Ataque aéreo da Otan mata ao menos 16 civis em Brega

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DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES
DA FRANCE PRESSE, EM TRÍPOLI
Onda de RevoltasAtualizado às 14h03.
Pelo menos 16 civis foram mortos em um ataque aéreo da Otan em Brega, ao leste da capital líbia, informou nesta sexta-feira a rede de TV estatal citando uma fonte militar.
Tanto o canal Al Libya quanto o Al Jamahiriya divulgaram a notícia, que não pôde ser verificada de forma independente.
O Al Libya afirmou que além dos 16 mortos, há "dezenas de feridos" pelos ataques "da noite passada".

Saeed Khan/France Presse
Rebelde líbio em frente às bandeiras palestina e da revolução líbia; ataque da Otan mata ao menos 16 civis
Rebelde líbio em frente às bandeiras palestina e da revolução líbia; ataque da Otan mata ao menos 16 civis
Uma coalizão internacional começou a realizar ataques contra forças leais ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, em 19 de março. A Otan tomou o comando das operações na Líbia em 31 de março.
Grandes protestos em fevereiro --inspirados nas revoltas que derrubaram os governos de Tunísia e Egito-- se transformaram em uma guerra quando tropas de Gaddafi começaram a atacar manifestantes em diversas cidades do país.
REUNIÃO NA CASA BRANCA
Também hoje, rebeldes líbios vão se reunir com importante autoridades da Casa Branca para buscar dinheiro e legitimidade diplomática em sua batalha para depor Gaddafi.
EUA, Reino Unido e França dizem que vão manter sua campanha aérea liderada pela Otan até Gaddafi ser afastado do poder, mas os rebeldes afirmam que também precisam de dinheiro para conseguir manter suas posições em terra.
Os rebeldes, que combatem o líder líbio há quase três meses, controlam Benghazi e o leste do país, enquanto as forças de Gaddafi estão entrincheiradas na capital, Trípoli, e em quase todo o oeste.
Os rebeldes pediram que Washington libere para sua campanha cerca de US$ 180 milhões ativos de Gaddafi que foram congelados.
A reunião em Washington acontece um dia depois de o presidente do conselho rebelde, Mustafa Abdel Jalil, ter se reunido com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em Londres e conseguido uma promessa de mais ajuda.
"Aqueles que defendem Gaddafi precisam saber que o regime dele está chegando ao fim. Não há lugar para Muammar Gaddafi no futuro da Líbia", disse Jalil à Al Arabiya nesta sexta-feira, prometendo anistia para qualquer pessoa do campo de Gaddafi que mudar de lado.
RÚSSIA
Nesta sexta-feira a Rússia, que faz críticas à missão da Otan, lançou um chamado por conversações entre os rebeldes e o governo líbio.
Moscou também disse que cabe ao Conselho de Segurança da ONU decidir como distribuir os bens congelados de Gaddafi, argumentando que os bens não devem ser empregados para armar nenhuma das partes no conflito.
Os rebeldes dizem que precisam urgentemente de recursos para pagar salários e administrar as áreas sob seu controle. Eles querem legitimidade internacional para permitir que tenham acesso aos bens congelados.
Alimentos, combustível e equipamentos médicos estão em falta na região dos Montes Ocidentais, controlados pelos rebeldes, onde a rota principal de entrega de bens está sob ameaça de forças de Gaddafi.
Médicos vêm sendo forçados a criar áreas de atendimento improvisadas e dizem estar tendo dificuldade em tratar os feridos.
Na quinta-feira, forças da Otan bombardearam o complexo residencial de Gaddafi, e rebeldes dizem que os ataques da Otan os ajudaram a conquistar uma vitória importante nesta semana --a tomada do aeroporto da cidade cercada de Misrata, seu único reduto importante no oeste do país.

[folha.com] 

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