- Bairro 2 Dezembro – 17h

Data: 01/12 (sexta-feira)
Inauguração de Ruas no Jequitibá – 9h
Show na Praça Álvaro Jardim – 20h

02/12 (sábado)
Feira da Saúde – 8h
Missa Campal – 19h
Show na Praça Álvaro Jardim – 22h

03/12 (domingo)
Circuito de Esportes na Praça Álvaro Jardim – às 14h
Entrega da Decoração do Natal Luz, na Praça Rui Barbosa – 20h

Fonte: DIRCOM-PMI

PP de Lira se divide e ameaça projetos do governo mesmo agora com Caixa e Esportes

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

Mesmo com assento na Esplanada dos Ministérios, a bancada do PP na Câmara tem demonstrado insatisfação com o governo federal e ameaça impor reveses ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional.

Em setembro, o presidente Lula (PT) nomeou o deputado André Fufuca (PP-MA) para comandar o Ministério do Esporte e, neste mês, consolidou a troca na presidência da Caixa Econômica Federal para contemplar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Ambas as mudanças fizeram parte de uma reestruturação no governo feita justamente para contemplar o centrão na tentativa de azeitar a relação do governo com a Câmara.

Para integrantes do PP, porém, a nomeação de Fufuca não surtiu efeito para melhorar a relação da bancada com o Palácio do Planalto. Eles reforçam que a legenda segue independente.

A avaliação de integrantes da legenda é que a articulação para que Fufuca assumisse o ministério foi feita à revelia da bancada, que preferia uma pasta com maior capilaridade, como Saúde ou Integração Nacional.

Eles dizem que a pasta tem pouca projeção e baixo orçamento. Afirmam ainda que não haverá efeito político efetivo para os parlamentares de olho nas eleições municipais de 2024, porque não dará tempo de a pasta fazer grandes entregas com apelo eleitoreiro.

Os parlamentares também minimizam a troca na presidência da Caixa, afirmando que isso foi um gesto somente a Lira, e não para a sigla como um todo. Lula oficializou no último dia 3 o nome do economista Carlos Antônio Vieira Fernandes como novo presidente da Caixa. Vieira é o indicado de Lira, que entrou no lugar de Rita Serrano.

A expectativa no Planalto era a de que a mudança na Caixa, sobretudo, provocasse mais efeitos benéficos ao governo uma vez que envolve a repartição de 12 vice-presidências a partidos aliados, como União Brasil, Cidadania e Republicanos —essa negociação em torno desses cargos segue em curso.

Além disso, o que mais tem pesado, na avaliação de parlamentares ouvidos pela Folha, é que o Executivo tem feito uma série de promessas, que depois não são cumpridas, desgastando a relação com a bancada, que estaria hoje “no limite”.

Esses compromissos passam pelo que classificam como uma demora na liberação das emendas e por mudanças feitas em projetos previamente acordados com os deputados.

A pouco mais de um mês para o recesso parlamentar, o governo tem pressa para aprovar matérias da equipe econômica que aumentam a arrecadação federal.

Entre elas a Reforma Tributária, aprovada por senadores na semana passada, e a proposta de subvenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Até o momento, no entanto, não há definição do calendário de tramitação das duas propostas no Congresso.

A subvenção do ICMS, por exemplo, só será votada depois da liberação de emendas, garantem cardeais da legenda. A reclamação é que há uma série de empenhos que foram feitos e ainda não executados. A proposta é considerada prioritária para o Ministério da Fazenda (ela pode gerar R$ 35 bilhões em receitas).

A bancada do PP, com 51 deputados, tem sido importante nas votações do governo neste ano.

Parlamentares afirmam que o partido tem dado a maioria de seus votos favoráveis ao governo em matérias consideradas prioritárias para o Executivo, caso da Reforma Tributária (foram 40 votos a favor), do novo arcabouço fiscal (39 votos) e da proposta de taxação de offshores e de fundos de super-ricos (31 votos).

Na avaliação de uma liderança do partido, os problemas do Executivo na Câmara estão no ritmo da pauta de votações e não do placar final do plenário.

Isso porque, segundo ele, uma vez pautadas, as matérias são aprovadas e sem sobressaltos. Mas há uma demora justamente na decisão de levar um texto ou não à votação e, afirma ele, a insatisfação dos parlamentares não contribui para dar celeridade a esse processo.

