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Casos de infarto aumentam no Brasil, especialmente no inverno

Procura por cateterismo cardíaco, exame padrão-ouro para avaliar a obstrução de artérias, cresce na estação mais fria do ano

O infarto agudo do miocárdio, conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando há a obstrução de uma ou mais artérias coronárias que irrigam o coração. Dados recentes do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revelaram que, entre 2008 e 2022, o número de internações por essa doença aumentou 150% no Brasil. Entre os fatores que aumentam os riscos, além da idade avançada, hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo e obesidade, destacam-se o frio - no inverno, as ocorrências são mais frequentes - e, mais recentemente, as infecções causadas pela Covid-19.
Até setembro, quando a estação mais fria do ano dá lugar à primavera, o número de ocorrências de infarto deve aumentar, assim como a frequência de realização de cateterismo cardíaco, “exame padrão-ouro que revela a causa do infarto e, eventualmente, evolui com a angioplastia, procedimento que restabelece o fluxo da artéria coronária quando há obstruções”, explicou o cardiologista intervencionista Sérgio Câmara. É a partir do estudo das coronárias feito no cateterismo que também se indica a cirurgia de revascularização miocárdica em alguns poucos casos.
Em 2022, segundo o INC, o número de infartos no inverno foi 27,8% maior em mulheres e 27,4% maior em homens na comparação com o verão. No frio, na tentativa de manter a temperatura do corpo, os vasos sanguíneos se contraem e diminuem de diâmetro (vasoconstrição), situação que pode levar ao infarto e piorar a hipertensão em pacientes com predisposição.

Covid-19 - Pelo fato da Covid-19 ser uma doença que atinge principalmente as vias respiratórias, acreditou-se inicialmente que ela afetava apenas as vias aéreas e o pulmão. Todavia, estudos sérios confirmaram as suspeitas de que a doença é sistêmica, ou seja, afeta todo o corpo, inclusive os vasos sanguíneos e o coração. “Tanto é que a infecção causada pela Covid-19 aumenta em 50% o risco do desenvolvimento de doenças como miocardite (inflamação no músculo cardíaco) e trombose (formação de coágulos no sangue que dificulta o fluxo de vasos sanguíneos)”, pontuou Sérgio Câmara.

Diagnóstico - Do ponto de vista do diagnóstico do infarto, o cateterismo é um dos procedimentos mais comuns. Ele avalia a anatomia das artérias coronárias e a medida de pressões nas câmaras cardíacas através da inserção de um cateter em uma artéria pela virilha ou pulso. Guiado até o coração, o cateter pode medir a pressão arterial no órgão, obter amostras de sangue para análise, injetar contraste para visualizar as artérias coronárias e/ou verificar a função das válvulas cardíacas. “Embora seja um procedimento padrão-ouro, o cateterismo tem suas limitações. Por isso, durante o procedimento, exames de imagem ou de fisiologia intravascular podem ser necessários para melhor esclarecimento da causa da obstrução”, explicou o hemodinamicista Sérgio Câmara.

Tratamento - Do ponto de vista do tratamento, a angioplastia coronária para tratar o infarto é bem frequente na rotina do especialista. Ela é realizada quando as artérias que suprem o coração ficam estreitadas ou bloqueadas devido ao acúmulo de placas de gordura e/ou trombo. “Através do cateter, é insuflado um balão dentro da artéria coronária, dilatando o estreitamento e um stent é colocado para manter o trajeto pérvio”, afirmou Sérgio Câmara. O stent é um arcabouço metálico embebido em remédio usado para restaurar o fluxo sanguíneo em uma artéria e garantir o seu resultado no longo prazo.

O Brasil está entre os países com os maiores índices de obesidade no mundo; a população brasileira está envelhecendo; em virtude das mudanças climáticas, o frio está mais intenso em algumas regiões do país; e, somado a tudo isso, há um grande número de brasileiros que foram infectados pela Covid-19, doença que, comprovadamente, afeta a saúde cardiovascular. “Este cenário, aliado ao fato das doenças cardiovasculares serem a principal causa de morte entre homens e mulheres no Brasil, preocupa os especialistas e a população”, resumiu o cardiologista intervencionista dos hospitais da Rede D'or e do Hospital da Bahia/DASA, em Salvador, Sérgio Câmara. As principais formas de prevenção ao infarto são a prática de exercícios físicos, a alimentação balanceada, a cessação do tabagismo, o controle do estresse e a adoção de outros hábitos saudáveis, além da realização de consultas e exames de rotina.

