Previdência alertou para imprecisão de estimativa de gastos no Orçamento de 2025
O Ministério da Previdência Social alertou a equipe econômica sobre a imprecisão das estimativas de gastos com benefícios incluídas na avaliação do Orçamento do terceiro bimestre, dada a desconsideração de fatores que vão pressionar a despesa na segunda metade do ano.
A pasta manteve a previsão de despesas com benefícios previdenciários em R$ 976,9 bilhões, mesmo valor indicado no relatório do segundo bimestre. A conta total, incluindo sentenças judiciais e compensações devidas a estados e municípios, também ficou praticamente inalterada, em R$ 1,032 trilhão. Sob esse cenário, o governo liberou R$ 20,6 bilhões que estavam travados no Orçamento.
Segundo a Previdência, as estimativas não incluem os impactos da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que isenta mulheres de carência (período mínimo de contribuição) para receber o salário-maternidade. Tampouco consideram os efeitos da redução da fila de espera do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) sobre os gastos.
O avanço das revisões de benefícios, disse a pasta, pode amenizar parte das pressões. Ainda assim, técnicos da área econômica reconhecem que a tendência é haver novos bloqueios de despesas livres (como custeio e investimentos) para compensar a expansão dos gastos obrigatórios —que incluem os gastos com Previdência.
“No presente momento, a imprecisão natural da estimativa é agravada pelo fato da mesma ser realizada a partir de despesas realizadas ao longo do primeiro semestre, sendo que o cenário das concessões e cessações de benefícios para o segundo semestre deve ser bastante distinto e incerto”, diz nota técnica que subsidiou a avaliação bimestral, obtida pela Folha por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
Um integrante do governo afirma que têm havido “evidentes oscilações” no ritmo de análises e concessões de benefícios, o que prejudica as estimativas. No ano passado, o Executivo encerrou o período com um gasto previdenciário R$ 29,9 bilhões maior que o previsto originalmente no Orçamento. Neste ano, mesmo com as imprecisões, a diferença já está em R$ 16,7 bilhões.
Como revelou a Folha, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agiu para segurar as concessões de novos benefícios no fim de 2024, o que elevou o estoque de requerimentos a um pico de 2,7 milhões.
O represamento afetou a dinâmica dessas despesas nos primeiros cinco meses de 2025, quando elas cresceram 6,4% em relação a igual período do ano passado —em linha com a correção pela inflação, o ganho real do salário mínimo e a expansão mais tímida da base de beneficiários.
Segundo a nota técnica, o estoque de benefícios emitidos apresentou uma estabilidade incomum de julho de 2024 a maio de 2025, ao redor dos 34,3 milhões. Nesse intervalo, as concessões até caíram de novembro de 2024 a janeiro deste ano, quando os artifícios para segurar a fila estavam em vigor.
Em junho de 2025, a tendência mudou drasticamente. O estoque alcançou 34,7 milhões de beneficiários, na esteira da aceleração das concessões de novos benefícios (707 mil em maio e 630 mil em junho).
A despesa mensal, de R$ 103,3 bilhões, ficou 14,3% acima do observado em igual mês de 2024, já descontando da base de comparação gastos extras realizados com beneficiários gaúchos durante as enchentes no ano passado. Os dados de julho ainda não foram divulgados.
“A retomada do crescimento das concessões após janeiro somente se manifesta de forma relevante no estoque de benefícios a partir de junho. Essa estabilidade, incomum em relação a essa variável, associada ao aumento observado em junho, sugere que, provavelmente, no segundo semestre o estoque volte a apresentar um crescimento”, diz a nota técnica da Previdência.
No saldo do primeiro semestre, a alta da despesa foi de 7,9%. Esse foi o dado considerado pela Previdência para fazer as projeções. A fila, porém, ainda estava elevada, em 2,4 milhões no fim de junho, o que deixa espaço para que as concessões se mantenham em alta até o fim do ano.
