Aos 98 anos, morre o sambista Riachão

Foto: Tiago Cruz/bahiaba
Um dos grandes nomes do samba no Brasil, o cantor e compositor baiano Clementino Rodrigues, mais conhecido como Riachão, teve a morte anunciada na manhã desta segunda-feira (30).

Aos 98 anos, o sambista teria passado mal durante à noite e chegou a ser socorrido por uma equipe médica em sua casa, no Garcia, mas não resistiu. As informações são do site Aratu Online. A causa da morte não foi divulgada.

Conhecido por grandes composições que marcaram o samba, como ‘Cada Macaco no seu Galho’, Riachão dizia ter mais de 500 composições, mas suas músicas ficaram registradas apenas em três álbuns.

O artista teve canções gravadas por Jackson do Pandeiro, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Cássia Eller.

Justiça proíbe desembarque de tripulantes de navio atracado em Santos

@Reuters/Lucas Jackson/Direitos reservados
A Justiça Federal concedeu liminar proibindo o desembarque de 35 tripulantes com sintomas de covid-19 do transatlântico Costa Fascinosa, que atracou no último sábado (28) no Porto de Santos. Pelo menos sete pessoas já desembarcaram do navio sem seguir normas de segurança e, dessas, duas testaram positivo para o novo coronavírus.

De acordo com a liminar do juiz Alexandre Berzosa Saliba, solicitada pela Procuradoria do Município, só será permitido o desembarque de tripulantes que necessitem de assistência médica. Nesse caso, a Autoridade Portuária deverá comunicar previamente o fato à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e secretarias estadual e municipal de Saúde, para adoção das providências previstas no Plano de Contingência do Estado de São Paulo para enfrentamento da covid-19. Os procedimentos de traslado de pacientes na área portuária são de responsabilidade da Anvisa.

De acordo com a prefeitura de Santos, caso algum tripulante necessite de assistência médica, deverá ser encaminhado para hospitais de referência da capital paulista ou outro local habilitado, para evitar o colapso no sistema de saúde de Santos e de outras cidades da Baixada Santista. Poderão desembarcar do navio também aqueles tripulantes que comprovarem com documentos que o desembarque será feito para conexão de retorno ao país de origem.

Segundo a liminar, a autoridade portuária deverá adotar providências para exigir da empresa responsável pelo navio a infraestrutura adequada e mecanismos de saúde e segurança dentro do navio para atender os tripulantes. “As determinações da liminar valem para outros navios que estão fundeados na Barra de Santos aguardando atracação no Porto”, reforçou a procuradora-geral do município, Renata Arraes.
Internados

De acordo com a prefeitura de Santos, no sábado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi avisada oficialmente pela Anvisa a respeito da suspeita de infecção por covid-19 em tripulantes do navio da Costa Cruzeiros. Depois da notificação dos sete casos suspeitos, dois homens, um de 42 anos e outro de 28 anos, foram internados na UTI de um hospital filantrópico da cidade e os exames foram realizados por um laboratório reconhecido pelo governo estadual. Outros cinco tripulantes seguem internados em Santos, mas ainda sem comprovação laboratorial de infecção pelo novo coronavírus.

A Agência Brasil não conseguiu contato com a Costa Cruzeiros.
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Coronavírus mata 2.606 pessoas na França

@Reuters/Direitos Reservados
As autoridades de saúde francesas registraram 292 novas mortes por coronavírus nas últimas horas, alta de 13% em relação ao sábado (28), o que eleva o total para 2.606 desde 1º de março. Agora, o governo atua para aliviar a pressão nos hospitais sobrecarregados do leste do país.

A contagem diária responde apenas pelos que morrem em hospitais, mas as autoridades dizem que vão conseguir compilar dados sobre mortes em casas de repouso, o que provavelmente resultará em um grande aumento nas mortes registradas.

O número de casos conhecidos de infecção aumentou para 40.174 no domingo, contra 37.575 no dia anterior, disse Jerome Salomon, chefe da agência de saúde pública.

Por Richard Lough - da Agência Reuters - Paris

Prazo para saque imediato de até R$ 998 do FGTS acaba amanhã

@Fernando Frazão/Agência Brasil
O trabalhador que até hoje (30) não fez o saque imediato de até R$ 998 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem até amanhã (31) para retirar o dinheiro. Na quarta-feira (1º), todo o dinheiro não sacado retornará à conta original.

Desde setembro do ano passado, a Caixa Econômica Federal está distribuindo dinheiro de contas ativas ou inativas do FGTS. Os recursos foram liberados de forma escalonada até dezembro, num cronograma baseado no mês de nascimento do trabalhador. Ao todo, foram distribuídos cerca de R$ 40 bilhões, que serviram para estimular a economia no fim do ano passado.

O valor usado como referência para o saque imediato é o saldo de cada conta – ativa ou inativa – em 24 de julho do ano passado. Os trabalhadores com saldo acima de R$ 998 nessa data só podem sacar até R$ 500 por conta de FGTS. Quem tinha contas com até R$ 998 – montante equivalente ao salário mínimo no ano passado – pode sacar até esse valor.

Numa simulação, um trabalhador que tinha R$ 998 numa conta do FGTS e R$ 1 mil em outra conta em 24 de julho do ano passado só pode retirar R$ 998 da primeira conta e R$ 500 da segunda.