Cabe a Lira definir a pauta de votações. O presidente na Câmara tem afirmado, no entanto, que toda decisão de pauta é discutida e acordada em reuniões com os líderes partidários.

Na semana passada, em reunião da bancada do PP, por exemplo, deputados deliberaram por derrubar todos os vetos presidenciais que estavam previstos em sessão do Congresso.

Na leitura de parlamentares esse gesto seria um recado ao governo federal pela insatisfação com o que consideram uma demora do Executivo em liberar valores de emendas que já estariam previamente acertados.

Uma liderança da legenda pondera, no entanto, que temas que são caros à bancada, caso do marco temporal para demarcação de terras indígenas, ultrapassam a relação com o Planalto, e que nessas questões os deputados sempre votarão unidos.

Integrantes da cúpula do partido dizem que o PP jamais será base de Lula como foi em outras gestões petistas e que a decisão sobre votações será tomada caso a caso. Como a pauta econômica do governo também é de interesse de parlamentares e o ministro Fernando Haddad tem tido respaldo do mercado, a tendência é que essas propostas, no mérito, sejam aprovadas pelo partido.

A insatisfação com o governo, afirmam deputados, extrapola a bancada do PP, mesmo com a reforma ministerial que também contemplou o Republicanos, com a nomeação do deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para comandar a pasta de Portos e Aeroportos.

Julia Chaib e Victoria Azevedo/Folhapress

Mário Júnior diz que novo presidente da Caixa dará atenção especial à Bahia

O presidente do PP da Bahia, deputado federal Mário Negromonte Júnior, disse ao Política Livre que o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, empossado nesta quinta-feira (09), vai priorizar a Bahia nos investimentos do governo Lula (PT) em novas moradias.

“Carlinhos Vieira citou a Bahia no discurso de posse e, com ele no comando da Caixa, vamos ter novas moradias sendo entregues e investimentos acontecendo em municípios do Estado de forma mais célere. Ele tem uma relação com a Bahia com o PP estadual, com nossa bancada, de modo que estaremos próximos cobrando ações para os baianos, inclusive por meio do Minha Casa, Minha Vida”, declarou Mário Júnior.

Indicado pelo presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), Vieira substituiu Rita Serrano na presidência da Caixa. A mudança ocorreu após uma longa negociação entre o governo Lula (PT) e o Centrão, que envolveu também a entrega ao deputado federal André Fufuca, do PP de Alagoas, do Ministério dos Esportes.

Lira não participou da posse, e nem o presidente Lula (PT). Mário Júnior acompanhou a solenidade, que aconteceu no Teatro da Caixa Cultural em Brasília.

Política Livre

PT quer aposentar Adolfo compulsoriamente, o plano diabólico de Zé contra Pablo, o papo entre Roma e Jerônimo e outras notas da Radar do Poder


Plano de aposentadoria forçada

O PT não é o INSS, mas tem um plano de aposentadoria para o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD): convencer o aliado a aceitar a cadeira do conselheiro Fernando Vita no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a vagar em dezembro. A oferta é para tirar da cabeça de Adolfo a ideia da terceira presidência. Mesmo que isso signifique alijar o PCdoB, que se acha no direito natural de ocupar o assento no Tribunal por nunca ter emplacado um cargo vitalício em quase duas décadas de petismo na Bahia.

Coração mole demais

Embora a eleição para o TCM só deva ocorrer em março de 2024 na Assembleia, Adolfo Menezes já se antecipou e avisou aos pares que não pretende se aposentar, até porque tem um ‘coração mole’ demais para julgar prefeitos. Outro golpe para o PT é que o deputado Nelson Leal (PP) prometeu apresentar na semana que vem, com assinaturas mais do que suficientes, inclusive de petistas, a proposta de emenda (PEC) que muda a Constituição estadual para permitir a terceira reeleição do presidente.

Acúmulo de caneta

“Se Adolfo Menezes for candidato, será o meu candidato. Ele tem sido leal e correto com os parlamentares e com o governo”, disse à coluna o deputado Júnior Muniz (PT). Mas e o antigo sonho do companheiro de partido e líder do governo, deputado Rosemberg Pinto, de comandar o Parlamento? “Não sei… o fato é que ninguém pediu para eu não assinar (a emenda)”. É fato, ainda, que os partidos aliados não querem o PT chefiando também o Legislativo. Seria muito acúmulo de caneta.