Assessoria de Imprensa:

Cinthya Brandão: (71) 99964-5552

Carla Santana: (71) 99926-6898

Saúde recomenda uso de máscara diante de sintomas gripais

Indicação também vale para quem tem fatores de risco para covid-19

Nota técnica do Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras de proteção facial para pessoas com sintomas gripais, pessoas que apresentem fatores de risco para covid-19 e casos suspeitos ou confirmados da doença. De acordo com a pasta, os grupos com fatores de risco para complicações da covid-19 incluem imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades em situações como locais fechados e não ventilados, locais com aglomeração e serviços de saúde.

No documento, a pasta destaca que, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha declarado o fim da emergência em saúde pública de importância internacional, o vírus continua a circular no Brasil e no mundo. “O vírus ainda tem caráter pandêmico, com transmissão generalizada, e ainda há risco do surgimento de novas variantes que podem ser ainda mais graves do que as variantes atualmente em circulação e devem ser monitoradas.”

Além do uso de máscaras faciais, o ministério classifica como importantes medidas não farmacológicas que incluem o distanciamento físico, a etiqueta respiratória, a higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão, a limpeza e desinfecção de ambientes e o isolamento de casos suspeitos ou confirmados.

A pasta também reitera a importância da vacinação contra a covid-19, disponível para toda a população acima de 6 meses de idade. O reforço da bivalente está disponível para toda a população acima de 18 anos que tenha recebido pelo menos duas doses da vacina monovalente.

Agência Brasil

Saiba mais sobre a febre maculosa, que matou 4 pessoas em SP este mês

Doença bacteriana é transmitida pelo carrapato
A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e que é transmitida pela picada de carrapato infectado, principalmente pelo carrapato estrela. Nesta última semana, a doença provocou a morte de quatro pessoas que estiveram em uma fazenda na cidade de Campinas, no interior paulista.

“A febre maculosa é uma doença infecciosa aguda, provocada pela picada de um carrapato que vai transmitir a bactéria para a pessoa”, explicou a infectologista Sandra Gomes de Barros, professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), em entrevista à TV Brasil. “Ela pode se manifestar desde uma forma leve até formas mais graves, provocando hemorragias e o comprometimento de vários órgãos de nosso sistema”, ressaltou.

Dicas

A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato. Por isso, para preveni-la, o ideal é evitar estar em locais onde haja exposição a esses bichos ou adotar algumas medidas para quando estiver visitando alguma dessas regiões silvestres, de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta.

O Ministério da Saúde indica que, ao visitar uma dessas regiões de maior risco, a pessoa utilize roupas claras, que ajudam a identificar mais rapidamente o carrapato, que tem cor escura. Também é importante usar calças e blusas com mangas compridas e utilizar botas. Se possível, diz o ministério, deve-se prender a barra da calça à meia com fita adesiva.

Outra indicação da pasta é que pessoa utilize repelentes, principalmente os que tenham como princípio ativo DEET, IR3535 e Icaridina. Outra medida importante é evitar carrapatos nos animais de estimação.

Em visita a áreas de risco, o ministério alerta para que as pessoas verifiquem se há presença de carrapatos sobre suas roupas ou pele a cada duas ou três horas, removendo-os imediatamente para reduzir o rico de transmissão da doença. Segundo o ministério, é importante atentar-se inclusive para os micuins, a forma jovem do carrapato e que são mais difíceis de serem visualizados, mas também podem transmitir a doença.

Caso encontre carrapatos aderido ao corpo, é importante que a remoção seja feita com uma pinça, e não com os dedos. Também é importante não encostar objetos aquecidos ou agulhas para retirar o bicho. “Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença”, informa o ministério.