A retirada também pode ser feita por quem tinha sacado os R$ 500 da conta no ano passado e não retirou a diferença entre R$ 500 e R$ 998 em dezembro. Inicialmente, o governo permitiria apenas a retirada de até R$ 500 por conta, mas o Congresso Nacional ampliou o saque para R$ 998 para contas com saldo igual ou inferior ao salário mínimo.
Como sacar

O saque poderá ser feito pelos mesmos canais de pagamento da primeira etapa do saque imediato. Por causa da pandemia de coronavírus, a Caixa orienta o resgate por meio do aplicativo FGTS, disponível para tablets e smartphones dos sistemas Android e iOS. Nesse caso, o trabalhador pode programar a transferência do dinheiro para qualquer conta em seu nome, independentemente do banco. A operação não tem custo.

Os saques de até R$ 998 podem ser feitos nas casas lotéricas, caso esses estabelecimentos estejam abertos, e terminais de autoatendimento para quem tem senha do Cartão Cidadão. Quem tem Cartão Cidadão e senha pode sacar nos correspondentes Caixa Aqui, caso esses estabelecimentos estejam autorizados a abrir. Basta apresentar documento de identificação.
Atendimento

Desde a última terça-feira (24), as agências da Caixa estão funcionando em horário reduzido, das 10h às 14h. O atendimento está restrito a quem não puder resolver o problema por canais eletrônicos. As dúvidas sobre valores e a data do saque podem ser consultadas no aplicativo do FGTS, pelo site da Caixa ou pelo telefone de atendimento exclusivo 0800-724-2019, disponível 24 horas.

A Caixa destaca que o saque imediato não altera o direito de sacar todo o saldo da conta do FGTS, caso o trabalhador seja demitido sem justa causa ou em outras hipóteses previstas em lei.

Essa modalidade de saque não significa que houve adesão ao saque aniversário, que é uma nova opção oferecida ao trabalhador a partir de abril, em alternativa ao saque por rescisão do contrato de trabalho. Por meio do saque aniversário, o trabalhador poderá retirar parte do saldo da conta do FGTS, anualmente, de acordo com o mês de aniversário.
Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Pesquisadores mostram relação de água contaminada com zika vírus

@Arquivo/IDOR
A presença de toxinas na água consumida pela população nordestina contribuiu para aumentar o número de casos de microcefalia associados à epidemia do vírus zika na Região Nordeste, principalmente nos anos de 2015 e 2016. Essa é a conclusão da pesquisa desenvolvida em conjunto pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Os resultados do estudo mostram, de acordo com o professor titular da UFRJ e cientista do IDOR, Stevens Rehen, que é autor correspondente do trabalho, que o Brasil precisa rediscutir os níveis de toxinas e outras substâncias presentes na água considerados seguros para o consumo humano.
"A gente propõe nesse artigo que a água contaminada com saxitoxina deixou mais vulnerável uma determinada população do Nordeste e isso acabou levando ao nascimento de crianças com malformações graves no sistema nervoso. Talvez isso acabe se refletindo também em outras doenças. Então, o que a gente propõe é uma rediscussão em relação ao que é considerado seguro nas águas que são disponibilizadas para a população", diz em entrevista à Agência Brasil.
A equipe foi uma das primeiras no mundo a provar a relação do vírus zika com os casos de bebês recém-nascidos com microcefalia - malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Após a comprovação, os pesquisadores começaram a investigar por que os casos eram mais frequentes no Nordeste do que em outras regiões do país.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2019, foram registrados 2.192 casos de microcefalia e outras malformações congênitas pelo vírus zika na Região Nordeste, o que corresponde a 62,5% dos casos do país nesse período. O Sudeste aparece em segundo lugar, com menos da metade dos casos do Nordeste, 709, ou 20,2% do total no Brasil.
"Surgiu a hipótese de que havia um cofator regional que fosse capaz de agravar as consequências da infecção. A nossa hipótese é que haveria um cofator ambiental evitável, capaz de exacerbar a toxidade do vírus zika sobre o sistema nervoso em desenvolvimento", diz Rehen. Eles provaram que esse fator, que pode ser evitado, existe e está presente na água.
Presença de toxinas na água consumida pela população nordestina contribuiu para aumentar o número de casos de microcefalia associados à epidemia do vírus zika na Região Nordeste Arquivo IDOR
Leia os principais trechos da entrevista:

Agência Brasil: Por que vocês decidiram fazer este estudo? 

Stevens Rehen: Desde o começo da epidemia de zika no Brasil, a nossa equipe, como várias outras, se interessou pelo assunto e pela própria gravidade do que era observado na relação da epidemia com o aumento de casos de microcefalia. O nosso grupo foi o primeiro no mundo a usar metodologia de biologia celular para explicar essa relação entre o vírus zika e as malformações do sistema nervoso em desenvolvimento. Mais recentemente, analisando a quantidade de casos e a gravidade de casos no Nordeste, comparando com outras regiões no país e no mundo, surgiu a hipótese de que havia um cofator regional que fosse capaz de agravar as consequências da infecção. A nossa hipótese é que haveria um cofator ambiental evitável, capaz de exacerbar a toxidade do vírus zika sobre o sistema nervoso em desenvolvimento.

Nós mapeamos a qualidade da água em diversos açudes no Nordeste e percebemos que, quando comparada a outras regiões do país, tinha uma incidência grande de alguns microrganismos chamados cianobactérias e também de uma toxina que é produzida por um desses microrganismos, a saxitoxina. A presença de saxitoxina nos alertou de que ela poderia estar envolvida com o agravamento do efeito do vírus zika no sistema nervoso.

