Rejeição a Bolsonaro bate recorde, mas base se mantém, diz Datafolha
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Foto: Júlio Nascimento/PR |
A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu ao longo do mês passado, cristalizando uma polarização assimétrica na população em meio à crise sanitária, econômica e política pela qual passa o Brasil.
Segundo pesquisa do Datafolha feita na segunda (25) e na terça (26), já sob o impacto da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo. Recorde na gestão, esse número era de 38% no levantamento anterior, de 27 de abril.
Foram ouvidos 2.069 adultos, com margem de erro de dois pontos percentuais. A aprovação de Bolsonaro segue estável, os mesmos 33% nas duas aferições. Já aqueles que acham o governo regular, potenciais eleitores-pêndulo numa disputa polarizada, caíram de 26% para 22%.
Olhando a breve série histórica de Bolsonaro no poder, o Brasil deixou de estar partido em três partes iguais, como o Datafolha indicou ao longo de 2019, para caminhar a uma divisão em que o polo que rejeita o presidente é mais denso.
Tal radicalismo é bastante visível entre os mais ricos, aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos. Se antes eles eram um esteio da aprovação do presidente, agora estão entre os que mais o rejeitam, com 49% de ruim ou péssimo.
No mesmo segmento, contudo, é alta sua aprovação: 42%. A fatia daqueles no meio do caminho, que acham Bolsonaro regular, míngua para 8%.
A estratificação mostra também que os mais instruídos são os que mais rejeitam, no cômputo geral, o presidente. Entre os que têm curso superior, 56% desaprovam Bolsonaro, ante 36% daqueles que têm o ensino fundamental.
Com isso, é visível que o proverbial terço do eleitorado que está com o presidente se mantém estável mesmo com os reveses políticos recentes, como a crise com Poderes, a acusação de interferência na Polícia Federal, a saída de Sergio Moro do governo ou as barganhas com o centrão.
Há algumas cunhas, contudo: entre aqueles 55% que assistiram ao polêmico vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, a rejeição a Bolsonaro sobe a 53%.
O caudaloso compêndio de palavrões e agressões da peça fez disparar a má avaliação que o brasileiro faz do comportamento presidencial. Acham que Bolsonaro nunca se comporta de forma adequada ao cargo 37% dos entrevistados, ante 28% há um mês.
Já os que acreditam que ele se comporta mal na maioria das vezes se manteve estável (de 25% para 23%). E os que sempre veem a liturgia do cargo preservada são 13% (14% em abril), enquanto os que a percebem assim na maioria das vezes oscilaram de 28% para 25%.
A capacidade do presidente de governar é questionada. Oscilou positivamente de 49% para 52% entre as duas pesquisas o número de quem acha que Bolsonaro não a possui mais. Acham que ele ainda a tem ficaram estáveis em 45%.
A confluência multifatorial da crise levou o Datafolha a buscar medir impactos específicos da pandemia sobre o humor do eleitorado.
O instituto quis saber quantos brasileiros procuraram o auxílio emergencial de R$ 600 oferecido pelo governo federal na crise. Fizeram o pedido 43% dos ouvidos, sendo que dos quais 16% não receberam nenhuma parcela.
Pediram mais a ajuda desempregados (78%), quem é assalariado sem carteira (68%) e jovens de 16 a 24 anos (60%). O Norte e o Centro-Oeste foram as regiões que mais requisitaram (54%), enquanto o Sudeste foi onde menos pedidos foram feitos (35%).
A composição do apoio a Bolsonaro mudou desde o ano passado, com uma migração de aprovação de ricos e instruídos para mais pobres e com pouco ensino.
Mas o auxílio emergencial não impactou de forma significativa isso. Aqueles que fizeram e receberam a ajuda aprovam Bolsonaro em medida semelhante à média nacional: 36% de ótimo e bom, ante os 33% gerais. Se isso ajudou a segurar o índice, é apenas hipotético.
Já a disputa política em torno da condução da pandemia, na qual Bolsonaro assumiu o papel de inimigo do isolamento social em prol da manutenção da economia aberta, tem reflexos.
Questionados sobre sua adesão ao isolamento, o maior grupo (50%) diz que só sai de casa se for inevitável. Entre esses, a rejeição a Bolsonaro vai a 48%. O mesmo se dá entre aqueles que ou pegaram a Covid-19 ou conhecem alguém que pegou, com 47% de ruim/péssimo.
Quem vive em regiões metropolitanas, que estão sofrendo mais com a doença, também critica mais o presidente: 49% de rejeição, antes aprovação de 32% e um regular minguante de 19%.
O mesmo se dá demograficamente: as duas regiões mais populosas, Sudeste e Nordeste, com cerca de 2/3 dos moradores do país, rejeitam mais Bolsonaro, com 45% e 48% e ruim/péssimo, respectivamente. É má notícia eleitoral para o presidente a posição no Sudeste, já que nordestinos sempre foram grupo de resistência ao seu nome.
Na mão contrária, há coincidência entre posições de maior relaxamento contra o coronavírus e o apoio a Bolsonaro. Entre aqueles que dizem viver normalmente, 53% o acham bom ou ótimo. Já entre quem é contra a ideia de um “lockdown”, 55%.
Bolsonaro tem o pior índice de aprovação de presidentes eleitos desde 1989 a esta altura de um primeiro mandato. Entre aqueles sofreram impeachment desde então, Fernando Collor (então PRN) tinha 41% de rejeição um pouco mais a à frente, com um ano e seis meses na cadeira.
Já Dilma Rousseff (PT) gozava de aprovação estratosférica (65%) e apenas 5% de ruim/péssimo em março de 2012. Acabou reeleita em 2014, e impedida dois anos depois.
Folha de S.Paulo
OMS: mortes ligadas à covid-19 dispararam na Europa desde março
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@Reuters: Denis Balibouse/Direitos reservado/ Morreram cerca de 159 mil pessoas a mais que o previsto em 24 países |
Desde o início de março, morreram cerca de 159 mil pessoas a mais do que era esperado normalmente em 24 países europeus, disse nesta quinta-feira (28) uma representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), com "proporção significativa" desse pico ligada à covid-19.
Até agora, mais de 2 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus na Europa, um aumento de 15% nas duas últimas semanas. Rússia, Turquia, Bielorrúsia e Reino Unido lideram as novas infecções, informaram autoridades europeias da OMS. Mais de 175 mil pessoas já morreram.
