Desembargador ataca TSE: ‘Tá fingindo demência, amnésia ou não tem o que responder mesmo?

Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquivo

O desembargador Sérgio Fernandes Martins, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, fez uma provocação insólita ao Tribunal Superior Eleitoral. “Tá fingindo demência, amnésia ou não tem o que responder mesmo?”, ele escreveu em referência a questionamentos de militares das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. A postagem em tom de desafio à mais alta Corte eleitoral do País, foi feita no fim de janeiro, o perfil do magistrado é privado. Em outro momento, o comportamento do desembargador nas redes acompanha a característica de ativistas antivacinas.

Ele retuitou o post de uma mulher que comemora uma decisão que traz a seguinte manchete: “Juiz Federal libera funcionário público para entrar no trabalho mesmo sem estar vacinado: ‘o Brasil não se encontra em regime totalitário’”. A matéria foi postada no dia 30 de janeiro, o que confirma a movimentação do desembargador nas redes nos últimos dias.

O magistrado é filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça, Sérgio Martins. Em novembro do ano passado, o desembargador havia determinado a remoção imediata de um vídeo em que o vereador Tiago Vargas (PSD) da Câmara Municipal de Campo Grande acusa de corrupção Reinaldo Azambuja (PSDB), governo de Mato Grosso do Sul. A decisão de Sérgio Martins foi duramente criticada pelo desembargador Marcelo Câmara Rasslan, que considerou o parecer como “censura prévia”.

Nos últimos meses, o Twitter tem fortalecido políticas contra a desinformação. A plataforma já baniu figuras como a escritora americana Naomi Wolf após ter espalhado uma falsa informação sobre vacinados contaminarem água.

Em janeiro deste ano, a rede já suspendeu por algumas horas a conta do empresário e apoiador de Bolsonaro Luciano Hang e de outros congressistas republicanos dos EUA por espalhar desinformação sobre a Covid-19. Desde o final de setembro do ano passado, o YouTube lançou diretrizes para a exclusão de conteúdos que sejam antivacinas.

Estadão Conteúdo

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