Agência Brasil: Como conseguiram provar a relação da saxitoxina com o agravamento da microcefalia causada pelo vírus zika?

Stevens Rehen: Levamos essa toxina para o laboratório e fizemos um experimento simples, utilizando um modelo que a gente chama de organoides cerebrais. Nesse modelo, colhemos a urina ou um pedacinho de pele de qualquer indivíduo, de qualquer voluntário, que foi transformado em células do cérebro. A gente cria um modelo biológico vivo, quase como se fosse um avatar, que é nosso modelo para estudar. Foi em cima desse organoide, que a gente mostrou, em 2016, essa relação entre microcefalia e a infecção pelo vírus zika. Agora, recentemente, o que fizemos, utilizando esse mesmo modelo, foi combinar a exposição desse tecido nervoso humano à saxitoxina e ao vírus zika. Observamos então que, quando fazíamos essa combinação, o efeito do vírus zika era ainda pior nesse tecido.

Para confirmar essa hipótese, a gente fez, em parceria com a UFRJ, o mesmo experimento utilizando camundongos. As fêmeas beberam água com a mesma quantidade de toxina observada na água do Nordeste por um determinado período e, depois, essas fêmeas ficaram grávidas. Então, nós observamos como se dava a malformação nas fêmeas que beberam água contaminada e que, também, estavam infectadas com zika. Comparamos com outro grupo que só foi infectado com zika e que bebeu água limpa. Na comparação, observamos que havia um aumento e um agravamento da microcefalia nos filhotes que nasceram dessas fêmeas.

Agência Brasil: Por que vocês decidiram observar a água?

Stevens Rehen: O que nos chamou atenção foi perceber que o Nordeste enfrentou, justamente no período de epidemia de zika, a maior seca da história. Então, pela carência de água, a gente começou a imaginar que quando há menos água, aumenta a proliferação de microrganismos por causa da própria falta de saneamento básico. Em virtude da seca, havia uma redução da qualidade da água onde ainda existia água e isso nos levou a tentar examinar essa água.

Agência Brasil: Diante desses resultados, o que pode ser feito?

Stevens Rehen: O que a gente observou nesse artigo é que a água contaminada com saxitoxina deixou mais vulnerável uma determinada população do Nordeste e isso acabou levando ao nascimento de crianças com malformações graves no sistema nervoso. Talvez isso acabe se refletindo também em outras doenças. O que a gente propõe é uma rediscussão em relação ao que é considerado seguro nas águas que são disponibilizadas para a população.

Em situações normais, o que hoje em dia é preconizado como seguro, talvez seja seguro, mas como a gente está vivendo uma série de epidemias e agora, a pandemia do coronavírus [novo coronavírus (covid-19)], todos esses vírus acabam levando um agente que acaba alterando mais ainda esse equilíbrio. Assim, essa ingestão crônica de água com saxitoxina talvez possa deixar a população mais vulnerável a várias doenças.

Agência Brasil: Essa discussão dos parâmetros de qualidade da água está sendo feita?

Stevens Rehen: Tão logo a gente gerou esse resultado, ele foi levado ao Ministério da Saúde e fomos muito bem recebidos, em 2018. Hoje há um grupo de trabalho coordenado pela Fiocruz, formado em 2019, do qual também participamos, que está justamente revendo o que é considerado seguro, principalmente, em situações de risco, como foi a época da epidemia pelo vírus zika.

Agência Brasil: Já existe alguma prévia desses novos parâmetros?

Stevens Rehen: Essa análise está em andamento.

Agência Brasil: O que se pode fazer para melhorar a qualidade da água consumida pela população?

Stevens Rehen: Saneamento básico! É um problema crônico, histórico no Brasil, mas é importante poder fornecer à população uma água de melhor qualidade.

Agência Brasil: A má qualidade da água pode também fragilizar as pessoas em relação ao novo coronavírus (covid-19)?

Stevens Rehen: A gente não tem nenhum estudo consistente no caso do coronavírus. Falei isso mais do ponto de vista genérico, pensando em um organismo que está vulnerável devido à ingestão crônica de uma toxina. Nós estamos mostrando que isso afetou a gravidade e a toxicidade do zika vírus.
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Infectologista diz que Bahia se antecipou em ações contra novo coronavírus

Foto: Alberto Coutinho/GOVBA
O infectologista Roberto Badaró, considerado um dos maiores especialistas sobre o novo coronavírus do país, classificou como acertadas todas as ações executadas pelo Governo do Estado para conter o avanço da Covid-19 na Bahia até o momento e ressaltou que, sem essas medidas, o estado poderia ter, atualmente, números alarmantes.

"Não se trata de uma competição, mas é preciso reconhecer que a Bahia respondeu muito antes do que a maioria dos estados à crise gerada pelo novo coronavírus. O Governo do Estado implantou um bloqueio sanitário severo, o chamado isolamento vertical, quando a Bahia não tinha nem 20 casos. O resultado foi muito eficiente. A Bahia apresenta, de forma significativa, uma diminuição na velocidade do aparecimento de novos casos", destacou o médico.
Foto: Alberto Coutinho/GOVBA
De acordo com Badaró, "no gráfico dos casos oficiais no Brasil e no mundo, verificamos comportamentos diferentes. A China teve milhares de casos em Wuhan, onde tudo começou. A Itália agiu igual a Wuhan no início. Os Estados Unidos tiveram, devido à relação muito íntima de tráfego aéreo com a China, milhares de infectados chegando ao país diariamente, causando uma explosão de casos também. O Brasil tem a tendência da Coreia [do Sul], que interviu ainda relativamente cedo".