Embora o número de mortes em excesso leve em conta todas as causas de mortalidade, Katie Smallwood, uma especialista em emergências da OMS, disse que o fato - registrado no momento em que milhares de pessoas estavam morrendo em unidades de tratamento intensivo em locais como o Norte da Itália, a França, a Espanha o e Reino Unido - mostra o impacto da covid-19.
"O que vimos muito claramente é o que pico de mortalidade em excesso corresponde ao pico da transmissão da covid-19 nesses países", disse Smallwood aos repórteres. "Isso nos dá uma indicação muito boa de que uma proporção significativa dessas mortes em excesso está ligada e se deve à covid-19".
Smallwood disse ainda que países como Alemanha, Suíça e outros que podem amenizar restrições a locais como bares, casas noturnas e outros pontos de aglomeração, precisam ter ferramentas robustas de detecção de doenças e sistemas de exame e rastreamento em funcionamento, para ajudar a impedir uma possível "segunda onda" da epidemia.
Por John Miller - Repórter da Reuters - Zurique
Aras se manifesta contra pedido para apreender celular de Bolsonaro
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@Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Pedido para apreensão foi feito por partidos da oposição |
O procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se pela rejeição de um pedido de partidos de oposição para que seja apreendido o telefone celular do presidente Jair Bolsonaro. A manifestação foi encaminhada ao ministro Celso de Mello, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em notícia-crime, o PDT, PSB e PV requereram a apreensão do celular de Bolsonaro como meio de investigação após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ter acusado o presidente de interferência na Polícia Federal.
O ministro Celso de Mello encaminhou o pedido dos partidos para manifestação de Aras, argumentando ser essa a praxe processual. Em resposta, o PGR disse não ser legítimo que terceiros solicitem diligências em investigações penais, uma vez que cabe somente ao Ministério Público conduzir a investigação.
“Quanto às diligências requeridas pelos noticiantes [partidos], como sabido, a legislação processual não contempla a legitimação de terceiros para a postulação de medidas apuratórias sujeitas a reserva de jurisdição, relativas a supostos crimes de ação penal pública”, disse Aras.
O PGR disse que os fatos narrados pela legenda já são alvo de investigação em inquérito aberto por ele mesmo, sob a relatoria de Celso de Mello, e que “as diligências necessárias serão avaliadas na apuração em curso”
As legendas pediram ainda, entre outras diligências, a apreensão de celulares do vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente, além dos aparelhos de Moro, do ex-diretor da PF Maurício Valeixo e da deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
GSI
Após Celso de Mello ter pedido a manifestação de Aras sobre o assunto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Augusto Heleno, divulgou nota afirmando que a apreensão do celular de Bolsonaro é “inconcebível” e “poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. Ele classificou o pedido de “afronta” à intimidade do chefe de Estado.
Nesta quinta-feira (28), ao chegar ao Palácio da Alvorada, o ministro Augusto Heleno foi questionado pela imprensa sobre a nota, que foi interpretada como agressiva por autoridades como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e ministros do Supremo. O ministro disse que é preciso que “seja buscado equilíbrio, bom senso, harmonia e o respeito entre os Poderes”. "Fiz uma nota simplesmente genérica e houve uma distorção. Teve gente que colocou o nome do ministro Celso de Mello, como se eu tivesse dirigindo a nota a ele. Não dirigi a nota a ninguém", disse o ministro Augusto Heleno.
O ministro do GSI reafirmou que não há razão plausível para a apreensão do celular do presidente da República. “Tem que ver os dois lados. Vamos manter o equilíbrio entre os Poderes, limitar as decisões às atribuições dos respectivos Poderes e é isso que está se pleiteando. No momento que há uma manifestação de uma possibilidade de ser apreendido o celular do presidente da República, se nós ficarmos calados, eu principalmente que sou responsável pela segurança institucional, parece que eu estou concordando. Sou absolutamente contra isso, não pode nem ser ventilado”.
Matéria alterada às 11h26 para esclarecer informação
Por Andreia Verdélio e Felipe Pontes - Repórteres da Agência Brasil - Brasília
Caixa abrirá 2.213 agências para saque do auxílio de R$ 600 no sábado; veja calendário de pagamento
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Foto: Divulgação |
A Caixa Econômica Federal vai abrir 2.213 agências neste sábado (30), em todo o país, para liberar o saque da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, contribuintes individuais do INSS e MEIs (microempreendedores individuais) nascidos em janeiro.
Para conseguir ter acesso ao dinheiro, os beneficiários devem ter recebido a primeira parcela até o dia 30 de abril. O horário de funcionamento das agências será das 8h às 12h.
Esses cidadãos já tiveram a opção de movimentar os valores por meio do aplicativo Caixa Tem, fazendo o pagamento de contas e boletos, ou realizando compras digitais em estabelecimentos conveniados.
Agora, no entanto, poderão gerar o código de saque e ir até uma agência, uma lotérica ou um correspondente bancário da Caixa para fazer a retirada, ou realizar a transferência para outra conta. Clique aqui para saber como se preparar para o saque.
Quem não fez movimentações poderá sacar os R$ 600. Já os beneficiários que usaram parte do valor e deixaram uma quantia poderão fazer a retirada do saldo restante.
No caso das mães que são chefes de família, o valor do benefício é de R$ 1.200 por parcela. Caso recebam por meio da poupança digital movimentada pelo Caixa Tem, já tiveram a oportunidade de fazer compras e pagar contas. Neste sábado, as mães nascidas em janeiro podem sacar, caso ainda haja saldo.
“Será um sábado bastante importante, pois as pessoas começam a ter acesso à retirada dos valores”, afirmou Tatiana Thomé, vice-presidente de governo da Caixa Econômica, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27).