Sem equilíbrio

Ao testemunhar a coleta de assinaturas da PEC por Nelson Leal e o deputado Niltinho (PP), durante a sessão de votação do aumento do ICMS, nesta terça (07), Rosemberg Pinto perdeu a cabeça e, do plenário, ameaçou tratar o colega do PP ‘como oposição’. Presenciada por muitos, a cena aumentou a rejeição ao petista, que, na opinião da oposição, teria revelado sua verdadeira índole e, na visão de governistas, que teria lamentavelmente um perfil autoritário inadequado para o exercício da presidência na Assembleia. “Está muito cedo para isso, não é a hora”, justificou-se o líder depois, percebendo a mancada. O apelo não surtiu efeito. “Estamos tratando só da emenda, não é a eleição ainda. A eleição é só em 2025”, disse Niltinho sem se abalar.

Juras de amor
Aliás, Rosemberg Pinto e Niltinho têm algo em comum: a eles, Adolfo Menezes teria prometido apoio à sucessão em 2025, embora próximos do presidente neguem. Em 2021, na primeira eleição do atual chefe do Legislativo, os dois abriram mão de entrar na disputa, adiando as pretensões. Mas quem imaginaria que poucos anos depois de proibir reeleições sucessivas para o comando da Casa, por pressão dos próprios deputados, a Assembleia fosse discutir uma nova mudança?

Túnel do tempo

Em 2021, o então governador Rui Costa (PT) interferiu na base para forçar Nelson Leal, presidente da Assembleia na época, a abdicar da reeleição e apoiar Adolfo Menezes. Ou seja, Leal passou de estorvo a aliado do sucessor. Isso não seria apenas uma estratégia do pepista para ocupar uma posição de destaque na próxima Mesa Diretora ou de se tornar o “plano B” da sucessão, mas consequência do tratamento recebido. “Adolfo nunca perseguiu ninguém, nem aqueles que mereciam”, analisou um deputado anonimamente.

Feridas abertas

Mesmo passando ao seu lado ao chegar, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) não cumprimentou o presidente estadual do PL, João Roma, durante o lançamento do Instituto Terra Firme, que aconteceu na segunda (06), no Museu de Arte Moderna (MAM). Já o prefeito Bruno Reis (União) cumprimentou entusiasticamente o ex-ministro, de quem espera apoio à sucessão. Até mesmo o governador Jerônimo Rodrigues (PT) superou as diferenças políticas, apertou a mão do adversário bolsonarista e até ouviu sugestões de Roma sobre o agronegócio.

Luva branca

Por sinal, ACM Neto foi pego de surpresa com um gesto educado do presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PSDB), em mais uma edição do projeto “Lembranças do Futuro de Salvador”, na semana passada. Na ocasião, o tucano disse que Neto ainda será governador da Bahia. “Na primeira vez que eu achei que seria presidente da Câmara, eu também não fui”, declarou o edil, que, nos bastidores, costuma atribuir a uma traição do ex-prefeito o fato de não ter sido eleito para comandar o Legislativo municipal em 2012.

Ausência justificada

A ausência do prefeito Bruno Reis (União) durante o evento com ACM Neto na Câmara Municipal causou um certo burburinho entre os presentes, mas foi logo justificada: o gestor não tinha participado das outras edições do projeto lançado por Carlos Muniz que tem como objetivo convidar ex-prefeitos da capital para falar sobre a experiência de ter administrado a cidade. Dessa forma, não pegaria bem aparecer apenas na edição com o antecessor.

Comissão fantasma

Aliados se queixam que a comissão criada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para elaborar propostas que serão apresentadas nas eleições pelo candidato da base aliada ao Palácio Thomé de Souza nunca se reúne. O colegiado é presidido pela secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Fabya Reis (PT). O PSB, por sinal, já está mais adiantado em um esboço de programa de governo que anseia por discutir no colegiado.