Ainda segundo o infectologista, no gráfico da Bahia, a projeção é inferior em número de casos e mortes, pois iniciou o bloqueio logo de imediato ao surgimento de casos. “Estamos tendo números inferiores ao previsto. O Governo do Estado agiu com austeridade, contrariando o Ministério da Saúde, que orientou mal no início da chegada do Covid -19 ao Brasil", afirmou. Neste domingo (29), a Bahia atingiu a marca de 156 casos confirmados. A previsão era que o estado já tivesse superado 300 ocorrências neste momento. 

Prevenção e ampliação da rede

Entre as medidas preventivas adotadas pelo Estado estão o fechamento de todas as escolas públicas e privadas da Bahia e a suspensão do transporte intermunicipal em cidades com casos confirmados. Em paralelo às ações de contenção, a Bahia está fortalecendo sua rede de atendimento. 

Já foi autorizada pelo governador Rui Costa a abertura de 500 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e centros de triagem no interior. Em Salvador, além do antigo Hospital Espanhol, o Estado já assegurou outros três novos locais de atendimento para casos em investigação ou confirmados da Covid-19: o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, o Hospital Santa Clara e a Arena Fonte Nova, que juntos vão ofertar mais de 350 leitos. 

Badaró também pontuou a importância do novo Instituto Couto Maia (Icom) para o enfrentamento da doença. Inaugurada em julho de 2018, a unidade é especializada em doenças infecto-contagiosas e desde 23 de março está atendendo exclusivamente pacientes com suspeita do novo coronavírus. "O Couto Maia está preparado. Não há falta de leitos de UTI neste momento, e não há faltas de unidades para atender os pacientes que, porventura, venham a ser contaminados pela doença nessas primeiras semanas”, acrescentou o médico.

Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
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Ipiaú: Polícia Militar prebde homem por tráfico de droga

@Divulgação/PM
Por volta das 00:50min desse sábado (28/03/2020), a guarnição da 55ª CIPM/PETO recebeu uma denúncia anônima sobre possível tráfico de drogas na rua Waldomiro Barreto, bairro Santa Rita. 

A guarnição deslocou ao local. Com apoio da guarnição do 1º Pelotão, mormente em que o suspeito de nome Rafael correu para os fundos da casa e tentou se desapropriar de um material dentro de um saco, que foi identificado depois, como buchas de substância análoga à maconha. 

O suspeito foi conduzido e apresentado na delegacia de Ipiaú, juntamente com todo material apreendido.
Conduzidos: Rafael Da Silva Ferreira; 

Material Aprendido: 01 aparelho celular, marca Samsung, cor branca; 01 aparelho celular A9 marca Samsung, cor preta; 22 buchas de maconha; 250,00 ( duzentos e cinquenta reais);

Fonte: ”55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas.”

Bolsonaro recomenda que todos os políticos do Brasil saiam às ruas

Foto: José Cruz Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro recomendou, neste domingo, 29, que todos os políticos do Brasil saiam às ruas e cumprimentem as pessoas para, na avaliação dele, entender a realidade do País nesses tempos de coronavírus. A recomendação do presidente contraria as orientações do Ministério da Saúde, que, na tarde de hoje, divulgou que o número de contaminações pelo novo coronavírus chegou a 4.256 e o total de mortes por covid-19 no País subiu para 136.

Em um vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro comentou o “tour” realizado por ele nas redondezas de Brasília na manhã deste domingo. “Agora pouco estive em Ceilândia e Taguatinga. Fui ver na ponta da linha como está o nosso povo. E em especial os informais, os mais atingidos por essa onda de desemprego. Uma experiência que recomendo a todos os políticos do Brasil”, disse o presidente.

Nas ruas da capital federal, Bolsonaro disse que as pessoas querem voltar a trabalhar. Ele foi a um açougue e também cumprimentou a população, causando alvoroço nas ruas. Após o tour, Bolsonaro voltou ao Palácio da Alvorada, por volta das 12h.

China prepara defesa contra segunda onda de coronavírus

@Reuters/Carlos Garcia Rawlins
Um número crescente de casos de coronavírus importados na China pode provocar uma segunda onda de infecções no momento em que transmissões domésticas "basicamente foram interrompidas", disse uma autoridade sênior de saúde nesta domingo (29), ao mesmo tempo em que o alívio nas restrições de viagens também pode levar a mais riscos dentro do país.

A China, onde a doença surgiu pela primeira vez na cidade central de Wuhan, acumulou um total de 693 casos vindos do exterior, o que significa que "a possibilidade de uma nova rodada de infecções permanece relativamente grande", declarou Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde (NHC).

Quase um quarto deles chegou a Pequim. "Pequim, a capital, ainda suporta os riscos", disse Xu Hejian, porta-voz do governo de Pequim, a repórteres.

"Não há razão para descansar e relaxar ainda. Não é momento em que possamos dizer que tudo está indo bem."

A maioria dos casos importados envolveu chineses voltando do exterior.

