Diante de inquéritos, Bolsonaro passa a ver Moraes e Celso de Mello como inimigos pessoais

Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF têm na mira principalmente dois ministros, Alexandre de Moraes e Celso de Mello, que o presidente elegeu como inimigos próprios, destaca a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo. No domingo (24), Bolsonaro compartilhou um artigo da lei de abuso de autoridade, em indireta a Mello.

Estão nas mãos deles os inquéritos mais relevantes para o presidente: com Moraes, o das fake news, que tem bolsonaristas como alvos, e com Mello, o da tentativa de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Bolsonaro se enfureceu quando o ministro barrou a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo de seus filhos, para a direção-geral da PF.

De acordo com a Painel, a despeito dos avanços contra os ministros, Bolsonaro costura uma relação pacífica com o presidente do STF, Dias Toffoli, na qual se fia para garantir estabilidade institucional mínima. A partir dela, consegue manter os ataques aos ministros desafetos.

Também no domingo, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que as ofensas na reunião ministerial foram dirigidas a só alguns do STF, em sintonia com o que pensa o presidente. Ele disse que “botava os vagabundos na cadeia, começando pelo STF.”

Criticado pela crise gerada, que reforçou os pedidos de parlamentares para que ele seja demitido, Weintraub recebeu apoio de Bolsonaro na reunião, tendo sido citado por ele diversas vezes.

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