Doidinho de Coutos”

Ganhou o apelido de “Doidinho de Coutos” um vereador do PT de Salvador que não consegue mais dormir pensando na hipótese de o deputado estadual Robinson Almeida (PT) ceder a vaga de candidato a prefeito de Salvador no grupo governista ao vice-governador Geraldo Júnior (MDB). Dizem que, sem uma candidatura do partido, o edil seria o primeiro da bancada petista a perder a reeleição à Câmara Municipal.

Política compensatória

O ex-prefeito José Ronaldo (União) iniciou uma articulação para minar a candidatura do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) à Prefeitura de Feira. A estratégia é convencer o novo presidente estadual do tucanato, deputado estadual Tiago Correia, a tirar a legenda do correligionário. Zé, que não abre mão do apoio do PSDB se for candidato a prefeito, acredita que Tiago vai compensar o que ocorreu em 2022, quando a esposa do parlamentar, Ana Coelho, tirou o ex-prefeito da chapa de ACM Neto.

Controle absoluto ou nada

De olho nas movimentações, Pablo Roberto avisou aos correligionários que vai esperar até o início de dezembro para ter o controle do diretório municipal do PSDB em Feira, hoje a cargo do ex-vereador Fábio Lucena, que prefere a candidatura de José Ronaldo. Com isso, reforça as garantias de que a sigla de fato irá manter a candidatura dele. Caso contrário, o deputado não descarta trocar de legenda, mesmo correndo o risco de sofrer uma ação de perda de mandato parlamentar por infidelidade partidária.

Moção de repúdio

Políticas baianas pensaram em fazer uma moção de repúdio contra o deputado federal Otto Filho (PSD) depois que ele mirou com fúria a colega de bancada Lídice da Mata (PSB). Tudo porque a parlamentar disse que não tinha visto o voto do colega contra a taxação dos super-ricos. A proposta da moção só não foi avante porque todo mundo considera muito o pai do jovem, o senador Otto Alencar (PSD).

Olhinhos puxados

Secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esportes da Bahia, Davidson Magalhães, presidente estadual do PCdoB, retornou no início desta semana de uma viagem à China (Beijing), onde participou, desde o dia 25 de outubro, de um seminário sobre economia e comércio para pequenas e médias empresas. O convite foi da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Estado, ou seja, tudo bancado pelo contribuinte. O curioso é que o secretário ainda pode comemorar o aniversário no país asiático.

Pitacos

* Focado em viabilizar a candidatura a prefeito de Salvador, o vice-governador Geraldo Júnior ainda não se dedicou a atrair postulantes a vereador para o MDB, partido dele. A tarefa tem sido conduzida por Lúcio Vieira Lima, presidente de honra da sigla.

* O Republicanos deve ser o partido com mais dificuldade para montar a chapa de vereadores em Salvador. Isso porque a linha de corte é alta. O vereador menos votado pela sigla em 2020 teve quase nove mil votos (Júlio Santos).

* O deputado estadual Sandro Régis (União) foi para as redes sociais criticar a aprovação do aumento do ICMS na Assembleia, mas sequer se deu ao trabalho de participar da sessão para votar contra.

* Já o deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) participou da sessão não para tratar do ICMS, mas sim do título do Fluminense na Libertadores. Fez questão de discursar e demonstrar o orgulho até na sala do cafezinho.
* Sabedor de que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) não vai apoiar a reeleição da prefeita de Juazeiro, Suzana Ramos (PSDB), o filho dela, deputado estadual Jordávio Ramos (PSDB), fez uma estreia tímida na oposição ao criticar o aumento do ICMS.

* Por falar na cidade banhada pelo São Francisco, o deputado estadual Zó (PCdoB) vai aproveitar a passagem do aniversário, no sábado (11), para reunir lideranças políticas e fortalecer a pré-candidatura a prefeito.

* Ex-deputado estadual, Soldado Prisco ainda não decidiu se vai disputar uma cadeira na Câmara Municipal de Salvador pelo União Brasil ou pelo PL. Mas a tendência é que fique com o primeiro.

* O deputado federal José Rocha (União) não acredita que o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha coragem de bancar uma mudança na Constituição para buscar uma segunda reeleição no comando da Casa.

* Jerônimo Rodrigues (PT) pediu aos secretários que preparem um projeto de governo itinerante, visando reforçar a presença da estrutura do Estado no interior.