Um total de 3,3 mil pessoas morreram na China continental, e 81.439 infecções foram relatadas.
Por Brenda Goh e Thomas Suen - Da Reuters - Wuhan (China)
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Presidente do TSE reafirma que calendário eleitoral das Eleições 2020 está sendo cumprido

Apesar do preocupante cenário criado pela pandemia de coronavírus, ministra Rosa Weber considera prematuro o debate sobre adiamento do pleito no atual momento, pontuando mais uma vez que a velocidade da evolução do quadro exige permanente reavaliação das providências

No âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste momento ainda há plenas condições materiais de cumprimento do calendário eleitoral, apesar da crise sem precedentes no sistema de saúde do país causada pela pandemia do novo coronavírus.

Além das medidas já adotadas para adequar rotinas à nova realidade e seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades médicas e sanitárias – entre as quais a restrição da circulação de público no Tribunal, a suspensão de eventos, o trabalho remoto, o incremento das votações pelo Plenário Virtual, a suspensão de prazos processuais – por meio da Resolução 23.615/2020, e a implantação da possibilidade de realização de sessões por videoconferência a partir da próxima semana, o Tribunal segue orientando suas ações no sentido do estrito cumprimento das etapas do calendário. Estas, em essência, estão previstas pela legislação federal e pela Constituição da República. Assim sendo, em viés jurídico qualquer iniciativa em sentido diverso extrapola os limites de atuação da Justiça Eleitoral.

Os graves impactos da pandemia na saúde pública têm acarretado múltiplas dificuldades em todas as áreas. Não é diferente no âmbito da Justiça Eleitoral. No entanto, conforme já referi em nota divulgada na última segunda-feira (23), neste momento é prematuro tratar de adiamento das Eleições Municipais 2020. Essa avaliação é compartilhada pelo vice-presidente, ministro Luís Roberto Barroso, que estará na Presidência do TSE durante o próximo pleito.

Esclareço que, no tocante ao cronograma de testes de equipamentos e sistemas eletrônicos, o TSE está alerta quanto às inevitáveis alterações ante o atual quadro de excepcionalidade. Já estão sendo estudados ajustes nos formatos de realização de tais testes. O Plano Geral contempla 20 testes, alguns deles repetidos mais de uma vez, com objetivos, complexidades e amplitudes diversos. Trata-se de um processo de depuração das soluções tecnológicas para atingir o menor nível de erro possível.

Até o momento, três desses testes foram cancelados: o Simulado Nacional de Hardware, que envolve todos os Tribunais Regionais Eleitorais e precisou ser suspenso na metade da execução planejada em virtude das políticas de isolamento impostas; o Teste do Sistema de Prestação de Contas; e o Teste de Desempenho da Totalização. Importante mencionar que os testes são qualitativos e não impeditivos.

Por fim, lembro que os questionamentos, submetidos ao TSE via Processo Judicial Eletrônico (PJE) acerca de eventual modificação dos marcos temporais previstos no calendário eleitoral, são objeto das Consultas nº 0600278-45.2020.6.00.000 e nº 0600282-83.2020.6.00.0000.

Estamos acompanhando atentamente a evolução diária do cenário nacional, inclusive para eventuais reavaliações, mantidas as atividades essenciais à realização das Eleições 2020.

Ministra Rosa Weber

Presidente do TSE

Estado registra 156 casos do novo coronavírus

Foto: Agência Brasil
A Bahia registrou neste domingo (29), 156 casos do novo coronavírus (Covid-19), o que representa 3,8% do total de casos notificados. As informações são da Secretaria de Saúde da Bahia.

Até o momento, 1388 casos foram descartados e houve um óbito confirmado.

Ao todo, 17 pessoas estão curadas e 18 encontram-se internadas, sendo 8 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Rui e Neto lamentam primeira morte por coronavírus

Foto: Manu Dias/ GOVBA
O governador Rui Costa (PT) lamentou neste domingo (29), a primeira morte na Bahia por coronavírus. Um homem de 74 anos que estava intubado há vários dias e faleceu em hospital particular. “Meus sentimentos de pesar aos familiares e amigos. Tenho repetido: É guerra dura e cruel. Vamos vencê-la com união, solidariedade e trabalho”, declarou o governador.

O prefeito ACM Neto (DEM) salientou a gravidade da situação e ressaltou que a Prefeitura segue firme na adoção de todas as medidas necessárias para combater a doença.

“Lamento muito por essa vítima e por essa família que perdeu seu ente. Para todos nós fica a lição e nos deixa atentos para um cenário que tende a piorar. É preciso termos consciência do papel de cada um de nós no cumprimento das medidas de isolamento social”, disse. A Bahia possuí 147 casos do novo coronavírus.

Guedes diz que, como cidadão, prefere isolamento

@Pablo Rodrigues Pozebom/Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (29) que é preciso “respeitar as opiniões dos dois lados” ao falar sobre o isolamento social feito pela população, sob recomendação do Ministério da Saúde, para frear a expansão do contágio pelo covid-19. Ele disse entender a recomendação dos médicos embora, como economista, preferisse a volta de todos à normalidade.

“Vamos conversar sobre isso de uma forma construtiva. Eu, como economista, gostaria que pudéssemos manter a produção, voltar o mais rápido possível. Eu, como cidadão, seguindo o conhecimento do pessoal da saúde, ao contrário, quero ficar em casa e fazer o isolamento”, disse, em videoconferência com representantes da Confederação Nacional dos Municípios, no início da tarde.