A decisão do STF sobre o salário-maternidade, por sua vez, deve custar entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,7 bilhões neste ano, considerando a implementação da medida a partir de julho. O governo disse que ainda não incluiu o valor nas estimativas porque o ritmo de concessão do benefício daqui para frente é uma incógnita. Em 2026, a expectativa é que a despesa extra deve ficar em R$ 12 bilhões.
“Dada a incerteza sobre o comportamento dos segurados, especialmente os que podem pedir os benefícios negados nos últimos cinco anos, não é possível incorporar essa variável na despesa estimada para o ano, embora seja certo que haverá um incremento na concessão administrativa de salários-maternidade”, afirma o documento.
Um especialista em Previdência avalia, sob reserva, que não incorporar o impacto do salário-maternidade é questionável, uma vez que a decisão já foi tomada pelo STF. Em sua visão, seria prudente que o governo já acomodasse o valor dentro do Orçamento, ainda que fosse necessário revê-lo para mais ou menos nos próximos meses.
Na direção oposta, a Previdência citou a mudança nas regras do auxílio-doença via Atestmed (sem perícia presencial) como um fator que pode resultar em menor velocidade de concessão desse benefício específico.
O economista Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, avalia que as projeções do governo ainda estão subestimadas. “A redução da fila de requisições de benefícios, que pouco andou nos últimos meses, deve colocar pressão sobre essas despesas no segundo semestre”, diz.
Segundo ele, a decisão do STF sobre o salário-maternidade também tem um impacto relevante, embora difícil de se estimar, dada a possibilidade de trabalhadoras que tiveram o pedido negado no passado entrarem com recurso com base na nova interpretação. “Nesse caso, o ideal seria o governo adotar uma postura conservadora e revisar para cima a projeção da despesa”, afirma.
Para Sbardelotto, o governo precisará elevar a estimativa de gastos previdenciários em R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões —um valor bem menor do que o aumento de R$ 16,7 bilhões que o Executivo precisou acomodar em sua primeira reavaliação, em maio, mas ainda assim significativo considerando a necessidade de fazer cortes em outras políticas.
Nas contas da XP, o novo bloqueio deve ficar na casa dos R$ 5 bilhões, devido não só à Previdência, mas também ao crescimento das despesas com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.
Idiana Tomazelli/Folhapress
Trump acende alerta ao pressionar Zelenski antes de reunião
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acendeu o alerta entre aliados de Volodimir Zelenski ao pressionar o ucraniano pouco antes de recebê-lo na Casa Branca nesta segunda-feira (18).
O republicano está numa corrida para tentar um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia, e voltou a adotar a visão favorável à Rússia para encerrar o conflito após reunião de cúpula com Vladimir Putin na sexta passada (15), no Alasca.
“O presidente Zelenski pode acabar a guerra com a Rússia quase imediatamente, e ele quiser, ou pode continuar a lutar. Lembre como ela começou. Não ganhará de volta a Crimeia dada por Obama (12 anos atrás, sem um tiro dado!), e SEM ENTRADA NA OTAN DA UCRÂNIA”, escreveu, com as usuais maiúsculas, na rede Truth Social.
A postagem trouxe à tona a memória de quando Trump recebeu Zelenski na Casa Branca pela primeira vez, em fevereiro. Ao lado de auxiliares e do vice J.D. Vance, ele armou uma armadilha para o ucraniano, acusando-o de ter causado a invasão russa de 2022 e de não querer acabar com a guerra.
O bate-boca público, um desastre para Kiev, foi depois remendado aos poucos, com o americano adotando uma crescente posição de neutralidade e passando a pressionar Putin, com o paroxismo de um ultimato que venceu no dia 8 passado.
Só que, a julgar pelas entrevistas posteriores de Trump, era tudo teatro. Ele disse no fim de semana que não pretendia implementar as sanções que havia ameaçado se o russo não parasse a guerra até aquela data, porque isso determinaria seu fracasso em lograr uma trégua.
Em vez de punições aos parceiros comerciais da Rússia, como China e Brasil, Trump promoveu a cúpula no Alasca. Não houve menção à trégua, mas tudo o que transpareceu do encontro sugere um encaminhamento novo para um cenário em que os termos de Putin prevalecem.
