Senador dos EUA é empurrado e algemado durante entrevista do governo sobre imigração; veja
O senador democrata dos Estados Unidos Alex Padilla foi empurrado para fora de uma sala, jogado no chão e algemado por agentes de segurança nesta quinta-feira (12). Ele tentava fazer uma pergunta durante uma entrevista coletiva da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, sobre os protestos na Califórnia.
“Eu sou o senador Alex Padilla, tenho perguntas para a secretária”, disse Padilla durante a coletiva, em que Noem discutia os protestos em Los Angeles contra a repressão migratória promovida pelo presidente Donald Trump. “Não encoste em mim”, afirmou Padilla antes de ser retirado da sala.
Em comunicado, Padilla afirmou que foi forçado ao chão e algemado por agentes de segurança, mas não está detido no momento.
Um vídeo publicado pela Fox News mostra três agentes empurrando Padilla ao chão e algemando suas mãos para trás.
Parlamentares de ambos os partidos criticaram a ação. “O senador Padilla é um cara grande, alto, e ver a forma como ele foi tratado naquela sala é errado e revoltante”, disse a senadora republicana Lisa Murkowski a jornalistas no Capitólio.
O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, condenou o episódio em discurso no plenário. “Acabei de ver algo que me embrulhou o estômago —a maneira como um senador dos Estados Unidos foi tratado”, disse. “Precisamos de respostas imediatas sobre o que diabos aconteceu”.
Após o incidente, Noem se reuniu com o senador em particular, segundo informou seu porta-voz na rede social X (antigo Twitter). A informação foi confirmada também pela Fox News.
Segundo a emissora conservadora, Noem afirmou ter tido uma reunião de 10 a 15 minutos com Padilla “cordial e proveitosa”. Padilla teria expressado preocupações sobre as operações do ICE, mas segundo Noem, foi uma “boa reunião e estaria tudo bem entre os dois”.
A sessão comandada por Noem mirava a onda de manifestações contra as políticas de imigração do governo Trump. As áreas centrais da cidade de Los Angeles passaram a última noite sob toque de recolher, numa tentativa de conter os distúrbios iniciados na sexta-feira passada.
Durante a semana, protestos ocorreram em Nova York, Atlanta e Chicago, onde manifestantes gritaram palavras de ordem e entraram em confronto com policiais.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, acusou Trump de inflamar a situação em Los Angeles, a maior cidade da Califórnia e a segunda maior do país, ao mobilizar milhares de militares apesar de as autoridades locais considerarem os protestos sob controle, o que, segundo ele, gerou uma nova onda de violência.
Centenas de fuzileiros navais dos EUA chegaram à região de Los Angeles na terça-feira sob ordens de Trump, depois de ele ter também ordenado o envio de 4 mil soldados da Guarda Nacional, uma força militar de reserva, para a cidade.
A prefeita Karen Bass disse que os envios de militares não eram necessários, pois a polícia havia conseguido controlar os protestos, a maioria dos quais foi pacífica e limitada a cerca de cinco ruas. No entanto, devido a saques e violência noturna, ela impôs o toque de recolher.
“[Trump] redobrou a aposta com o perigoso envio da Guarda Nacional, atiçando ainda mais as chamas. E o presidente fez isso de propósito”, afirmou Newsom num discurso televisionado na noite da última terça-feira (10).
Newsom também voltou a criticar duramente a política de imigração de Trump, dizendo se tratar de “deportações em massa que visam indiscriminadamente famílias imigrantes trabalhadoras”, e acusou o presidente republicano de traumatizar comunidades em lugares como Los Angeles, em vez de protegê-las. Os protestos na maior cidade da Califórnia começaram após batidas realizadas pelo ICE em locais onde muitos imigrantes trabalham.
Cerca de 300 pessoas foram detidas nos últimos dias em resultado das operações, afirmou o ICE, que prometeu continuar com as batidas apesar dos protestos.
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