Crítica do governo a Anvisa por plantio de Cannabis não tem embasamento, diz Cannab

Foto: Matheus Caldas/Bahia Notícias
Em meio ao embate sobre a regulamentação do plantio de Cannabis sativa para fins medicinais no Brasil, protagonizado pela Anvisa e pelo Governo Federal, quem sai prejudicado são as famílias de baixa renda com pacientes acometidos por doenças como autismo, epilepsia refratária de difícil controle, autismo, Parkinson e esclerose múltipla, que poderiam estar sendo beneficiados com medicação à base de CBD e THC. Esta é a avaliação de Leandro Stelitano, presidente Associação para Pesquisa e Desenvolvimeno da Cannabis no Brasil (Cannab). “Isso é que está atrapalhando a regulamentação sair mais rápido. Porque o ministro [da Cidadania, Osmar Terra] dá umas opiniões sem nenhum embasamento, apesar de ser médico”, argumentou Stelitano.

O titular da Cannab ainda esclareceu declarações dadas pelo ministro da Cidadania, que ameaçou fechar a Anvisa caso a agência autorizasse o plantio. “Ele não tem condições de poder fechar a Anvisa. A Anvisa é um órgão regulador independente do Executivo e do Legislativo, por isso que eu digo que ele não tem embasamento para falar, e o que ele diz nas entrevistas é que, para se ter uma medicação no Brasil, que é o CBD, você não precisa ter uma produção [da erva]”, disse Leandro, ao rechaçar a teoria de Terra.
Stelitano apontou ainda o atraso no Brasil neste tema ao destacar que é o único país da América do Sul que ainda não possui uma regulamentação sobre o plantio de Cannabis medicinal e citou um projeto da Cannab de produzir e fornecer a custo menores e acessíveis, a todos os seus associados, a medicação a base da Canabbis. Confira a entrevista completa clicando aqui.