Wagner em xeque após lançamento da candidatura de Otto Alencar

                                                                    


O meio político aguarda com vibrante expectativa o movimento que o governador Jaques Wagner fará, reservada ou estrepitosamente, depois que o fiel aliado PP, pela voz do presidente regional, Mário Negromonte, manifestou apoio à candidatura do vice-governador Otto Alencar (PSD).
As palavras do deputado Negromonte trazem uma mensagem escandalosa: o PP não quer para o governo o secretário Rui Costa (PT), preferido de Wagner, seja porque a opção não lhe interesse politicamente, seja porque o veja condenado à derrota.
Foi, insistimos, uma declaração vigorosa, praticamente o lançamento de Otto, que tem o favoritismo destacado e anunciado pela imprensa, além de frequentemente comentado por políticos de diversas facções, mas jamais assumiu a condição nem de pré-candidato, dizendo-se “liderado do governador”.
Rui Costa tem barreira difícil - Wagner identifica-se plenamente com Rui pela origem sindical comum, que rendeu firmes laços pessoais, e é possível que pudesse bancá-lo em outras circunstâncias, não nas que se prenunciam. O governo enfrenta muitas dificuldades que terá de superar e o “candidato” tem de vencer barreiras, a começar pelo próprio relacionamento no metier.
Por exemplo, no mesmo momento em que a entrevista de Negromonte causava alvoroço nas mesas do restaurante da Assembleia Legislativa, outro deputado do PP, em estranha coincidência, criticava a inacessibilidade do chefe da Casa Civil: “Ninguém consegue falar com Rui”.
Sem preocupar-se em ser identificado, embora tivesse pedido sigilo do nome, o parlamentar revelou recado que deu ao presidente regional do PT: “Já disse a Jonas Paulo que tenho dificuldade para votar em Rui. Ele tem virtudes, mas não retorna os telefonemas, não marca audiência… Imagine como governador”.
Coração de Wagner balança por Otto - Este blog sempre defendeu a tese de que, afora Rui Costa, Wagner teria mais aceitação a Otto Alencar, retornado à política para dar considerável força à reeleição do governador, que, a bem da verdade, estava bem posicionado para isso, como prova a frente de três milhões de votos em relação ao segundo colocado.
No poder, tendo-o como seu secretário da importante pasta da infraestrutura, Wagner desenvolveu excelentes relações com Otto e não há sinais de que essa nova amizade tenha sofrido trincas. Simultaneamente, com um profissionalismo de dar gosto, Otto espraiou-se pelo largo espectro político, causando mesmo empolgação.
Dentro do seu partido, o governador não tem grandes inclinações. O senador Walter Pinheiro, ao contrário de Otto, que tentaria a reeleição, teria um projeto para oito anos. O bom meio-de-campo com o secretário José Sérgio Gabrielli ficou no passado, e o ex-prefeito Luiz Caetano, nem pensar. Sobra como opção na “base” o deputado Marcelo Nilo (PDT).(Por Escrito)
Fonte Jornal da Midia

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