Marcelo Crivella lamenta ativismo judiciário na questão do casamento homossexual

                                                                                     
Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (24), o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) lamentou o que chamou de “ativismo judiciário”, citando como exemplo a votação em que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá reconhecer o direito de pessoas do mesmo sexo ao casamento. Ele disse que o assunto é preocupante.
Crivella lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já considerou que os direitos decorrentes da união estável valem para pessoas do mesmo sexo e pediu bom senso ao STJ para que se lembre dos limites impostos pelo entendimento do STF. Para Crivella, quando as leis não são elaboradas no Congresso, costumam trazer fortes efeitos colaterais.
- Esse ativismo judiciário faz bem ao Brasil? – questionou.
De acordo com o senador, os juízes e os promotores são treinados para olhar para trás, já que na análise de um processo precisam estudar o que antecedeu determinado ato. Os políticos, na visão do senador, têm de olhar para frente, “até mesmo pensando na próxima eleição”.
O senador também usou como exemplo a questão da fidelidade partidária, lembrando que o STF afirmou que o mandato pertence ao partido e não ao político eleito, para impedir as trocas de partido entre parlamentares. No entanto, acrescentou, mais de 50 fizeram exatamente isso com a recente criação do Partido Social Democrático (PSD).
Segundo o senador, a criação do PSD é fruto de uma a decisão “equivocada” do STF, de pessoas que não estavam preparadas para legislar e não receberam mandato do povo brasileiro.
- O partido deveria se chamar PDS: Partido do Supremo – disse o senador.
Segundo Marcelo Crivella, os tribunais sempre trazem problemas quando legislam. O senador disse que os políticos estão mais preparados para o papel de legislar porque ouvem a voz do povo, com debates, reuniões e audiências públicas.
- Montesquieu dizia que o Judiciário é um poder sem voz. E ele estava errado – lamentou o senador.
Fonte Correio do Brasil.

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