O russo fez uma concessão conhecida até aqui, segundo o negociador Steve Witkoff: aceitou pela primeira vez que os EUA deem algum tipo de garantia de segurança para a Ucrânia após o fatiamento do país, talvez de forma análoga ao artigo 5 da carta da Otan, que prevê defesa mútua em caso de ataque a qualquer 1 dos 32 membros da aliança militar.
Nada de força de paz em solo, como querem Kiev e os europeus, contudo. E Putin sugeriu que aceitaria trocar o congelamento das linhas de batalha nas duas regiões dos sul ucraniano nas quais controla 70% do território, Kherson e Zaporíjia, em troca da entrega definitiva de Donetsk (leste), onde também tem 70% de domínio e está em ofensiva.
A quarta região anexada ilegalmente e que faz parte do pacote colocado por escrito pelo Kremlin, Lugansk (leste), já está totalmente controlada por Moscou. Pela proposta de Putin, ele ganharia 6.600 km2 remanescentes no leste em troca de desocupar 440 km2 que tomou das regiões de Sumi e Kharkiv, no norte, que não estão na sua lista de desejos.
É um bom negócio para o russo, ainda que não seja o domínio sobre o vizinho que planejava ao invadi-lo. As áreas remanescentes de Zaporíjia e Kherson são de difícil acesso pela barreira natural do rio Dniepr, e o que Putin tem lá já é suficiente para manter sua ponte terrestre entre a Crimeia e a Rússia.
No domingo, Zelenski admitiu discutir a situação a partir das linhas atuais da frente de batalha, que tem mais de 1.000 km. Mas voltou a dizer que não poderia ceder território constitucionalmente, o que joga dúvidas sobre o destino da negociação.
A neutralidade militar da Ucrânia e o destino da península russófona da Crimeia, que Putin anexou na verdade há 11 anos após ver seu aliado derrubado da Presidência em Kiev, pelas palavras de Trump, já são um fato consumado na proposta à mesa.
Zelenski voltará à grelha do Salão Oval às 14h15, o horário de Brasília. Vance deverá estar com Trump novamente. Ele viajou a Washington com outros sete líderes europeus, algo inédito fora de cúpulas, mas Trump vetou um encontro com todos ao mesmo tempo.
Após 45 minutos previstos com o ucraniano, o americano deverá receber os líderes do Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Finlândia, além do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Antes do encontro, o ucraniano postou no Telegram que “nós todos queremos acabar igualmente com essa guerra, de forma rápida e confiável”. E apontou para os invasores: “A Rússia precisa acabar com essa guerra, que ela começou. Eu espero que nossa força compartilhada com os EUA e com nossos amigos europeus leve a Rússia à paz real”.
Enquanto isso, os combates em si continuaram, com ataques de lado a lado. Em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, sete pessoas morreram durante uma barragem de mísseis e drones, e outras três morreram na capital homônima de Zaporíjia.
Na mão contrária, os ucranianos atingiram uma estação de transferência do oleoduto Drujba, causando reclamações na Hungria e na Eslováquia, que ficam sem o petróleo russo nessa segunda. A União Europeia limitou a compra do produto a partir do fim de 2022, mas há exceções negociadas para esses dois membros.
O Drujba (amizade, em russo) é um oleoduto de 4.000 km que ligava a União Soviética à Europa, passando por diversos países hoje independentes, como a Rússia e a Ucrânia.
Igor Gielow/Folhapress
Liga Desportiva de Ipiaú comunica demissão de treinador e anuncia Paulo Salles como substituto
Após o empate sem gols em casa diante da seleção de Camamu, a Liga Desportiva de Ipiaú anunciou a demissão do técnico Valdélio Sá. O comunicado foi feito pelo presidente da entidade, Amilton França, ao repórter Romário Henderson.
O substituto já foi definido: trata-se do experiente Paulo Salles, conhecido como o “Rei do Acesso” na Série B do Campeonato Baiano e bastante respeitado no cenário do futebol estadual.
