Universitárias fazem apitaço contra insegurança em pontos de ônibus da Ufba
Universitárias
e professoras da Universidade Federal da Bahia (Ufba) promovem, a
partir das 18h desta quinta-feira (22), um apitaço nos pontos de ônibus
localizados em frente ao campus da instituição no bairro de Ondina, em
Salvador. O protesto é uma reação contra a insegurança nas imediações da
Ufba, que gerou episódios de violência contra as mulheres nos últimos
dias, principalmente no período noturno. Na última terça-feira (13), por
volta das 22h, a professora Alinne Bonetti e mais sete alunas esperavam
o ônibus na Avenida Adhemar de Barros quando foram abordadas por um
homem descrito como “de estatura média, cabelos curtos, olhos claros,
moreno, vestindo camiseta, calça jeans e chinelos”. “Na medida em que o
ponto foi esvaziando, ele foi se aproximando da gente. Ele aproveitou a
saída do último homem para chegar perto de nós e se masturbar. Foi uma
conjunção de fatores – não tinha policiamento na rua, o ônibus atrasou”,
narra a docente. Dois dias depois, na quinta (15), o suspeito
reapareceu, intimidou as mulheres e avisou que “da próxima vez seria
mais mal educado”, ameaça que têm causado tensão na ala feminina da
universidade. “Esse não é um fato pontual, trata-se de uma falta de
segurança que atinge todas as mulheres da universidade”, diz Alinne. A
professora relatou ainda as dificuldades para conseguir registrar o
boletim de ocorrência sobre o episódio na Delegacia Especializada de
Atendimento à Mulher (Deam). “A princípio, eles se recusaram a fazer o
BO porque o caso não se enquadrava na Lei Maria da Penha. Somente depois
de quatro horas consegui registrar a queixa”, conta. Segundo as normas
técnicas da Secretaria de Políticas para as Mulheres, as delegacias
especializadas têm a atribuição de investigar os vários crimes cometidos
contra as mulheres “pelo simples fato de serem mulheres”.
Informações, Bahia noticias
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