Veja o calendário de saques em dinheiro e transferência
Os saques em dinheiro serão permitidos a partir de sábado (30 de maio) para trabalhadores informais, contribuintes individuais do INSS e MEIs. Se sobrou dinheiro na poupança digital, ele será transferido automaticamente para a conta bancária que o beneficiário recebeu a segunda parcela nas datas abaixo:
Data da liberação/Nascidos em
30 de maio (sábado)/Janeiro
1 de junho (segunda)/Fevereiro
2 de junho (terça)/Março
3 de junho (quarta)/Abril
4 de junho (quinta)/Maio
5 de junho (sexta)/Junho
6 de junho (sábado)/Julho
8 de junho (segunda)/Agosto
9 de junho (terça)/Setembro
10 de junho (quarta)/Outubro
12 de junho (sexta)/Novembro
13 de junho (sábado)/Dezembro
Quanto já foi pago
Segundo balanço da Caixa divulgado por Tatiana nesta quarta, o benefício já foi pago para 57,3 milhões de cidadãos, incluindo os inscritos por meio do aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial e pelo site auxilio.caixa.gov.br, os beneficiários do Bolsa Família e os cidadãos inscritos no CadÚnico.
Os dados incluem a primeira e a segunda parcela. O balanço da segunda parcela mostra que a Caixa já pagou benefício a 46,1 milhões de cidadãos. Ao todo, somando primeira e segunda parcelas, foram liberados R$ 72,7 milhões.
A vice-presidente da Caixa também tratou sobre a estratégia do banco de liberar o saque em dinheiro (e a consequente ida às agências) de forma diferente do que foi feito na primeira parcela. Segundo ela, isso evita filas e possíveis aglomerações, que podem levar à contaminação pelo coronavirus.
Dentre as estratégias do banco para diminuir as filas e aglomerações estão a liberação da movimentação da conta digital antes da data do saque em dinheiro, além de pagar a grana conforme o mês de aniversário, mas sendo um mês por dia.
“Mostra que estamos tendo um sucesso na estratégia montada pela Caixa para evitar aglomerações e filas em nossas agências para que as pessoas tenham maior conforto e uso dos seus recursos”, disse ela.
Folhapress
Crise da Covid-19 já afeta 1 em cada 4 trabalhadores com carteira assinada
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Foto: Agência Brasil |
Dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira (27) revelam a deterioração do mercado de trabalho formal. A crise do coronavírus já afetou um em cada quatro trabalhadores com carteira assinada.
Em março e abril, 9,2 milhões de pessoas foram atingidas pelos efeitos da Covid-19 na economia —1,1 milhão ficaram sem emprego e 8,1 milhões tiveram contrato suspenso ou corte de salário e jornada.
Da adoção da medida pelo governo, em abril, até esta terça-feira (26), 1,2 milhão de empresas comunicaram que fizeram acordos com empregados para suspender contratos ou reduzir salários.
Isso significa que 13,5% das companhias do país firmaram esses acordos. Segundo a Receita, o Brasil tem hoje 8,9 milhões de empresas ativas, excluindo os microempreendedores individuais.
O efeito da Covid-19 no emprego começou em março, mas se intensificou em abril. Nos dois primeiros meses do ano, a economia brasileira vinha criando mais postos de trabalho do que em 2019.
Em janeiro e fevereiro, antes da crise sanitária, o país ganhou 338 mil vagas —quase 50% mais do que o registrado nos dois primeiros meses de 2019.
Com o resultado negativo de março e abril, já sob efeito de medidas restritivas nas cidades e fechamento de comércio e empresas, porém, o mercado passou a acumular saldo negativo no ano.
Assim, no primeiro quadrimestre de 2020 foram fechadas 763 mil vagas formais. No mesmo período de 2019 haviam sido criados 313,8 mil postos de trabalho formais no país.
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram apresentados nesta quarta após meses de atraso. O estoque de carteiras assinadas ficou em 38 milhões em abril de 2020.
O maior impacto da Covid-19 foi registrado em abril, quando o saldo do mercado formal foi o de fechamento de 860,5 mil vagas. É o pior resultado para todos meses da série histórica, iniciada em 1992.
“Não é o mais negativo, é o mais diferente”, disse Bruno Bianco, secretário especial de Previdência e Trabalho. Em abril de 2019, o Caged apontou a criação de 129,6 mil postos.
Em março de 2020, quando foi declarada a pandemia, também houve piora no mercado de trabalho, mas de forma mais suave.
Foram cortadas 240,7 mil vagas, enquanto que, em março de 2019, o fechamento foi de 42,2 mil.
Segundo dados do governo, o setor de serviços foi o mais afetado em março e abril deste ano. Foram fechadas 458,7 mil. Em seguida vêm comércio (-296 mil), indústria (-223,5 mil), construção (-79,9 mil) e agricultura (- 9,6 mil).
O comportamento do mercado, medido pelo Caged, costumava ser divulgado mensalmente. Porém, a publicação estava suspensa desde o início do ano após mudanças de metodologia e dificuldades do governo em receber dados das empresas por causa da pandemia.
Até então, o país vivia um apagão de informações sobre o emprego formal. O último dado do Caged disponibilizado pelo governo era relativo a dezembro do ano passado.
Folha de S.Paulo
Auxílio emergencial precisará ser devolvido por quem tiver de pagar IR em 2021
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Foto: Agência Brasil |
Uma parcela dos beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 poderá ter de devolver parte dos valores do benefício ao governo, de acordo com uma regra sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Uma alteração na lei que institui o auxílio, feita em 14 de maio, estipula que os beneficiários que receberem neste ano rendimentos tributáveis acima do limite de isenção do IR (imposto de renda) deverão acrescentar nas declarações o valor do auxílio emergencial ao imposto devido. A regra vale para o beneficiário e para seus dependentes.
O beneficiário que se enquadrar na situação “fica obrigado a apresentar a declaração de ajuste anual relativa ao exercício de 2021 e deverá acrescentar ao imposto devido o valor do auxílio recebido”, segundo o texto da norma.
Se a tabela do IR se mantiver para o ano que vem, todos os que recebem os R$ 600 e tiveram ao longo de 2020 renda tributável acima de R$ 22.847,76 serão atingidos pela medida. A última alteração da tabela foi feita em 2017.
Para advogados consultados pela reportagem, no entanto, há controvérsia sobre a aplicabilidade da nova regra nos casos de quem teria recebido a primeira parcela do benefício antes de 14 de maio, data em que Bolsonaro sancionou a mudança da lei.
“O texto da lei diz que a norma só entra em vigor a partir da data de publicação. Com isso, é possível interpretar que somente o benefício pago depois disso pode compor a base de cálculo do imposto. A primeira parcela paga antes disso seria não tributável”, diz Fernando Scaff, professor da Faculdade de Direito da USP.
