Bolsonaro critica questão do Enem sobre gays e promete exame com temas ‘úteis’

Foto: Reprodução/ youtube
A metodologia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi alvo de crítica do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) durante a tarde desta segunda-feira (5)
Em entrevista ao vivo ao Brasil Urgente, da Band, o capitão reformado do Exército foi contra a aplicação de uma questão sobre linguística que relatava a utilização da linguagem pajubá, de origem no iorubê, por gays e travestis.
Segundo ele, o exame não será extinto, mas como presidente irá cobrar temas “úteis” para a Educação, que tenham “a ver com a história e cultura do Brasil”.
“Uma questão que entra na linguagem secreta de travesti não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar que no futuro a garotada se interesse mais por esse assunto. Temos que fazer com que o Enem cobre conhecimentos úteis”, afirmou.
Ainda em entrevista ao programa, Bolsonaro falou sobre uma “supervalorização” dos LGBT+. “Parece que há uma supervalorização de quem nasceu assim”, disse.
Pajubá – Relatos históricos e pesquisas acadêmicas apontam, de acordo com o Nexo Jornal, que a utilização do pajubá entre travestis começou nas décadas de 1960 e 1970.
Nas sua origem, o dialeto funcionava como proteção a seus usuários. “Começamos a falar na época da ditadura, por conta da repressão policial e para despistar na presença de alguém indesejado”, afirmou a presidente da Associação de Travestis de Salvador (Atrás), Keyla Simpson, em uma entrevista de 2009 para uma publicação da Ufba (Universidade Federal da Bahia).

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