Comerciantes do Shopping Popular realizam grande manifestação em frente a prefeitura

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Comerciantes que trabalham no Shopping Popular em Feira de Santana realizaram uma grande manifestação em frente a prefeitura, na manhã desta quinta-feira (18), para reclamar das taxas cobradas, da estrutura que está inacabada e do fraco movimento de clientes. Eles pedem diálogo com o prefeito Colbert Martins Filho e alegam que estão enfrentando dificuldades de sobrevivência.

Elizabeth Araújo, uma das organizadoras da manifestação, disse ao Acorda Cidade que os comerciantes não têm condições de permanecer no Shopping Popular. Segundo ela, "o galpão é privado e de popular não tem nada". A comerciante ressaltou a necessidade de diálogo com o prefeito para que haja uma redução dos custos e a flexibilização das taxas em virtude da crise financeira enfrentada neste momento de pandemia.

“Queremos um diálogo para negociar somente uma taxa administrativa. Não queremos pagar esse aluguel que é caríssimo, queremos tirar o lacre, porque se a gente ficar 45 dias sem pagar, os boxes são tomados. Queremos conversar com o prefeito para reduzir a taxa de aluguel, para ter uma carência maior, para a gente ter mais tempo para sobreviver e para aquele empreendimento ganhar vida. Porque o empreendimento não tem movimento para a gente vender e sobreviver. A gente pede uma carência maior, um preço justo para que a gente consiga se manter ali dentro”, explicou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A comerciante disse que o presidente do consórcio que administra o Shopping Popular, o empresário Elias Tergiliene, não dá atenção aos trabalhadores.

“Não pára para nos ouvir, para nos atender e quando a gente fala que não dá para continuar ele diz: ‘Se você não consegue, saia’. Como é que é um projeto popular e a gente tem que sair assim porque ele quer? É um projeto capitalista que ele só quer ganhar dinheiro em cima dos boxes, a realidade é essa”, acrescentou.

Paula Araújo, que também tem um box no Shopping Popular e participou da manifestação, declarou que a prefeitura estipulou que os comerciantes pagassem uma taxa de condomínio de R$ 28 o metro quadrado, mas a realidade é que o valor pago é de R$ 40.

De acordo com ela, a carência do aluguel está acabando e em maio, os comerciantes pagarão o aluguel com o valor maior. Ela contou que no local não há movimento de clientes e consequentemente não consegue vender os seus produtos.

Publicado em 18/03/2021 11h23.

Comerciantes do Shopping Popular realizam grande manifestação em frente a prefeitura

Eles alegam que estão enfrentando muitas dificuldades e que a obra está inacabada.
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Comerciantes do Shopping Popular realizam grande manifestação em frente a prefeitura
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Rachel Pinto

Comerciantes que trabalham no Shopping Popular em Feira de Santana realizaram uma grande manifestação em frente a prefeitura, na manhã desta quinta-feira (18), para reclamar das taxas cobradas, da estrutura que está inacabada e do fraco movimento de clientes. Eles pedem diálogo com o prefeito Colbert Martins Filho e alegam que estão enfrentando dificuldades de sobrevivência.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Elizabeth Araújo, uma das organizadoras da manifestação, disse ao Acorda Cidade que os comerciantes não têm condições de permanecer no Shopping Popular. Segundo ela, "o galpão é privado e de popular não tem nada". A comerciante ressaltou a necessidade de diálogo com o prefeito para que haja uma redução dos custos e a flexibilização das taxas em virtude da crise financeira enfrentada neste momento de pandemia.

“Queremos um diálogo para negociar somente uma taxa administrativa. Não queremos pagar esse aluguel que é caríssimo, queremos tirar o lacre, porque se a gente ficar 45 dias sem pagar, os boxes são tomados. Queremos conversar com o prefeito para reduzir a taxa de aluguel, para ter uma carência maior, para a gente ter mais tempo para sobreviver e para aquele empreendimento ganhar vida. Porque o empreendimento não tem movimento para a gente vender e sobreviver. A gente pede uma carência maior, um preço justo para que a gente consiga se manter ali dentro”, explicou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A comerciante disse que o presidente do consórcio que administra o Shopping Popular, o empresário Elias Tergiliene, não dá atenção aos trabalhadores.

“Não pára para nos ouvir, para nos atender e quando a gente fala que não dá para continuar ele diz: ‘Se você não consegue, saia’. Como é que é um projeto popular e a gente tem que sair assim porque ele quer? É um projeto capitalista que ele só quer ganhar dinheiro em cima dos boxes, a realidade é essa”, acrescentou.

Paula Araújo, que também tem um box no Shopping Popular e participou da manifestação, declarou que a prefeitura estipulou que os comerciantes pagassem uma taxa de condomínio de R$ 28 o metro quadrado, mas a realidade é que o valor pago é de R$ 40.

De acordo com ela, a carência do aluguel está acabando e em maio, os comerciantes pagarão o aluguel com o valor maior. Ela contou que no local não há movimento de clientes e consequentemente não consegue vender os seus produtos.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Não tem fluxo de clientes naquele lugar e estamos sem possibilidade até de comer. Estamos fazendo cestas básicas para doar para muitos colegas que já estão passando necessidade. O aluguel sem a carência, com a taxa de condomínio vai ficar um total de R$ 600. Como vamos pagar se não estamos vendendo nem R$ 50? No dia 24 de dezembro o que eu vendi R$ 50. Estou sobrevivendo de um dinheiro que eu tinha guardado que era para comprar o material escolar dos meus filhos. A gente vai para o Shopping Popular e não vende nem o dinheiro da passagem. Tenho colegas que nem abriram os boxes essa semana, porque não tinham o dinheiro para pagar a passagem”, lamentou.

O comerciante Emerson Simões relatou ao Acorda Cidade, que entende a necessidade da prefeitura de organizar o comércio popular, padronizar os camelôs e promover o desenvolvimento da cidade. Porém, na opinião dele, o Shopping Popular deixa muito a desejar, tanto pelas taxas cobradas, como pela estrutura que está inacabada.

De acordo com Emerson, o local tem apenas um contrapiso, não tem a escada rolante que foi prometida, nem banco, nem casa lotérica, que estavam previstos no projeto, como alternativas também para atrair clientes e visitantes. Ele frisou que os comerciantes não estão suportando a situação.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Nos falaram que a gente ia pagar algumas taxas, realmente a gente está disposto a pagá-las. Mas, não estamos vendendo, se não arrecadamos, como vamos pagar? Tem pessoas que não vendem há quatro meses, estão indo, abrem a loja e da mesma forma que abrem fecham. Há pessoas que já passaram os boxes. E elas vão para onde? Vão trabalhar de que? Há muito tempo nós queremos um posicionamento do prefeito para que ele sente e busque uma solução conosco”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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