Nesse caso, o imposto incidiria sobre os dois pagamentos restantes, um total de R$ 1.200. A primeira parcela começou a ser paga pelo governo federal em 9 de abril.
O contribuinte que havia solicitado e obtido aprovação do auxílio emergencial antes da mudança da lei pode alegar na Justiça que a norma não deve se aplicar ao seu caso, segundo o tributarista Rodrigo Prado Gonçalves, sócio do escritório Felsberg.
“A mudança da lei vale a partir de 14 de maio. A pessoa pode afirmar que, quando solicitou o benefício, essa regra não existia”, diz Gonçalves.
“Em termos práticos, o próprio sistema da Receita vai saber se o contribuinte recebeu o auxílio. Se ele não declarar, provavelmente cairá na malha fina. Se entender que seu caso é o de não se sujeitar à devolução dos valores, precisará entrar na Justiça antes de declarar o IR, ou ao ser cobrado pela Receita”, afirma.
Para Thais Françoso, professora do Insper e sócia do escritório FF Advogados, a norma vale para todas as parcelas do auxílio emergencial, inclusive quando a primeira parcela foi paga antes de 14 de maio.
“O entendimento da Receita Federal deverá ser de que o auxílio é um rendimento que deve ser somado aos demais para eventual cálculo do IR. O texto da lei não traz isenção para o rendimento concedido entre 9 de abril e 14 de maio”, afirma ela.
A lei que criou o auxílio emergencial já estipulava entre os critérios para requisição do benefício que o solicitante não tivesse recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.
“Pessoas que há dois anos tinham renda, mas hoje estão desamparadas, não podem receber. O texto aprovado no Congresso acabava com esse critério, mas obrigava a devolução do valor se o cidadão terminasse 2020 com renda acima do limite de isenção do IR. O governo vetou parte do texto e manteve a exigência inicial”, diz Leonardo Magalhães Avelar, sócio do Cascione.
Segundo Avelar, quem omitir seus rendimentos para evitar ter de devolver os valores recebidos pode incidir em crime contra a ordem tributária que tem pena de até cinco anos de prisão.
Atualmente, 57,3 milhões de pessoas já receberam o auxílio, segundo dados da Caixa Econômica Federal. Até esta quarta-feira (27), já haviam sido feitos pagamentos de R$ 72,7 bilhões aos beneficiários.
Pelas regras atuais, podem solicitar o auxílio à Caixa os desempregados maiores de 18 anos que não recebam benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família.
A renda familiar mensal do solicitante precisa ser de até R$ 522,50 por pessoa ou de até três salários mínimos (R$ 3.135,00) ao todo.
Folha de S.Paulo
Ativista de grupo armado de extrema direita, Sara Winter ameaça ministro do STF
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Foto: Reprodução/Instagram |
Alvo da operação desta quarta-feira (27) no chamado inquérito das fake news do STF (Supremo Tribunal Federal), a ativista Sara Winter xingou com palavrões o ministro Alexandre de Moraes, ao reagir à ação da Polícia Federal que apreendeu seu celular e seu computador.
Moraes incluiu Sara, que lidera o acampamento criado em Brasília para formar militantes bolsonaristas, entre os alvos dos mandados. A ativista, cujo verdadeiro nome é Sara Fernanda Giromini, fundou o Femen Brasil, grupo famoso por protestar de topless, e depois se converteu ao conservadorismo.
“Juro por Deus, essa era minha vontade. Eu queria trocar soco com esse filho da puta desse arrombado. Infelizmente, não posso”, disse Sara sobre Moraes em vídeo nas redes sociais, afirmando que não será calada pela investigação conduzida pelo ministro.
“Pena que ele [ministro] mora em São Paulo. Se ele estivesse aqui, eu estava lá na porta da casa dele, convidando ele para trocar soco comigo”, afirmou.
Na postagem, a ativista fala ainda que Moraes nunca mais encontrará paz na vida, depois de ter tomado o que ela classificou como “a pior decisão da vida” do magistrado.
“Você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor. A gente vai infernizar a tua vida.”
A bolsonarista completa: “A gente vai descobrir os lugares que o senhor frequenta. A gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida, até o senhor pedir para sair”.
Pela manhã, logo após ser alvo da operação, ela já havia criticado a medida. “A Polícia Federal acaba de sair da minha casa. Bateram aqui às 6h da manhã, a mando do Alexandre de Moraes. Levaram meu celular e notebook. Estou praticamente incomunicável! Moraes, seu covarde, você não vai me calar!”, escreveu.
“Meus advogados já chegaram, vamos pra cima! O Brasil não será uma ditadura. Hoje, Alexandre de Moraes comprovou que está a serviço de uma ditadura do Judiciário”, afirmou.
O acampamento chamado Os 300 do Brasil, do qual Sara Winter é líder, tem participantes armados, como a própria coordenadora afirmou em entrevista à Folha. Ela disse, contudo, que as armas são apenas para autodefesa. O porte de armas em manifestações é proibido pela Constituição.
Um dos objetivos do grupo é treinar militantes dispostos a defender o governo Bolsonaro. A ativista também teve breve passagem pelo Ministério dos Direitos Humanos, cuja titular é Damares Alves.
O grupo passou a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, no âmbito do inquérito instaurado no fim de abril para apurar as recentes manifestações antidemocráticas. A apuração foi autorizada também pelo ministro Alexandre de Moraes.
A organização liderada por Sara refuta o suposto caráter violento do movimento e rejeita o rótulo de milícia armada. Os integrantes têm feito acampamentos em Brasília. São mais de 700 membros em diversas partes do Brasil, de acordo com o comando do grupo.
Outros investigados no inquérito do STF também se voltaram contra Alexandre de Moraes, com xingamentos e ameaças ao magistrado, depois que receberam os agentes da PF nesta quarta.
Foram alvos de mandados de busca e apreensão militantes, blogueiros, youtubers, políticos bolsonaristas e assessores. A maior parte tem forte atuação nas redes sociais e publica críticas a ministros do STF e integrantes de outras instituições.
O inquérito também mira possíveis financiadores dessas atividades. Segundo investigadores, esse é considerado um dos pontos-chave do funcionamento dessa rede.