* Presidente do Agir em Itabuna, o pastor Elias Fernandes já referendou o apoio da sigla à pré-candidatura a prefeito do deputado estadual oposicionista Pancadinha (Solidariedade) a prefeito.
Radar do Poder

No Arara em Ipiaú, Circuito Regional de Futevôlei 
Médio Rio de Contas 2023 reuniu 200 atletas de 25 cidades

O evento contou com o apoio total da Prefeitura
de Ipiaú, através da Secretaria de 
Cultura, Esportes e Turismo.
A secretária de Saúde Laryssa Dias se fez presente representando a prefeita Maria das Graças
Situado nas margens do Rio de Contas, a bela paisagem do Areão do Arara foi palco de uma etapa de um evento gigante do futevôlei.

A prefeitura de Ipiaú viabilizou todas as condições e a cidade abrigou, neste último final de semana, o Circuito Regional de Futevôlei Médio Rio de Contas 2023.

Segundo os organizadores, 200 atletas de 25 cidades participaram. As duplas se dividiram em seis categorias, buscaram títulos e o melhor posicionamento no ranking que define quem vai chegar à etapa final.
Um dos destaques da competição foi a dupla Saul e Hugo, da cidade de Buerarema, campeões da Categoria Avançado, que conta com atletas mais qualificados, inclusive diversos campeões baianos.

Ilhéus foi outra cidade que foi bem representada nesta etapa de Ipiaú. Aladim e Miguel foram os campeões na Categoria Intermediário. Bia e MP foram campeões na Categoria Misto.
A secretária de Saúde Laryssa Dias se fez presente representando a prefeita Maria das Graças
Ipiaú, a cidade anfitriã, também subiu no pódio. O atleta Kel alcançou a 4ª posição na Categoria Avançado. Ele faz dupla com Peu de Itabuna.

C.T.R2 Esportes


O Circuito Regional de Futevôlei é um evento organizado pelo C.T. R2 Sports, que tem como coordenador o professor de Educação Física Rodrigo Roberto, o Digão.
A secretária de Saúde Laryssa Dias se fez presente representando a prefeita Maria das Graças
Acontece pelo terceiro ano consecutivo. Se divide em pelejas regionais e classificatórias, que define o ranking que leva os mais bem posicionados a etapa final.
(Decom-Prefeitura de Ipiaú).

Senado vira campo minado para governo Lula com derrotas e pauta anti-STF

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

O Senado usou a indicação de Lula (PT) para a DPU (Defensoria Pública da União) para mandar um duro recado ao governo e expor o clima de insatisfação na Casa. A força do movimento que levou à rejeição do nome escolhido pelo presidente pegou de surpresa até a oposição.

A avaliação de parlamentares e assessores é de que a derrota de Igor Roque na quarta-feira (25) confirmou a dificuldade do Planalto de construir uma base sólida, em meio a um balcão de reclamações no Senado.

O mal-estar já era explícito no fim de agosto, quando o governo aprovou novas regras para o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) com o placar apertado de 34 votos a 27.

Pelas contas do governo, 12 parlamentares da base nem sequer participaram da votação do Carf —mesmo com a possibilidade de votação à distância e com o empenho pessoal de duas das principais lideranças da Casa, o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

O cenário de agosto é parecido com o de Roque nesta quarta, segundo interlocutores do governo ouvidos pela Folha: 35 votos a favor (um a mais que no Carf) e 12 governistas infiéis.

O nome do DPU já vinha sendo desgastado por bolsonaristas depois que a instituição anunciou um seminário sobre aborto legal. Os 38 votos para rejeitar a indicação, no entanto, pegaram de surpresa até mesmo senadores da oposição, que esperavam um teto de 30 votos contra —ele precisava de 41 favoráveis para ser aprovado.

Embora no primeiro semestre a relação com o Senado tenha sido melhor, os sinais de desgaste já existiam, de maneira mais tímida, no debate sobre os decretos editados por Lula para alterar o Marco Legal do Saneamento.

O governo contava com o Senado para reverter a derrota sofrida na Câmara, que derrubou as normas sobre saneamento publicadas pelo petista logo no início do mandato. No entanto, os senadores obrigaram o governo a editar novos decretos sobre o tema sob ameaça de novo revés para o Executivo.

