Fechamento de fábrica da Ford gera ‘efeito cascata’ e ameaça até 24 mil empregos

Foto: Andy Rain/EPA/Agência Lusa
Um efeito cascata deve ser provocado pela saída da Ford do mercado de caminhões, de acordo com reportagem da Folha, publicada nesta quarta-feira (20).
Distribuidores e fornecedores da unidade fabril de São Bernardo (SP) devem ter problemas financeiros nos próximos meses, já que as demais empresas do setor não devem ter condições de suprir a demanda oriunda da montadora americana.
A estimativa é de que o desemprego na região do ABC paulista aumente. Somente na Ford, são cerca de 3 mil demissões. Porém, com o fim das atividades da fábrica, deve ser atingida uma cadeia com 24 mil trabalhadores, segundo previsão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Os sindicatos começam agora uma intensa negociação com os patrões, mas nenhum funcionário deve ser remanejado. A reportagem cita a unidade de Camaçari que já está com quadro de pessoal completo.
O fechamento da Ford em São Bernardo (SP) surpreendeu os funcionários. A montadora americana não chegou a ameaçar, nem tentou negociar vantagens tributárias com os governos estadual ou federal.
Aspetos econômicos foram decisivos para o encerramento das atividades. Primeiro, pesou a crise no mercado de caminhões, que cresceu impulsionado por incentivos do governo nos anos petistas, no entanto, caiu abruptamente.
A segunda condição importante é a situação da própria Ford, que vem perdendo dinheiro no País. Além disso, a Ford não tem produzido caminhões em nenhum outro lugar do mundo.

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