Folhapress
Justiça suspende nomeação de ex-secretário de Saúde por governo Witzel
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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil |
A Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento do secretário extraordinário de Acompanhamento da Covid-19, Edmar Santos.
Ele foi nomeado pelo governador Wilson Witzel após ter deixado o cargo de secretário de Estado de Saúde, no dia 18, depois de surgirem notícias quanto ao atraso na entrega de sete hospitais de campanha e denúncias de corrupção na pasta.
Na decisão, proferida na noite de quarta-feira (27), a juíza titular da 6ª Vara de Fazenda Pública, Regina Chuquer, afirma que apesar de responsabilidade e livre escolha do governador na nomeação de membros do secretariado, “essa discricionariedade não é um cheque em branco”.
A magistrada disse ainda que a nomeação de Edmar Santos após as denúncias de corrupção dentro da secretaria não cumprem os princípios constitucionais de moralidade e probidade administrativas.
Com a perda do cargo, o ex-secretário de Saúde perderá o foro privilegiado. Em nota, o governo do Estado informou que cumprindo decisão judicial, a nomeação do secretário Edmar Santos será suspensa, mas que vai recorrer da decisão.
Desvio de recursos – Na terça (26) a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Placebo para aprofundar as investigações para apurar a existência de um esquema de corrupção envolvendo a organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), contratada para a instalação de hospitais de campanha, e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado.
De acordo com a PF, os elementos de prova obtidos durante as apurações foram compartilhados com a Procuradoria-Geral da República (PGR), dentro da investigação que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os trabalhos começaram com a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal (MPF).
Os policiais federais estiveram no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio, Wilson Witzel. A Operação Placebo teve por finalidade apurar “indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública de importância internacional, decorrente do novo coronavírus no estado”.
O governador Wilson Witzel, assina licença de instalação da usina termelétrica GNA II, no Porto do Açu, durante reunião no Palácio Guanabara
TCE-RJ – O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) determinou, na quarta-feira, que o governo do Estado do Rio não realize, autorize ou permita qualquer pagamento relacionado ao contrato firmado, com dispensa de licitação, com o Iabas.
A decisão também solicita que o Iabas apresente a qualificação para atuação no contrato firmado entre a Secretaria de Estado de Saúde e a organização social. A decisão monocrática do conselheiro-substituto Christiano Lacerda Ghuerren pelo deferimento de tutela provisória atendeu a representação formulada pela Secretaria-Geral de Controle Externo (SGE) do tribunal.
O TCE-RJ também solicita uma série de esclarecimentos à Secretaria Estadual de Saúde com relação ao referido contrato, em virtude dos fortes indícios de irregularidades.
Na decisão, o conselheiro-substituto também considerou que há falta de comprovação de capacidade técnica do Iabas para honrar os compromissos firmados no contrato. Em função disso, ele determinou à Secretaria Estadual de Saúde que apresente a qualificação do Iabas na área de atuação relacionada ao contrato e que justifique a escolha da entidade para assinar o contrato sem licitação.
O TCE-RJ deu prazo de cinco dias para o secretário estadual de Saúde, o subsecretário-executivo estadual de Saúde e o Iabas adotarem providências e fornecerem os esclarecimentos necessários. O não cumprimento do prazo pode gerar multa diária.
STJ – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também determinou que o governador Wilson Witzel seja ouvido por desvios de recursos na contratação de hospitais de campanha no estado.
Na decisão, o STJ informou que Witzel seja ouvido imediatamente pela Polícia Federal no Rio.
Impeachment de Witzel deve ser instaurado em duas semanas, diz coluna
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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil |
Pessoas próximas ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano, afirmam que o processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC) será instaurado em duas semanas na Casa. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.
Segundo a publicação, o prazo foi estipulado porque muitos deputados acreditam que, antes disso, Witzel poderá ter problemas mais sérios com a Justiça.
Na terça (26) a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Placebo para aprofundar as investigações para apurar a existência de um esquema de corrupção envolvendo a organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), contratada para a instalação de hospitais de campanha, e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado.
De acordo com a PF, os elementos de prova obtidos durante as apurações foram compartilhados com a Procuradoria-Geral da República (PGR), dentro da investigação que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os trabalhos começaram com a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal (MPF).
Mais 21 municípios têm o transporte suspenso na Bahia; total chega a 240
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Foto: Divulgação |
A medida, que tem o objetivo de conter o avanço do coronavírus na população baiana, foi publicada em decreto no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (28). A restrição inclui a circulação, saída e chegada de qualquer transporte coletivo público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.
O decreto também autoriza a retomada do transporte em Irecê, Licínio de Almeida, Ouriçangas, Ruy Barbosa, Santa Luzia e Santanópolis, cidades com 14 dias ou mais sem novos casos de Covid-19.
Lista de municípios
A Bahia totaliza 240 municípios com transporte suspenso. São eles: Abaíra, Adustina, Água Fria, Aiquara, Alagoinhas, Amargosa, Amélia Rodrigues, Anagé, Anguera, Antônio Cardoso, Aporá, Apuarema, Araçás, Aracatu, Araci, Arataca, Aurelino Leal, Baianópolis, Banzaê, Barra, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barra do Rocha, Barreiras, Barro Preto, Barrocas, Belmonte, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Serra, Boquira, Brumado, Buerarema, Cachoeira, Caém, Caetanos, Caetité, Cairu, Caldeirão Grande, Camacã, Camaçari, Camamu, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Canavieiras, Candeias, Cândido Soares, Cansanção, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Caraíbas, Cardeal da Silva, Castro Alves, Catu, Cipó, Coaraci, Cocos, Conceição da Feira, Conceição do Almeida, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Conde, Condeúba, Coração de Maria, Coronel João Sá, Cravolândia, Crisópolis, Cristópolis, Cruz das Almas, Curaçá, Dário Meira, Dias D'Ávila, Encruzilhada, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Fátima, Feira de Santana e Floresta Azul.