A leitura nos bastidores sobre a rejeição de Roque é de que o Senado aproveitou um processo de baixo interesse —a indicação para a DPU— para enviar um alerta para o governo.

A avaliação é que falta à articulação política do Executivo tratar com mais atenção às demandas dos membros do Senado, que vão da liberação de emendas à nomeação de aliados no governo.

A reclamação, no entanto, é difusa, e envolve até mesmo a chateação de senadores por não serem chamados para agendas com Lula.

O clima com o Senado azedou em meio ao avanço da negociação que culminou com a indicação, para a presidência da Caixa, de um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Nesta semana, deputados liderados por Lira aprovaram a taxação de offshores e de fundos de super-ricos e ajudaram o Ministério da Fazenda no esforço de ampliar a arrecadação federal no próximo ano.

Na direção contrária, o Senado aprovou a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores, o que deve dificultar o plano da equipe econômica de zerar o déficit em 2024.

Outro ponto de preocupação do governo é a guinada que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deu ao aproximar-se da oposição e encampar uma pauta anti-STF (Supremo Tribunal Federal).

A avaliação no Planalto é que a votação de propostas que atingem o Supremo têm potencial para ganhar corpo e gerar uma crise entre os Poderes capaz de atrapalhar o ambiente político.

Outra derrota significativa ocorreu no fim de setembro com a aprovação, por 43 a 21, de um projeto que regulamenta o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A tese havia sido declarada inconstitucional pelo STF.

Não é só no plenário do Senado que o Planalto tem enfrentado dificuldade. Nas últimas semanas, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), comandada por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que controla três ministérios no governo, também impôs derrotas em série ao Executivo.

No início de outubro, o colegiado aprovou uma proposta de emenda à Constituição que permite a comercialização do plasma sanguíneo, ignorando os apelos do Ministério da Saúde contra a matéria.

O texto libera coleta, processamento e venda do plasma no Brasil por empresas privadas. Essa parte líquida do sangue é utilizada em tratamentos, pesquisa e fabricação de medicamentos hemoderivados.

A gestão Lula começou em janeiro com a avaliação de que o Senado havia sido mais beneficiado na montagem do governo do que a Câmara. Por isso, o Senado era considerado um ambiente mais seguro para o Planalto.

As indicações dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (indicado por Alcolumbre), foram atribuídas aos senadores —enquanto a Câmara não ficou com espaço equivalente.

Lula, porém, viveu momentos difíceis com os deputados no primeiro semestre, quando quase viu caducar a medida provisória que redefiniu a organização da Esplanada. Ele costurou acordos com Lira e ampliou as indicações da Câmara no Executivo.

Após meses de negociação, indicou os deputados André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filhos (Republicanos) para os ministérios dos Esportes e de Portos e Aeroportos, respectivamente. Além disso, demitiu Rita Serrano da Caixa Econômica nesta semana e nomeou um indicado de Lira.

Além da presidência, Lira também terá influência direta na escolha dos chefes das 12 diretorias do banco. A previsão é que ele distribua os cargos com outros partidos e fortaleça a base do governo na Câmara.

Thaísa Oliveira e Matheus Teixeira/Folhapress

Lula encontra Rita Serrano e prepara saída da presidente da Caixa

O presidente Lula (PT) tem agenda nesta quarta-feira (25), ao meio dia, com a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, num encontro que vai preparar sua saída do cargo, segundo auxiliares palacianos.

O comando do banco é alvo da cobiça do centrão e entrou nas negociações com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em troca de apoio no Congresso Nacional. O posto está na mira do PP desde julho.

Na primeira leva de acordos com o centrão, entraram os deputados André Fufuca (PP-MA) no Esportes e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), em setembro.

O encontro de Lula com Serrano ocorre no momento em que a votação do projeto de lei de tributação de fundos exclusivos e offshores passa por uma sucessão de adiamentos. A proposta é considerada prioritário para a equipe econômica elevar a arrecadação federal.

Catia Seabra e Marianna Holanda/Folhapress

Maria inaugura importantes obras na Avenida São Salvador e anuncia outras realizações.

