Sóstenes antecipa visita a Bolsonaro e diz que “se ele quiser acordo, esquece a anistia”
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, antecipou uma visita que faria a Jair Bolsonaro na próxima semana para bater o martelo sobre o encaminhamento do partido em relação ao projeto de anistia.
A conversa estava marcada para a quarta (24), mas foi antecipada para a segunda (22). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o encontro.
“Eu quero ouvir da boca dele, Bolsonaro, qual é a posição que devemos tomar”, afirma o parlamentar. “O que ele falar, está falado.”
Até agora, o ex-presidente não se manifestou clara e diretamente sobre o tema, o que tem gerado acalorados debates na direita.
Sóstenes afirma que só vê uma alternativa para resolver o problema do ex-presidente: a anistia ampla, geral e irrestrita, para ele e os demais réus do 8/1. O deputado é contra um acordo que deixe o perdão de lado e reduza as penas de Bolsonaro, como querem o Centrão e o STF.
Ele afirma que, se entende que as penas foram muito altas, a própria Corte deve rever a aplicação delas para cada um dos réus. “O parlamento não faz dosimetria de penas. Quem faz isso é o Judiciário”, diz.
“Eu vou contar para ele tudo o que ouvi [sobre acordo para redução de penas] do Hugo [Motta, presidente da Câmara]. Mas eu estudei o assunto. E tenho convicção de que não há outro instrumento, a não ser a anistia, para corrigir o erro do STF”, afirma.
“Mas, se Bolsonaro quiser o acordo, esquece a anistia. Se ele determinar que é isso, é um outro assunto”, segue. “Eu sou obediente. Vou seguir a decisão dele.”
O líder do PL diz apostar que Bolsonaro seguirá apoiando a anistia. “Ele é um de 1.500 réus”, relembra, afirmando que outras pessoas podem ser afetadas pelo posicionamento do ex-presidente.
No mesmo dia do encontro com o ex-presidente, Sóstenes terá reunião com o relator da proposta, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que já disse ser impossível aprovar no Congresso uma anistia ampla, geral e irrestrita.
No encontro, ele já terá a posição clara de Bolsonaro sobre o assunto.
Ao autorizar a visita, Alexandre de Moraes alertou que “serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu”.
Mônica Bergamo, Folhapress
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