A restrição vale ainda em Gandu, Glória, Gongogi, Governador Mangabeira, Guanambi, Iaçu, Ibicaraí, Ibirapitanga, Ibirapuã, Ibirataia, Igrapiúna, Ilhéus, Ipecaetá, Ipiaú, Ipirá, Irará, Itabela, Itaberaba, Itabuna, Itacaré, Itaetê, Itagi, Itagibá, Itajuípe, Itamaraju, Itanagra, Itanhém, Itaparica, Itapé, Itapebi, Itapetinga, Itapicuru, Itapitanga, Itarantim, Itatim, Itiúba, Itororó, Jaborandi, Jacaraci, Jacobina, Jaguarari, Jaguaripe, Jaguaquara, Jequié, Jiquiriçá, Jitaúna, Juazeiro, Jussari, Lafaiete Coutinho, Laje, Lajedão, Lajedo do Tabocal, Lamarão, Lauro de Freitas, Livramento de Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Macarani, Madre de Deus, Manoel Vitorino, Maracás, Maragogipe, Maraú, Marcionílio Souza, Mascote, Mata de São João, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Mirangaba, Mirante, Monte Santo, Morpará, Morro do Chapéu, Mucugê, Mucuri, Mundo Novo, Muritiba, Mutuípe, Nordestina, Nova Fátima, Nova Ibiá, Nova Soure, Nova Viçosa, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Pau Brasil, Paulo Afonso, Piatã, Pintadas, Piripá, Piritiba, Pojuca, Ponto Novo, Porto Seguro, Potiraguá, Prado, Presidente Dutra, Queimadas e Quixabeira.
Também estão com transporte suspenso as cidades de Remanso, Retirolândia, Riachão das Neves, Riachão do Jacuípe, Riacho de Santana, Ribeira do Amparo, Ribeira do Pombal, Rio do Antônio, Rio do Pires, Rio Real, Rodelas, Salinas das Margaridas, Salvador, Santa Bárbara, Santa Brígida, Santa Cruz Cabrália, Santa Inês, Santa Maria da Vitória, Santa Teresinha, Santaluz, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, São Desidério, São Domingos, São Félix, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Sapeaçu, Sátiro Dias, Saubara, Seabra, Senhor do Bonfim, Serra Preta, Serrinha, Simões Filho, Sobradinho, Souto Soares, Taperoá, Teixeira de Freitas, Teofilândia, Terra Nova, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Umburanas, Una, Urandi, Uruçuca, Utinga, Valença, Valente, Várzea da Roça, Varzedo, Vera Cruz, Vereda, Vitória da Conquista, Wenceslau Guimarães e Xique-Xique.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Covid-19: Brasil passa dos 400 mil casos confirmados e 25 mil mortes
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@Reuters/Uesley Marcelino-Direitosreservados |
O Brasil passou dos 400 mil casos confirmados de covid-19, de acordo com o balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde. Foram incluídas nas estatísticas 20.559 novas pessoas infectadas com o novo coronavírus, totalizando 411.821. O resultado marcou um acréscimo de 5,1% em relação a ontem (26), quando o número de pessoas nesta condição estava em 391.222.
A atualização do ministério registrou 1.086 novas mortes, chegando a 25.598. O resultado representou um aumento de 4,4% em relação a ontem, quando foram contabilizados 24.512 óbitos por covid-19.
Do total de casos confirmados, 219.576 estão em acompanhamento e 166.647 foram recuperados. Há ainda 4.108 óbitos sendo analisados.
A letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 6,2%. Já a mortalidade (a quantidade de óbitos pelo total da população) foi de 12,2.

Situação epidemiológica da covid-19 - 27-05-2020 - Ministério da Saúde
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de mortes (6.712). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (4.605), Ceará (2.671), Pará (2.545) e Pernambuco (2.468).
Também foram registradas mortes no Amazonas (1.891), Maranhão (853), Bahia (531), Espírito Santo (511), Alagoas (368), Paraíba (298), Rio Grande do Norte (242), Minas Gerais (240), Rio Grande do Sul (209), Amapá (183), Paraná (162), Rondônia (137), Piauí (134), Distrito Federal (133), Santa Catarina (126), Sergipe (127), Acre (113), Goiás (108), Roraima (102), Tocantins (65), Mato Grosso (46) e Mato Grosso do Sul (18).
Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (89.483), Rio de Janeiro (42.398), Ceará (37.275), Amazonas (33.508) e Pará (31.033). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pernambuco (29.919), Maranhão (26.145), Bahia (15.070), Espírito Santo (11.484) e Paraíba (10.2095).
De acordo com o mapa global da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o Brasil é o 2º colocado em número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos (1,69 milhão). O país é o 6º no ranking de mortes em decorrência da covid-19, atrás de Espanha (27.117), França (28.599), Itália (33.072), Reino Unido (37.542) e Estados Unidos (100.047).
De acordo com o Ministério da Saúde, em dados de ontem o Brasil era o 51º em incidência, indicador que mede a quantidade de pessoas infectadas proporcionalmente à população. O país também era o 14º em mortalidade, quando os óbitos são comparados com o total da população.
Hoje não foi realizada a entrevista coletiva com representantes do Ministerio da Saúde, onde mais dados e análises são apresentados sobre o balanço diário. O evento era uma prática diária, mas a nova gestão mudou o hábito, ainda sem a definição de uma periodicidade definida.
Edição: Fábio Massalli
Por Jonas Valente – Repórter da Agência Brasil - BrasíliaAtualizado em 27/05/2020 - 20:09
Estado determina ponto facultativo e suspensão de serviços não essenciais privados nesta quinta e sexta
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Fotos: Reproduão/GOBA |
As repartições públicas estaduais instaladas em Camaçari, Candeias, Feira de Santana, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Jequié, Lauro de Freitas e Salvador terão ponto facultativo nesta quinta (28) e também na sexta-feira (29). A medida, anunciada no início da noite desta quarta-feira (27) pelo governador Rui Costa, durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, visa ampliar a queda na taxa de transmissão do coronavírus registrada com a antecipação das datas comemorativas de São João e 2 de Julho. O decreto com a determinação será publicado na edição desta quinta-feira (28) do Diário Oficial do Estado (DOE).
Na área privada, apenas mercados, farmácias, unidades de saúde, serviços de segurança, serviços funerários, postos de combustíveis, indústrias, bancos e lotéricas poderão funcionar nesta quinta (28) e sexta (29). A medida, justificada pelo fato de serem serviços essenciais privados, foi estabelecida no decreto nº 19.722, publicada no DOE do último sábado (23).
