Medo de perder é a mensagem que PT passa ao tirar Jerônimo dos debates, por Raul Monteiro*
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Se Jerônimo não tem condições de ficar frente a frente com Neto, não tem condições de dirigir a Bahia |
Em última instância, dizem ao eleitor que estão, de fato, com medo de que Jerônimo, apesar do avassalador impulso que o apoio do presidenciável Lula representou para sua passagem ao segundo turno, não ganhe ou não tenha chegado à segunda etapa das eleições com a segurança para vencer que todo o grupo não cansa de propagar. Para o tamanho do desafio que aguarda o vencedor, é uma estratégia desrespeitosa com o próprio candidato. E tenebrosa para os baianos. Para se viabilizar como um gestor capaz de conduzir os destinos de um Estado grande e empobrecido como a Bahia, Jerônimo precisa começar vencendo a pequena ‘ameaça’.
E só conseguirá fazê-lo aceitando o duelo dos candidatos sem o filtro controlado da propaganda ou dos eventos destinados a convertidos ou ao eleitorado cativo de Lula que não se preocupa em analisar se o petista é, de fato, o mais preparado para executar a tarefa que seu partido e o grupo de forças aliadas quer colocar-lhe nos ombros. De fato, até agora, não foi possível saber o que o candidato do PT pensa sobre problemas cruciais que afetam o Estado, como a queda nos índices da educação, o descontrole da violência, o aprofundamento da pobreza e o enfraquecimento da economia privada nestes 16 anos que o PT está no poder.
Apelar para o argumento de que Neto não foi a debates é um erro e, principalmente, uma mentira. Apesar de então liderar a corrida sucessória, o candidato do União Brasil faltou a dois confrontos em emissoras sem audiência consolidada no horário, mas compareceu ao da Rede Globo, indiscutivelmente o mais importante de todos. Ainda assim, pôde comprovar que o argumento que justificou suas primeiras ausências era válido. A existência de mais quatro concorrentes reduziu a capacidade de expressão de cada um deles, que, a partir do segundo bloco, ainda fecharam um acordo para isolá-lo, cortando-lhe a chance de falar.
Agora, com um tête-à-tête, seria completamente diferente. Tendo se mostrado, em tese, como os mais fortes para disputar, num segundo momento, o governo do Estado, Jerônimo e Neto, sozinhos, têm a oportunidade de apresentar as propostas que consideram mais adequadas para combater os principais problemas enfrentados pelos baianos e mesmo apontar as inconsistências de cada qual dentro do jogo lícito aos contendores. Além disso, liberando-o para o programa, os líderes do grupo do petista mostram que ele tem personalidade própria e cacife para eventualmente governar, sendo muito mais do que a repetição do número de Lula na urna que o colocou na liderança da disputa.
* Artigo do editor Raul Monteiro publicado na edição de hoje da Tribuna.
Raul Monteiro*
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