Guedes acrescentou que, apesar da importância do isolamento para a saúde pública, a economia não suportará mais que dois meses estagnada. “Essa linha de equilíbrio é difícil, mas é uma questão de dois meses para rachar para um lado ou para outro. Ou funciona o isolamento em dois meses ou vai ter que liberar, porque a economia não pode parar senão desmonta o Brasil todo”. Para o ministro, um tempo de isolamento maior que esse pode provocar um “desastre total”, com um cenário de desabastecimento, aumento de juros e da inflação.
Fundeb

O ministro opinou também sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), tema de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que tramita no Congresso. Ele contrariou o relatório, que prevê um aumento gradual na complementação de recursos do feita pela União para estados e municípios, e sugeriu a manutenção do valor atual. “Podíamos, excepcionalmente, renovar o Fundeb como é hoje, por dois, três anos, para o dinheiro excedente ser mandado para a saúde. Se for aumentar o Fundeb agora, vai faltar pra saúde.”
Orçamento “sem carimbo” e descentralizado

Durante uma hora e meia de videoconferência, Guedes ouviu as demandas de prefeitos de todas as regiões do Brasil e defendeu que a verba liberada para os estados não tenha uma destinação definida. Para ele, os prefeitos deveriam ter liberdade de alocar os recursos nas áreas em que quisessem. “Tudo que é Orçamento é carimbado, isso é ruim. O dinheiro devia estar solto. O prefeito, que está na ponta, é que sabe o que ele está precisando, se é comprar uniforme pras crianças ou comprar o teste de saúde, comprar ventilador pulmonar. O gestor precisa ter essa flexibilidade.”

O ministro também apoiou a aprovação do Projeto de Lei do Congresso (PLN) nº 2, que seguia para votação no plenário do Congresso quando a crise do coronavírus e o isolamento interromperam o ritmo de votações. O PLN 2 altera a atual Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e regulamenta a execução de emendas parlamentares impositivas e coloca critérios que podem impedir a obrigatoriedade de emendas parlamentares individuais ou de bancada.

Ao defender o PLN e a descentralização dos recursos públicos, Guedes afirmou que, se o dinheiro “ficar em Brasília”, irá para “privilégio de aposentadoria” e “para a Venezuela”. “O que queremos é mais recursos para os municípios. O dinheiro tem que ficar na ponta. Se o dinheiro ficar com Brasília, vira dinheiro para privilégio de aposentadoria, vira dinheiro para a Venezuela, vira estádio de futebol, em vez de virar hospital. Nós não acreditamos na centralização dos recursos, acreditamos no dinheiro na ponta, onde o povo vive.”

O ministro também defendeu a aprovação do Marco do Saneamento e do Plano Mansueto, esse último uma demanda dos prefeitos. O Projeto de Lei Complementar 149/2019, conhecido como Plano Mansueto, implementa um novo programa de auxílio financeiro a estados e municípios. A proposta prevê a concessão de empréstimos com garantia da União para estados com dificuldades financeiras. Em troca, o governos locais terão de entregar um plano de ajuste ao Tesouro Nacional, que prevê o aumento da poupança corrente ano a ano.
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Covid-19: número de mortes sobe para 136

@Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
O Ministério da Saúde divulgou uma nova atualização hoje (29) dos dados sobre o novo coronavírus (covid-19), no Brasil. O número de mortes chegou a 136, 22 a mais do que o número anunciado pela pasta nesse sábado (28), quando foram registrados 114 óbitos.

São Paulo concentra 98 do total de mortes, seguido por Rio de Janeiro (17), Ceará (5) e Pernambuco (5), Paraná (2), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1), Goiás (1), Distrito Federal (1), Rio Grande do Norte (1), Piauí (1) e Amazonas (1). Com 22 novas mortes, foi o maior resultado registrado desde o início juntamente com o de ontem, que teve o mesmo número.

Em relação ao perfil das pessoas que morreram, 39,2% eram mulheres e homens (60,8%). Mantendo o padrão identificado ao longo da semana, 90% tinham mais de 60 anos e as doenças crônicas mais associadas foram cardiopatias, diabetes, pneumopatia e condições neurológicas.

Os casos confirmados da doença aumentaram de 3.904 para 4.256. O resultado de mais 352 pessoas infectadas marcou um crescimento de 9% em relação a ontem. O total, contudo, foi menor do que o registrado em dias anteriores, quando os novos casos ficaram entre 482 e 502.

Em entrevistas à imprensa, durante a semana, a equipe do Ministério da Saúde afirmou que era esperado um crescimento diário de até 33%. Em comparação com o início da semana, quando havia 1.891 casos o total representa uma ampliação de 225%.

Os estados com mais casos foram São Paulo (1.406), Rio de Janeiro (558), Ceará (314), Distrito Federal (260) e Minas Gerais (205). A menor incidência está em estados da Região Norte, como Amapá (4), Rondônia (6), Tocantins (9) e Amazonas (14). 

O índice de letalidade, que começou a semana abaixo de 2%, atingiu 3,2% com o balanço de hoje. Na distribuição por estados, os mais altos são São Paulo (6,8%), Pernambuco (6,8%), Rio de Janeiro (2,4%), Goiás (1,7%) e Rio Grande do Norte (1,5%). O número de hospitalizações em razão do novo coronavírus chegou a 625. 
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Em todo o mundo, o painel de monitoramento da Organização Mundial da Saúde registra hoje 638. 461 mil casos e 30.105 mil óbitos, em 202 países. Os Estados Unidos são o país com mais casos confirmados (103.321), seguidos por Itália (94.472), China (82.356), Espanha (72.248) e Alemanha (52.547).
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

Varejistas ameaçam demitir 600 mil pessoas se lojas não forem reabertas

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Empresas varejistas ameaçam demitir 600 mil pessoas, caso o comércio não seja reaberto até a segunda quinzena de abril. As possíveis demissões representam um terço dos funcionários do setor, que emprega 23,5% dos trabalhadores com carteira assinada – algo em torno de 9,1 milhões de pessoas.