A decisão ocorre em meio ao início ruim de Ipiaú no Campeonato Intermunicipal. Em duas partidas, o time acumula uma derrota e um empate, sem marcar gols, ocupando a lanterna do Grupo 9 pela segunda rodada consecutiva. No último jogo, contra Camamu, a equipe deixou o campo sob vaias da torcida.
Agora, caberá a Paulo Salles a missão de recolocar a seleção ipiauense nos trilhos. Apesar de contar com um elenco considerado competitivo, o desempenho em campo tem ficado muito aquém das expectativas. (GIRO/Romário Henderson)
Resultado da rodada do Campeonato de Futebol Adulto 2025 da AABB
A rodada do campeonato na categoria adulto tiveram três jogos, um na quarta-feira e dois no domingo.
Na quarta-feira (13/08) um jogo com muito gols, a Jr Modas aplicou uma sonora goleada contra a Ed Telecom.
Ed Telecom 0x6 Jr Modas
Golls: Jr Modas: Macaco (3), Gustavo, Davi Miranda e Dominguinho
No domingo (17/08) dois jogos fecharam a rodada. No primeiro jogo Jr Modas e a Farmácia Pague Pouco um empate sem gols.
Jr Modas 0x0 Farmácia Pague Pouco
A segunda partida do domingo a Hortifruti São Luiz ganhou da Pão & Cia e retomou a liderança do campeonato.
Pão & Cia 2x4 Hortifruti São Luiz
Gols: Pão & Cia: Gabriel e Rian
Gols: Hortifruti São Luiz: Adson Jr (2), Quevin Huan e Uallas (contra)
Próximos jogos
Quarta-feira (20/08)
19:15 - Lázaro Auto Peças x Ed Telecom
Domingo (24/08)
07:45 - Pão & Cia x Farmácia Pague Pouco
09:00 - Hortifruti x Ed Telecom
Quem são os líderes europeus que vão acompanhar Zelenski na reunião com Trump
Emmanuel Macron, presidente da França; Friedrich Merz, chanceler da Alemanha; Mark Rutte, secretário-geral da OTAN; e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, vão acompanhar o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em seu encontro com o presidente Donald Trump, nesta segunda-feira, 18, na Casa Branca.
A decisão parece ser um esforço para evitar a repetição do encontro tenso que Zelenski enfrentou quando se reuniu com Trump no Salão Oval em fevereiro.
A presença dos líderes europeus ao lado de Zelenski, demonstrando o apoio da Europa à Ucrânia, pode ajudar a aliviar preocupações em Kiev e em outras capitais europeias de que o presidente ucraniano corra o risco de ser pressionado a aceitar um acordo de paz que Trump afirma querer intermediar com a Rússia.
Von der Leyen, chefe do braço executivo da União Europeia, publicou no X que “a pedido do presidente Zelenski, participarei da reunião com o presidente Trump e outros líderes europeus na Casa Branca amanhã”.
A viagem conjunta destacou a determinação dos líderes europeus em garantir que a Europa tenha voz na tentativa de Trump de promover a paz, após a cúpula realizada na sexta-feira entre o presidente dos EUA e o líder russo Vladimir Putin – da qual Zelenski não foi convidado a participar.
Reunião
Donald Trump voltou a apoiar o plano da Rússia para encerrar a guerra na Ucrânia, que prevê a cessão de territórios ucranianos a Moscou. Após se reunir com Vladimir Putin no Alasca, no sábado, 16, Trump afirmou que um acordo de paz poderia ser alcançado rapidamente caso Volodmir Zelenski aceitasse entregar regiões como Donetsk e Luhansk, incluindo áreas atualmente sob controle ucraniano.
A proposta recebeu forte rejeição de Kiev e de líderes europeus, que veem riscos em negociar antes de qualquer cessar-fogo. Para eles, isso favoreceria a Rússia, que tem avançado militarmente e já controla toda a região de Luhansk e grande parte de Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson. Mesmo assim, Trump defendeu que Zelenski “faça um acordo”, dizendo que “a Rússia é uma potência muito grande e eles não”.
