Israel anuncia fechamento da Faixa de Gaza em meio a aumento da tensão com palestinos

Israel fechará para comerciantes e trabalhadores, neste domingo (24), sua única passagem com a Faixa de Gaza, depois que militantes do enclave palestino lançaram três foguetes contra seu território. A decisão de fechar a passagem de Erez afetará milhares de palestinos deste território empobrecido, submetido ao bloqueio israelense há mais de 15 anos. Israel controla todas as entradas e saídas do enclave de 2,3 milhões de pessoas, tanto de mercadorias quanto de pessoas.

“A decisão de reabri-la será tomada após uma avaliação da situação”, informou o Ministério da Defesa israelense. Três foguetes foram disparados de Gaza para Israel na sexta (22) à noite e na madrugada deste sábado (23), horas depois de confrontos entre a polícia israelense e manifestantes palestinos terem deixado mais de 50 feridos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, palco de fortes tensões.

Desde segunda (18), vários foguetes foram disparados a partir da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo radical Hamas, na direção de Israel, provocando incursões aéreas israelenses contra este enclave. Os disparos não causaram vítimas, e a maioria dos projéteis foi interceptada pelo escudo antimísseis israelense.

Estes ataques com foguetes são os mais graves desde a guerra sangrenta de 11 dias entre o Hamas e o Exército israelense em maio de 2021, na esteira de confrontos entre a polícia israelense e palestinos em Jerusalém Oriental, que deixaram centenas de palestinos feridos.

Se o fechamento da fronteira com Gaza não reduzir os ataques com foguetes, militares israelenses estão de prontidão para retomar uma ofensiva, informou o Canal 12 neste sábado, acrescentando que estão cientes de que a retaliação pode se transformar em vários dias de combate.

Com trabalhadores palestinos empregados em Israel, Jerusalém espera que a pressão econômica convença o Hamas a reprimir os lançamentos de foguetes. O número de palestinos na Faixa de Gaza que podem trabalhar em Israel aumentou para 12 mil no mês passado, e o governo disse que aumentaria em mais 8.000, para um total de 20 mil.

Folhapress

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