Contas de JH: Sandoval pede urgência em votação na Câmara e livra a cara do PMDB


Contas de JH: Sandoval pede urgência em votação na Câmara e livra a cara do PMDB
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Após apresentar parecer favorável à rejeição das contas de 2010 do prefeito João Henrique (PP), nesta quinta-feira (22), o presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Fiscalização, Sandoval Guimarães (PMDB), pediu rapidez na apreciação da matéria no plenário da Câmara Municipal de Salvador. Segundo o vereador, o tema entrará na ordem do dia do Legislativo assim que a decisão for publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (23), o que não impede a articulação para agilizar os trâmites e “furar” a fila. “É só encaminhar o pedido de votação por urgência urgentíssima com a assinatura dos vereadores e isso pode ser instalado imediatamente. É uma questão que requer urgência, até porque ainda tem mais três contas para serem julgadas. As duas últimas podem ficar para 2013, mas essa aqui é obrigação da Casa votar, até por causa da expectativa, da ansiedade e da cobrança da sociedade civil organizada”, defendeu. A pressa em levar a cabo a votação que pode deixar João Henrique de fora da política por oito anos não tem, segundo ele, o dedo da direção do PMDB, partido que integrava a base aliada de JH até o final de 2010, período abarcado pelo parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “Tenho mais de 28 anos de PMDB, tenho coerência política, meu partido eu sigo, mas em nenhum momento eles me pediram para tomar uma posição de constrangimento contra a administração do município, embora a maneira como o prefeito saiu do partido tenha sido a mais ingrata possível”, disparou. Ainda segundo o orgulhoso peemedebista, a análise minuciosa do relatório do TCM não revela qualquer “citação de uma secretaria onde estava uma pessoa do PMDB”, já que “as questões foram referentes a outros gestores”. Sobre o então secretário da Fazenda, Flávio Matos, Sandoval defendeu-se. “Essa foi uma indicação do prefeito João Henrique e da ex-primeira dama”, disse. O peemedebista mandou ainda um recado aos ex-aliados da administração municipal sobre supostas retaliação ao seu posicionamento, entre elas a exoneração de servidoras da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por ele indicadas. “Eu não aceito pressão de jeito nenhum, mas também não analiso isso como perseguição. Deve ter sido algum momento de intranquilidade porque eu não posso acreditar que pessoas sofram qualquer tipo de questionamento ou pressão apenas por serem minhas amigas. Esse não é o comportamento de alguém que ama a democracia”, adverte.

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