De acordo com informações da Folha de S.Paulo, o movimento é liderado por Flávio Rocha, dono da Riachuelo, e Luiza Trajano, da Magazine Luiza, e tem pressionado o presidente Jair Bolsonaro. Por outro lado, oficialmente o discurso seja o de estarem empenhados em preservar os empregos em meio às recomendações de distanciamento social estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Nos bastidores, empresários do setor tentam convencer a cúpula econômica do governo a implementar um modelo semelhante àquele adotado pela Coreia do Sul: parte da população voltou ao trabalho depois da realização de testes para garantir que não haveria novas contaminações. Apesar da sugestão, os empresários não apresentaram uma proposta de como arcar com os custos dos testes para a população.

Ainda de acordo com a Folha de S.Paulo, assessores de Bolsonaro relataram que a pressão do grupo aumentou depois que Mato Grosso, Rondônia e Santa Catarina decidiram liberar parcialmente o comércio e os serviços. Pessoas próximas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram que o empresário Abilio Diniz, fundador do Pão de Açúcar e principal acionista do Carrefour, também se queixou ao ministro.

Sem ação rápida do governo, país viverá caos sob quarentena e Bolsonaro sabe disso

Foto: Reprodução/Arquivo
Faz um mês que o Brasil registrou o primeiro caso de contaminação por coronavírus, em São Paulo, e o que fizeram as autoridades de lá para cá como forma de evitar que a doença se espalhasse num país desigual como o Brasil? Nada!

Admitindo-se, no entanto, com a experiência da China e da Itália que o contágio era inevitável, o que deveria ter sido feito? Planejar e agir para tornar a presença da Covid-19 entre os brasileiros o menos danosa possível.

Não foi isso que aconteceu. Nos momentos que antecederam a decisão dos governadores e prefeitos de, ocupando um vácuo deixado pelo governo Jair Bolsonaro, apostar no confinamento, Paulo Guedes minimizou o tsunami.

O ministro da Economia disse que a crise da nova doença poderia ser enfrentada com mais controle fiscal e a aprovação das reformas tributária e administrativa que nunca entregou ao Congresso.

Estava brincando com fogo ou apostando no pior? Apenas na semana passada, depois de muita pressão sobre o governo, uma proposta saiu do executivo e, melhorada na Câmara, vai dar R$ 600 a trabalhadores informais por dois meses.

Só que, para gente que come e malmente sobrevive do que fatura no dia, duas semanas já se passaram. São uma eternidade. Ou seja, tempo é comida na mesa dos mais pobres, que são a maioria no país.

Enquanto isso, o que faz Jair Bolsonaro? Defende com unhas e dentes que o Brasil não pode parar, levando o erário a pagar por uma campanha publicitária de quase $ 5 mi contra a quarentena.

Depois de minimizar a Covid-19, que comparou a uma “gripezinha”, e sair por aí distribuindo apertos de mão e abraços em simpatizantes, o presidente pretendia ir esta semana a uma estação de metrô e a outra de ônibus.

Foi parado pelo ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, ilha de racionalidade no governo, que prometeu criticá-lo se executasse o plano e ouviu de volta que poderia ser demitido pelo presidente.

Por que Bolsonaro não se responsabiliza pelo que acontece com o país, limitando-se a sugerir que as pessoas não devem respeitar o confinamento, medida defendida ontem pelo ministro da Saúde como forma de enfrentar a pandemia?

E por que a sociedade não cobra dele que atue, aja, preferindo encampar um movimento contra a quarentena que fracassou na Itália, na Espanha, na França e no Reino Unido e parece que também naufragará nos Estados Unidos?

Para que funcione, a quarentena precisa ser acompanhada de medidas econômicas para salvar empresas e dar condições de sobrevida aos mais vulneráveis, de um plano de abastecimento, entre outras medidas de emergência.

Mas especialmente a desatenção de Bolsonaro com a população mais pobre é, além de assustadora, intrigante.

O presidente chegou a dizer, com suas próprias palavras, que a sociedade não deve esperar que o governo “faça tudo”. “Governo que o Estado faz tudo só as ditaduras. Venezuela, Cuba, Coreia do Norte”, declarou.

A única leitura possível é a de que o mandatário aposta lamentavelmente, de forma deliberada, no caos, nos saques que advirão da desassistência aos mais pobres e, consequentemente, na desordem, que pode descambar para a barbárie.

E seu propósito não pode ser apenas esconder a incompetência, a inação. Seguramente há um objetivo nisso tudo, o qual, lamentavelmente, ficará claro se ele conseguir executar seu plano, quando já será muito tarde para reagir.