“Nos últimos quatro dias, a velocidade de aparecimento de novos casos caiu, fazendo com que a Bahia estabilizasse a curva de crescimento e mantivesse o mesmo nível no número de casos ativos. Isso é reflexo direto do aumento do isolamento social, provocado pela antecipação dos feriados determinada pelo Estado. São quatro dias sem crescer e precisamos da ajuda da população para que continuemos a manter o platô da curva", explicou o governador durante a live.
Rui acrescentou que "precisamos continuar com o isolamento forte, principalmente nos municípios com maior número de casos, a exemplo de Feira de Santana, que detém a maior taxa de crescimento dos últimos cinco dias. Esperamos que daqui para a frente, com a curva estabilizada, comecemos a ver uma luz no fim do túnel e possamos projetar o início da retomada da normalidade”.
A suspensão do funcionalismo na quinta (28) e sexta (29) não se aplica a serviços públicos essenciais, incluindo as atividades relacionadas à segurança pública, saúde, proteção e defesa civil, fiscalização, arrecadação, manutenção urbana, transporte público, energia, saneamento básico e comunicações, bem como as atividades relacionadas ao enfrentamento da pandemia, o transporte e o serviço de entrega de medicamentos e demais insumos necessários para manutenção das atividades de saúde, as obras em hospitais e a construção de unidades de saúde.
O decreto que sairá nesta quinta (28) também determinará que está mantido o expediente normal nas repartições públicas estaduais, nos dias 23 de junho e 3 de julho de 2020, datas que até então seriam pontos facultativos.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Bahia recebe 219 respiradores em uma semana
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Fotos: Elias Santos/Divulgação |
Com a chegada de outros 12 respiradores à Bahia, no início da tarde desta quarta-feira (27), o Estado completa 219 equipamentos recebidos, em uma semana, para reforçar a luta contra o coronavírus em todo o território estadual.
Cada respirador atende até dois pacientes por mês, o que representa 418 pessoas a mais, em toda a Bahia, com acesso à terapia intensiva na última semana. Esses equipamentos estão sendo integrados à estrutura dos leitos montados nos centros de tratamento da Covid-19, disponibilizados pelo Estado, na capital e no interior.
Na última quarta-feira (20), chegaram à capital baiana 159 respiradores e, na quinta (21), vieram outros 48. Em Salvador, receberão os equipamentos a Arena Fonte Nova, o Instituto Couto Maia e os hospitais Ernesto Simões e do Subúrbio. No interior, os respiradores serão utilizados em locais como os hospitais do Oeste, em Barreiras, e Costa do Cacau, em Ilhéus, e em outras unidades contratadas pelo Estado para serem referências regionais de tratamento da doença.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
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Bahia registra 14.566 casos confirmados de coronavírus
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Foto: Divulgação/O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas |
A Bahia registra 14.566 casos confirmados de coronavírus (Covid-19), o que representa 15,38% do total de notificações no estado. Os 18 óbitos contabilizados no boletim epidemiológico desta terça-feira (26) referem-se a um período de 20 dias, conforme observado nos perfis detalhados. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) determinou que a Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS) e a Corregedoria apurem as responsabilidades, bem como as circunstâncias que levaram a notificações tardias aos órgãos de vigilância.
Considerando o número de 14.566 casos confirmados, 4.680 recuperados e 495 óbitos, 9.391 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19, o que são chamados de casos ativos. Na Bahia, 2.158 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.
Os casos confirmados ocorreram em 258 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (63,57 %). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes foram Uruçuca (4.532,38), Ipiaú (4.098,27), Itabuna (3.658,14), Salvador (3.166,05) e Ilhéus (2.833,79).
O boletim epidemiológico registra 37.852 casos descartados e 94.689 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h30 desta terça-feira (26).
Taxa de ocupação
Na Bahia, dos 1.658 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para coronavírus, 917 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 55%. No que se refere aos leitos de UTI adulto e pediátrico, dos 678 leitos exclusivos para o coronavírus, 465 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 68,58%.
O número de leitos é flutuante, representando o quantitativo exato de vagas disponíveis no dia. Intercorrências com equipamentos, rede de gases ou equipes incompletas, por exemplo, inviabilizam a disponibilidade do leito. Ressalte-se que novos leitos são abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.
Exames
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) realizou 47.030 exames do tipo RT-PCR, que é o padrão ouro para identificar o genoma viral do coronavírus, no período de 1° de março a 26 de maio de 2020.
Óbitos
A Sesab contabiliza 495 mortes pelo novo coronavírus.
478º óbito – mulher, 75 anos, residente em Salvador, portadora de diabetes e doença cardiovascular, foi internada dia 15/05 e veio a óbito dia 24/05, em hospital filantrópico, em Salvador;
479º óbito – homem, 72 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, doença cardiovascular e doença renal crônica, foi internado dia 14/05 e veio a óbito dia 24/05, em hospital filantrópico, em Salvador;
480º óbito – mulher, 68 anos, residente em Salvador, portadora de doença cardiovascular, foi internada dia 10/05 e veio a óbito dia 24/05, em hospital filantrópico, em Salvador;
481º óbito – homem, 39 anos, residente em Salvador, portador de obesidade, foi internado dia 14/05 e veio a óbito dia 18/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
482º óbito – homem, 37 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, foi internado dia 15/05 e veio a óbito dia 18/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
483º óbito – homem, 59 anos, residente em Salvador, sem comorbidades, foi internado dia 15/05 e veio a óbito dia 18/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
484º óbito – mulher, 85 anos, residente em Jequié, sem comorbidades, foi internada dia 07/05 e veio a óbito 20/05, em unidade da rede pública, em Jequié;
485º óbito – mulher, 31 anos, residente em Ipiaú, portadora de obesidade, foi internada dia 12/05 e veio a óbito dia 13/05, em unidade da rede pública, em Ilhéus;
486º óbito – homem, 71 anos, residente em Salvador, portador de diabetes, foi internado dia 19/05 e veio a óbito dia 21/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
487º óbito – mulher, 85 anos, residente em Salvador, portadora de hipertensão arterial, diabetes, neoplasia e doença de Alzheimer, foi internada dia 03/05 e veio a óbito dia 22/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
488º óbito – mulher, 67 anos, residente em Salvador, portadora de neoplasia, foi internada dia 06/05 e veio a óbito na mesma data, em unidade da rede pública, em Salvador;
489º óbito – mulher, idade não informada, residente em Simões Filho, sem comorbidades, foi internada dia 20/05 e veio a óbito dia 22/05, em unidade da rede pública, em Simões Filho;
490º óbito – homem, 79 anos, residente em Macarani, portador de hipertensão arterial, foi internado dia 21/05 e veio a óbito dia 26/05, em unidade da rede pública, em Vitória da Conquista;
491º óbito – homem, 72 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial e doença cardiovascular, foi internado dia 05/05 e veio a óbito dia 15/05, em hospital filantrópico, em Salvador;
492º óbito – homem, 75 anos, residente em Salvador, portador de hipertensão arterial, foi internado data de admissão não informada e veio a óbito dia 20/05, em unidade da rede privada, em Salvador;
493º óbito – homem, 67 anos, residente em Salvador, portador de diabetes, data de admissão não informada, veio a óbito dia 22/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
494º óbito – mulher, 30 anos, residente em Salvador, portadora de doença renal crônica, data de internação não informada, veio a óbito dia 22/05, em unidade da rede pública, em Salvador;
495º óbito – homem, 71 anos, residente em Salvador, portador de diabetes e hipertensão arterial, data de internação não informada, veio a óbito dia 21/05, em unidade da rede pública, em Salvador.
