PSD, do ex-conselheiro Otto Alencar, votará contra João; contas correm risco de serem rejeitadas


PSD, do ex-conselheiro Otto Alencar, votará contra João; contas correm risco de serem rejeitadas
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
A situação do prefeito João Henrique Carneiro (PP), que terá o exercício de 2010 julgado pela Câmara Municipal de Salvador, ficou ainda mais preocupante com o posicionamento do PSD. O partido, presidido na Bahia pelo vice-governador Otto Alencar, ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), acompanhará o parecer da Corte, que reprovou por unanimidade as contas de JH por dois anos consecutivos. “O PSD não vai referendar contas rejeitadas. O partido apoia o que é de interesse de Salvador e da comunidade, mas não vai convalidar na Câmara os erros cometidos na apresentação das contas. Eu, que sou ex-conselheiro, jamais votaria contra a decisão de um colegiado do qual fiz parte. Sei da isenção e da imparcialidade dos conselheiros na apreciação das contas”, argumentou Otto, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ele, antes de chegar aos gabinetes dos conselheiros, o documento tramita nas inspetorias regionais, auditorias e Coordenação de Controle Externo. O PSD conta atualmente com três vereadores: Dr. Pitangueira, David Rios e Edson da União, que, somados aos sete representantes do PT, Aladilce Souza e Olívia Santana (PCdoB), Andréa Mendonça (PV) e Adriano Meirelles (PR), que também já se pronunciou contrário à aprovação, somam os 14 necessários a impor a maior derrota da história política de um gestor na capital baiana. Para evitar ficar oito anos inelegível, JH já se movimenta nos bastidores e aposta que convencerá os edis a poupá-lo. “O prefeito tinha que procurar saber onde errou – inclusive com a falta de cumprimento de índices constitucionais –, para corrigir os erros, e não comprometer os vereadores. Até concordo que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tem que ser flexibilizada, mas, se ela existe, tem que ser cumprida como tal. Dura lex, sed lex [a lei é dura, mas é a lei – em latim]”, pontuou o vice-governador. Como a votação é secreta, não há como mensurar se haverá disciplina daqueles que se manifestaram ou foram orientados a atuar em prol do parecer do TCM.

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