Coluna A Tarde: O perigo da delação
Muito
antes de o Supremo Tribunal Federal iniciar o julgamento dos
mensaleiros, corria nos bastidores políticos a possibilidade de um dos
principais participantes do crime, Marcos Valério, entregasse à Justiça
informações preciosas. A possível delação premiada rondava a mídia, mas
em momento algum se comprovou que houvesse alguma verdade. Somente com o
julgamento já no seu final surgiu, aqui e ali, a hipótese factível
diante de uma pesada pena reservada a Valério (acima de 40 anos de
prisão). Presume-se que pena semelhante alcançará José Dirceu, sobre
quem pairava dúvida de condenação diante dos arroubos do PT, sempre
negando (ainda continua) a existência do mensalão. Agora, o jornal
“Estado de S. Paulo” divulga que, no final de setembro, Valério fez uma
proposta ao procurador geral da Justiça, Roberto Gurgel, com o
conhecimento também do Supremo Tribunal Federal. Marcos Valério quer
fazer uma troca: derrubar a sua pena e oferecer, em contrapartida,
informações valiosas, demonstrando que o mensalão foi mais profundo do
que se imagina. Alcançaria o ex-presidente Lula e o ex-ministro Antônio
Palocci, que caiu duas vezes do ministério (com Lula e Dilma) em
consequência de procedimentos irregulares, ou malfeitos, como a
presidente prefere chamar. A proposta chegou tarde. Clique aqui e leia a coluna na íntegra.
Por Samuel Celestino
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