Direita larga na frente em apuração das eleições de Portugal, mostra boca de urna
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André Ventura, presidente do partido de ultradireita Chega |
Pela sondagem do ICS/ISCTE para a emissora SIC, a AD teve entre 27,6% e 31,8% dos votos, com projeção de eleger de 77 a 89 deputados na Assembleia, que tem 230 cadeiras.
No poder desde 2015, o PS (Partido Socialista) vem em segundo lugar, com entre 24,2% e 28,4% da previsão de votos, o que resultaria em uma bancada entre 68 e 80 deputados.
A legenda de ultradireita Chega confirma a terceira colocação apontada nas pesquisas e mostra força, com entre 16,6% e 20,8% dos votos. O desempenho indica um aumento expressivo da bancada, dos atuais 12 deputados para entre 44 e 54 parlamentares.
A vitória da Aliança Democrática, contudo, não significa automaticamente que seu líder, Luís Montenegro, presidente do PSD (Partido Social Democrata), será o novo primeiro-ministro.
No sistema eleitoral luso, vota-se no partido, e não diretamente no candidato. Após a definição dos assentos parlamentares, as bancadas podem fazer acordos e coligações que sustentem outros arranjos governativos. Por isso, a composição total do Parlamento importa para a formação do Executivo.
Tradicionalmente, o partido mais votado indica o premiê, mas isso não é obrigatório. Em 2015, o Partido Socialista chegou ao poder mesmo tendo ficado na segunda colocação, graças a uma inédita união pós-eleitoral dos partidos de esquerda, apelidada pejorativamente de geringonça devido à aparente fragilidade do entendimento.
As primeiras projeções indicam que a soma dos partidos de direita é superior à dos de esquerda, puxada sobretudo pelo crescimento do Chega.
Luís Montenegro, líder da AD, contudo, repetiu durante a campanha que não pretendia governar com o apoio da ultradireita. A depender dos resultados finais, porém, um arranjo sem a legenda será um desafio.
Primeiro líder partidário a comentar os resultados preliminares, André Ventura, presidente do Chega, afirmou que o desempenho de sua legenda nas urnas indica o fim do bipartidarismo entre PSD e PS em Portugal.
O deputado expressou que o resultado “permite ao Chega negociar um governo” e deixou claro que irá pressionar Montenegro para a formação de um arranjo à direita que inclua o partido.
“Estamos disponíveis para formar um governo”, adiantou. “Os portugueses manifestaram-se claramente e disseram que querem um governo de dois partidos: da AD e do Chega”, disse Ventura, para quem seria irresponsável não aproveitar a maioria atribuída nas urnas às duas siglas.
Previsto para acontecer apenas em 2026, o pleito foi convocado de forma antecipada após a queda do premiê António Costa, que renunciou em novembro, quando uma investigação de corrupção em negócios do setor de transição energética atingiu o núcleo de seu governo.
A inesperada crise política pegou os próprios partidos de surpresa, uma vez que a confortável maioria absoluta dos socialistas, com 120 dos 230 assentos parlamentares, poderia premir a conclusão da legislatura sem sobressaltos.
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