Após o uso, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos.

Febre maculosa

O Brasil registrou 2.059 casos de febre maculosa de janeiro de 2013 a 14 de junho de 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Desse total, 1.292 casos foram na Região Sudeste. Desde o início deste ano, 53 casos ocorreram em todo o país, dos quais 30 se concentraram no Sudeste.

A Região Sudeste é um dos locais que concentra o maior número de casos do país, principalmente nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis e Sorocaba. “Está muito longe de várias outras doenças endêmicas. Mas ela dá muito na Região Sudeste. As pessoas precisam ter cuidado ao entrar em região de mata, de gramado, com gramas altas, fazendas, trilhas ecológicas. Existem regiões em que a doença é sabidamente frequente, como em Campinas, onde a febre maculosa é muito comum, já que tem muitas capivaras. Esses carrapatos gostam de animais de sangue quente”, disse a infectologista e epidemiologista Gerusa Figueiredo, em entrevista à TV Brasil.

O período de maior transmissão da doença é entre os meses de junho e novembro.

“Para o indivíduo adoecer é necessário que se tenha contato com esse carrapato por um período mais prolongado, de 4 a 10 horas, para que possa ocorrer a transmissão dessa bactéria pela picada do carrapato”. explica Sandra Gomes de Barros

Sintomas

Os sintomas da doença estão relacionados frequentemente à febre, dor pelo corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas, quadro muito parecido com os sintomas de dengue e de leptospirose. Por isso, é importante que, ao chegar a uma unidade de saúde, o profissional seja informado de que a pessoa esteve em região de risco para a doença ou com incidência de carrapatos.

“Ela é uma doença que tem sintomas inespecíficos como febre, mal estar, dor de cabeça, náusea, vômito e dores musculares, que podem confundir com outras doenças. O que vai fazer o diferencial é o indivíduo informar que esteve em uma área silvestre, onde tinha a presença do carrapato”, explica Sandra Gomes de Barros.

A procura pelo serviço médico deve ocorrer rapidamente, assim que surgirem os primeiros sintomas da doença, que costumam aparecer entre 2 e 14 dias após a picada pelo carrapato infectado.

“Ao apresentar esses sintomas, procurar atendimento médico o mais rápido possível”, alertou Elen Fagundes, bióloga e coordenadora da Unidade de Vigilância de Zoonoses de Campinas, em entrevista à TV Brasil. Segundo ela, se o tratamento for iniciado rapidamente, “é muito possível que a evolução da doença tenha um curso favorável, com cura”.

Agência Brasil

Sesab assina contrato com Hospital Martagão Gesteira para realizar cirurgias ortopédicas e mutirão em diversas especialidades

Nesta quinta-feira (7), dia Mundial da Saúde, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) assinou dois contratos com o Hospital Martagão Gesteira, em Salvador, voltados ao atendimento de crianças e adolescentes na área cirúrgica. Com o investimento superior a R$ 550 mil, serão realizados procedimentos ortopédicos e um mutirão de cirurgias eletivas em diversas especialidades, como retirada de vesícula, amígdalas e adenoide.

Os contratos foram assinados pela secretária estadual da Saúde, Adélia Pinheiro, que esteve na unidade filantrópica, e pelo presidente da Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, Carlos Emanuel Melo, gestor do hospital.

“O governo do Estado tem sido um grande parceiro dessa instituição, que é responsável por salvar a vida de milhares de crianças. Atualmente, o Estado aporta recursos superiores a 50% do financiamento do hospital e hoje estamos ampliando essa contribuição com novos contratos para procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade, voltados, sobretudo, para aqueles pacientes que deixaram de realizar cirurgias eletivas em virtude da pandemia da Covid-19”, afirmou Adélia Pinheiro.

De acordo com Carlos Emanuel Melo, os profissionais do Martagão Gesteira não medirão esforços para cumprir a missão de dar assistência às crianças baianas. “O hospital fará o máximo de esforço para atender essas crianças e, juntamente com nosso parceiro [Sesab], atingir o objetivo de reduzir as filas de cirurgias eletivas”, disse o gestor da unidade.

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