PM terá efetivo máximo para acompanhar protestos com orientação de 'usar a força' em casos extremos
Esta sexta-feira (30) promete ser um dia de dor-de-cabeça e
muitos transtornos para os brasileiros, com protestos marcados em todo o
país, inclusive na Bahia. No chamado Dia Nacional de Luta – organizado por Centrais Sindicais – manifestantes prometem fechar rodovias, como a BR-324, e paralisar o serviço de ônibus até às 8h da manhã em
Salvador. Para lidar com possíveis excessos e “garantir o direito de ir
e vir de todos”, a Polícia Militar terá efetivo máximo nas ruas. Em
conversa com o Bahia Notícias, o titular da Secretaria Estadual de
Segurança Pública (SSP), Maurício Barbosa, garantiu que a orientação é
para negociar até o limite, mas a retirada à força de rebelados das vias
faz parte do planejamento. “Sabemos de algumas paralisações e estamos
com o efetivo preparado para isso, com o máximo de equipes da PM.
Tentamos fazer a negociação ao máximo, mostrando a necessidade de se
manifestar respeitando o direito de ir e vir, por exemplo, de pessoas
doentes ou que têm compromissos e não merecem ter sua vida afetada por
conta de manifestações, mesmo que pelas questões mais justas possíveis.
Tentamos ao máximo [negociar] e colocamos policiais para acompanhar
fazendo ajustes no tráfego, mas em situações extremas faremos o uso
progressivo da força, caso as negociações não funcionem, para que exista
a desobstruição das vias”, explicou. No caso da BR-324, que deve ser
fechada a partir das 6h, a situação será acompanhada pela Polícia
Rodoviária Federal, mas os PMs estarão de prontidão para agir “caso
sejam solicitados”.
Maurício Barbosa também relatou que está programada uma
paralisação dos policiais civis, mas lembrou que a categoria é obrigada a
manter 30% do efetivo nas unidades. E em meio aos protestos que
continuam a surgir em todos os cantos do país, de forma mais intensa
desde junho, o secretário ressaltou que os homens da SSP têm se
especializado na negociação. No entanto, ele ressaltou que com os
“protestos diários na Bahia” é preciso encontrar um “meio termo” entre a
forma de se manifestar e o respeito a quem não faz parte das
reivindicações. “Saimos de uma fase em que a população viu através das
manifestações a forma de protestar, seja por questões mais gerais, como
de cunho político ou administrativo, até pontuais, como o interesse de
determinado bairro. Isso vai gerando o amadurecimento de como fazer
protestos sem transtornos para toda a comunidade e a polícia está
aprendendo a conviver com este tipo de situação, sabendo colocar
profissionais com mais capacidade de negociar, para mostrar que podem
protestar, desde que respeitem os direitos das outras pessoas. Todos os
excessos têm que ser punidos, sejam de policiais ou de quem vai para
cometer atos de depredação, ameaçar a integridade fisica de outras
pessoas e, nestes casos, não há direito de manifestação que justifique”,
ressaltou. O secretário ainda declarou que a decisão de utilizar a
força para liberação de vias fica a cargo dos oficiais no comando de
cada situação. “Todos têm treinamento em gerenciamento de crise e têm
que ter o bom senso de quando as negociações não avançam. Existem
situações em que existe total intransigência e a ordem pública faz com
que o uso da força seja necessário, até para salvar vidas”, finalizou
Barbosa.
Fonte Bahia notiias
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