As reações na Europa foram frias diante da guinada de Trump, que havia ameaçado impor sanções a Moscou, mas recuou após a reunião com Putin. Líderes europeus reafirmaram que seguirão aumentando a pressão econômica contra a Rússia “enquanto a matança continuar”. Excluído da cúpula do Alasca, Zelenski afirmou que tratará com Trump, em Washington, “todos os detalhes sobre o fim da guerra”.
Estado de S. Paulo
Votação é encerrada na Bolívia; resultados preliminares devem ser divulgados às 22h
A votação foi encerrada nas eleições gerais da Bolívia às 16h no horário local (17h de Brasília) neste domingo, 17, em um dia marcado pelo ataque a pedras ao candidato esquerdista Andrónico Rodríguez. De acordo com informações do TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) da Bolívia, os resultados preliminares da votação serão divulgados a partir das 21h no horário local (22h no horário de Brasília) e o objetivo é concluir a contagem em um prazo de 72 horas.
Segundo a regra eleitoral, um candidato pode vencer a eleição no primeiro turno se obtiver mais de 50% dos votos, ou se um deles obtiver pelo menos 40% dos votos e uma margem mínima de 10 pontos sobre o segundo colocado. A expectativa é de que dois candidatos de direita cheguem ao segundo turno: Samuel Doria Medina, da chapa de direita Aliança pela Unidade, e Jorge “Tuto” Quiroga, do Liberdade e Democracia. O pleito deve ser disputado no dia 19 de outubro.
Segundo a pesquisa Ipsos-Ciesmori, que foi divulgada no dia 7 de agosto, Medina lidera as intenções de voto com 21,2%, enquanto Quiroga tem 20%.
Crise
Os bolivianos chegam ao dia da votação com uma crise econômica e escassez de combustível, que começou em 2014 com a queda na produção de gás e petróleo no país. O preço dos combustíveis segue baixo devido a uma política de subsídios que custam US$ 3 bilhões por ano, enquanto receitas com a venda de gás natural – a maior fonte econômica da Bolívia – despencou por causa da queda do preço no mercado internacional.
Esses fatores têm levado a Bolívia a uma diminuição de suas reservas internacionais e ao aumento do déficit fiscal. A inflação do país também aumentou. Segundo a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), o índice este ano é de 15,1% – o pior desde 2008.
O cenário oferece à oposição a melhor chance de vitória eleitoral na Bolívia desde que Evo Morales venceu pela primeira vez, em 2005 – de lá para cá, Morales dominou toda política boliviana, mas foi impedido de disputar estas eleições pela Justiça eleitoral.
Evo Morales e o voto nulo
O ex-presidente boliviano e político mais influente das últimas duas décadas, tinha como objetivo voltar à presidência nas eleições nacionais deste ano, após governar a Bolívia entre 2006 e 2019 em três mandatos consecutivos. No entanto, sua candidatura foi bloqueada pelo Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP), que ratificou que nenhum funcionário público pode buscar uma segunda reeleição, seja de forma contínua ou descontínua.
De Lauca Ñ, no trópico de Chapare (Cochabamba), Morales pediu que se emitisse voto nulo como forma de expressão daqueles que queriam apoiá-lo, mas não podiam devido à sua inelegibilidade. O ex-presidente afirma que essa ação evidenciará a falta de legitimidade do processo e enviará uma mensagem de rejeição a um sistema que, segundo ele, não garante igualdade de condições para todos os candidatos. No entanto, o TSE esclareceu que os votos nulos ou em branco não afetam a validade do processo.
O apelo de Morales teve eco entre seus seguidores, embora esse grupo tenha diminuído devido à profunda divisão interna do MAS desde o início deste ano. As tensões entre diferentes facções enfraqueceram a coesão do partido e sua capacidade de mobilização. Ao votar neste domingo, Morales disse que considera que o processo eleitoral não tem “legitimidade” porque ele foi impedido de participar. “Esta votação vai demonstrar que é uma eleição sem legitimidade”, disse Morales. “Essa será a primeira vez na história, se não houver fraude, que o voto nulo será o primeiro”, afirmou o ex-presidente de esquerda.
Estado de S. Paulo
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