A Prefeita Maria das Graças inaugurou  no final da tarde  dessa terça-feira , 24, duas importantes obras para a comunidade da  Avenida São Salvador e adjacências. A Praça Américo Oliveira da Silva e a pavimentação da Rua Antonieta Bacelar  foram  recebidas com muito entusiasmo  pela população. 

Os dois logradouros localizam-se nas imediações do Parque de Exposições José Thiara. As inaugurações contou com a presença da secretária de Saúde, Laryssa Dias, além de outros membros da administração, bem como do vereadores da base governista, parentes dos homenageados com as denominações dos logradouros e populares.
A praça com piso intertravado,  bancos, iluminação de LED e boa arborização , teve a sua denominação em decorrência de  um Projeto de Lei do vereador Edson Marques que desse modo homenageou um homem simples e muito querido na comunidade onde viveu, assim como em toda cidade. 

Além da sua atividade profissional como pintor de paredes, Américo era massagista do Independente Esporte e Cultura  e líder de sambões que se destacavam nos jogos da Seleção de Ipiaú e em memoráveis campanhas políticas.

A rua onde se localiza o  Sindicato Rural de Ipiaú recebeu,  por indicação do vereador Beto Costa ,   o nome de Antonieta Bacelar, “ a saudosa “Niêta do Pouso do Jacu’”, e ganhou calçamento a paralelepípedo. Com esta já são mais  de 130 vias publicas pavimentadas pela administração da prefeita Maria das Graças.
Na oportunidade a gestora  disse que inúmeras outras ruas da cidade serão pavimentadas  para  que a população esteja livre de incômodos da poeira  nos tempos de estiagem e da lama nos períodos chuvosos. Maria citou outras realizações em curso e adiantou que brevemente estará inaugurando a requalificação da quadra de esportes da Rua São Roque e  do Campo da Baixada, ato que contará com a presença de autoridades governamentais do estado. 

José Américo Castro (Decom-Prefeitura de Ipiaú/Fotos-Janaina Castro e Michel Querino


Comando da 55ª CIPM preocupado com a segurança nos jogos da Seleção de Ipiaú, faz reunião com diretor de esportes do município, presidente da Liga e torcida organizada

Na tarde de quarta feira (18) estiveram participando de uma reunião na sede da 55ª CIPM com o comandante Major Dalmo Porto de Assis, o subcomandante Capitão Kalil e o tenente Ederlan, chefe de planejamento operacional, o presidente da Liga Desportiva Ipiaú, Amílton Careca, diretor de esportes do município Givaldo Nascimento representantes da Torcida Organizada de Ipiaú (TOI), tendo como foco a garantia da ordem nos jogos da Seleção de Ipiaú no Campeonato Intermunicipal de Futebol.

Na ocasião também foram debatidos incidentes ocorridos na partida anterior, no último domingo (15) contra o time de Cachoeira, no estádio Pedro Caetano e alinhadas estratégias de segurança para as próximas partidas decisivas com o objetivo de garantir o bem estar tanto para os munícipes quanto para os visitantes e equipes.

O comandante confirmou que as partes envolvidas concordaram em cumprir as medidas propostas na reunião para que o trabalho de segurança da Polícia Militar encontre facilidades, contando com a parceria de todos para que a prática esportiva seja plena de diversão saudável e em clima de respeito entre as torcidas.

Nesta quinta feira (19) o diretor de esportes do município, juntamente com o presidente da LDI, se encontram em outra reunião, desta vez na na sede da Federação Baiana de Futebol, em Salvador, para tratar de assuntos relacionados a organização das semifinais do Campeonato Intermunicipal.

Texto: Ipiaú Onlin

Prefeitura de Ipiaú abre inscrições para torneios de futebol

Por meio da Diretoria de Esportes, da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, a Prefeitura municipal de Ipiaú abriu as inscrições para as equipes que queiram participar dos torneios de futebol nas modalidades masculina e feminina. 

A  primeira modalidade será exclusiva para times das igrejas evangélicas da cidade, enquanto na  modalidade feminina não haverá distinção religiosa. As inscrições acontecem por meio do contato de Iran, Coordenador de Esportes, ou com Elivan, responsável pela Areninha da Vila Irmã Dulce, por meio dos contatos 73 99842-7440 ou 73 99140-5210.

José Américo Castro / Decom Prefeitura Ipiaú

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