Faixa etária
Quanto ao sexo dos casos confirmados 44,96% foram do sexo feminino, 36,68% do sexo masculino e 18% sem informação. A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 20,75% do total. O coeficiente de incidência por 1.000.000 de habitantes foi maior na faixa etária de 80 anos e mais (1.392,91/1.000.000 habitantes), indicando que o risco de adoecer foi maior nesta faixa etária, seguida da faixa de 30 a 39 anos (1.317,28/1.000.000 habitantes).
A Sesab ressalta que os números são dinâmicos e, na medida em que as investigações clínicas e epidemiológicas avançam, os casos são reavaliados, sendo passíveis de reenquadramento na sua classificação. O boletim completo, com a lista de municípios com casos confirmados, está disponível no site da Sesab.
Critérios para os exames da Covid-19
No Sistema Único de Saúde (SUS), a coleta de amostras para a realização do exame RT-PCR, que é o padrão ouro para a identificação do genoma viral, deve ocorrer em cinco situações: pacientes internados com suspeita de coronavírus, independente da gravidade; pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); profissionais de saúde com síndrome gripal suspeitos de Covid-19 ou que tenham tido contato com casos confirmados de coronavírus, mesmo que assintomáticos; pacientes que foram a óbito com suspeita de Covid-19, cuja coleta não pôde ter sido realizada em vida; e em indivíduos institucionalizados durante investigação de surtos da doença.
Fonte: Ascom/Sesab
Proposta de antecipação de feriados municipais derrubado na Câmara Municipal
Foto: Divulgaão/Jequiereporter |
A pouco mais de 7 de meses do encerramento dos atuais mandatos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todo o país, no município de Jequié, é visível o índice de distanciamento do prefeito Sérgio da Gameleira (PSB), da maioria dos vereadores que compõem o legislativo municipal. O grupo de oposição que se manteve firme nos últimos exercícios – Tinho, Colorido, Soldado Gilvan, Reges Silva, Admilson Careca, e Laninha, ganhou em dias mais recentes de vereadores que se mantinham na base de apoio ao prefeito, Gutinha, Adriano Guião e Ivan do Leite. Uma visível situação que atesta esse nível de desprestígio do gestor municipal no legislativo foi observado na sessão extraordinária de terça-feira (26), na qual, nove vereadores derrubaram proposta antecipação de dois feriados municipais conforme solicitado pelo prefeito Sérgio da Gameleira (Santo Antônio – 13 de junho e Dia do Evangélico – 20 de agosto para os dias 27 e 28). Os vereadores Joaquim Caíres e Dorival Jr. não participaram da reunião, tendo apresentando justificativas para suas ausências.
Estiveram a favor da proposta do prefeito, os vereadores: José Simões, Guina Lopes, Beto de Lalá, Marcinho, Pastoleiro, Eliezer Fiim, Ramon Fernandes e Roque Silva. O entendimento aprovado, foi o de que, “a Prefeitura de Jequié já havia decidido pelo fechamento de quase totalidade das atividades econômicas da cidade”. Com a totalidade de votos dos presentes foi derrubado o veto do prefeito e garantidas isenções a entidades filantrópicas e outros. Neste último caso, todos os vereadores presentes votaram pela derrubada do veto.
Por: Jequié Reporter
Bolsonaristas investigados em inquérito das fake news criticam ação da PF
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Foto: Câmara dos Deputados/EBC/Arquivo Pessoal/Montagem bahia.ba |
Alvo de operação da Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news, parlamentares e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticaram a ação para cumprimento de mandados de busca e apreensão deflagrada na manhã desta quarta-feira (27). A apuração é conduzida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) usou as redes sociais para pedir o “impeachment” do responsável pelas diligências. “Estamos vivendo um estado de exceção, ironicamente sob os aplausos dos que acusam o presidente Jair Bolsonaro de querê-lo. Está na hora do sr. Davi Alcolumbre cumprir seu dever constitucional e analisar com carinho os pedidos de impeachment contra o responsável por esse absurdo”, escreveu Zambelli.
O ex-deputado federal Roberto Jefferson, por sua vez, comparou a ação à de um tribunal nazista, em crítica ao Supremo. “TRIBUNAL DO REICH. Instituído por Hitler, após o incêndio do Parlamento, aquele tribunal escreveu as páginas mais negras da justiça alemã, perseguindo os adversários do nazismo. Hoje o STF, no Brasil, repete aquela horripilante história. Acordei às 6 horas com a PF em meu lar”, escreveu no Twitter o político do chamado “centrão”.
Já o empresário Luciano Hang afirmou que “jamais” fez fake news contra os membros da Corte. Em uma live transmitida pelo Facebook, o dono da rede de lojas Havan afirmou que estava exercendo seu direito à liberdade de expressão.
Ao todo, foram expedidos 29 mandados de busca e apreensão por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito. Além de Jefferson, Zambelli e Hang, também são alvos da ação pessoas próximas a Bolsonaro, como o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), a ativista Sara Winter e o blogueiro Allan dos Santos.
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