Presidente do TRE-BA comenta pandemia do coronavírus e fala da expectativa diante das Eleições 2020

Jutahir Junior/Foto Divulgação
Com primeiro ano de gestão à frente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) marcado pela conclusão da biometria no estado e a conquista do inédito Prêmio de Qualidade Diamante (conferido pelo CNJ), o desembargador Jatahy Júnior tem agora um novo desafio diante da pandemia do coronavírus. O presidente, que tomou posse em 28 de março de 2019, liderou a força-tarefa que fez do TRE-BA o único eleitoral de grande porte no Brasil a ter encerrado a revisão biométrica dos eleitores e, com isso, já vinha se preparando para que todos os municípios baianos realizassem o pleito em 2020 com identificação dos eleitores por suas impressões digitais.

Mas, conforme mencionou o desembargador, o desafio passa agora a ser um só: “o fim da pandemia de coronavírus, para que a Justiça Eleitoral possa retornar à prestação dos seus serviços, saindo do plantão extraordinário”.

Diante de um cenário de pouca evolução da pandemia no estado, o presidente está otimista. “Tenho certeza de que o Brasil vai superar essa crise com toda a força do seu povo e que logo retomaremos a nossa rotina, podendo respeitar os prazos do calendário eleitoral”. Passada essa crise, o desafio será a realização das Eleições Municipais de 2020, afirma o presidente.

“Estamos preparados para fazer uma eleição cristalina e eficiente, melhorando os pontos fracos que identificamos em eleições anteriores”, antecipa Jatahy Júnior. Para o presidente, “a Bahia brilhará no cenário nacional, com eficiência e rapidez. E isso vale para todas as outras ações do Tribunal, fazendo valer o nosso lema de Justiça, Cidadania e Serviço”.

Medidas contra o coronavírus

Desde a último dia 17 de março, o TRE-BA vem publicando uma série de portarias que determinam medidas para conter o avanço do coronavírus no estado. O atendimento presencial foi suspenso e o trabalho remoto dos servidores, magistrados e colaboradores passou a ser a orientação principal. O Eleitoral baiano manteve ainda a prestação de serviços em outros meios, atendendo eleitores por e-mail e telefone, informando a sociedade por meio do site e do blog do Tribunal e atuando em plataformas digitais, como o sistema Filia, de filiação partidária.

A intenção, explica o presidente, é manter a segurança dos servidores e da população em geral e, ao mesmo tempo, tentar diminuir o impacto da quarentena no calendário eleitoral. Vale destacar também a atuação solidária do TRE-BA, que iniciou uma campanha para incentivar doações a instituições filantrópicas. O Tribunal vem sensibilizando servidores e população, de um modo geral, para que apoiem aqueles que se encontram em maior vulnerabilidade quanto ao Covid-19.

Por:Política Livre

Bahia registra primeira morte por coronavírus no Hospital da Bahia

Foto:ArquivoPessoal
A Bahia registrou o primeiro óbito por coronavírus, ontem à noite. Trata-se de um homem de 74 anos que estava internado no Hospital da Bahia. A informação deve ser confirmada pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Villas Boas, ainda esta manhã. O paciente estava internado há vários dias, entubado e sendo submetido a diálise. A Sesab deve emitir ainda hoje um boletim confirmando a morte.

Atualizado às 9h03: A Sesab acaba de confirmar a informação sobre a morte do paciente do Hospital da Bahia.

Coronel critica posicionamentos de Bolsonaro sobre coronavírus

Foto: Agência Senado
O senador Angelo Coronel (PSD) criticou os posicionamentos do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante a pandemia do coronavírus no país.

Em seu perfil no Twitter, neste sábado (28), Coronel disse que “do jeito que o presidente Bolsonaro quer conduzir a crise, em breve irão surgir novos milionários no Brasil. Os fabricantes de caixão e os donos de funerárias”.

Ministro da Saúde ainda questionou: "Estamos preparados para caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas?"

Foto: Carolina Antunes/PR
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cobrou do governo federal um pacto com estados e municípios para combater o novo coronavírus. Em reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e outros ministros no último sábado (28), Mandetta pediu que seja executada ação conjunta, com regras e medidas unificadas e estabelecidas a partir de critérios científicos.

De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, o ministro ainda solicitou a criação de uma central de pessoal e equipamento para facilitar o remanejamento de leitos, respiradores, médicos e enfermeiros entre os estados. Mandetta pediu ainda que Bolsonaro pare de minimizar a gravidade da situação publicamente, sob possibilidade de criticá-lo em resposta. Segundo o jornal, o presidente rebateu e disse que demitiria o ministro, caso isso acontecesse.

O Brasil já soma 114 mortes decorrentes do novo coronavírus e 3.904 casos confirmados. O ministro da Saúde comparou a situação a mortes por queda de aviões. Mil óbitos equivalem à queda de quatro aeronaves comerciais de grande porte.

“Estamos preparados para o pior cenário, com caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas? Com transmissão ao vivo pela internet?”, questionou.

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.247 da Mega-Sena

@MarceloCamargo/Agência Brasil
Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.247 da Mega-Sena e a estimativa do prêmio para o próximo sorteio é R$ 4,8 milhões. 

Foram as seguintes as dezenas sorteadas na noite desse sábado (28), no Espaço Loterias Caixa, na cidade de São Paulo: 01 – 42 – 44 - 47 – 48 - 53

A quina registrou dez apostas vencedoras, cada uma vai pagar o prêmio de R$ 86.553,24. A quadra teve 908 apostas e cada ganhador vai receber R$ 1.361,75.

O sorteio do concurso 2.248 da Mega-Sena será realizado na próxima quarta-feira (1º) 
Por Agência Brasil - Brasília

DPU cria canal para denúncias durante o enfrentamento ao coronavírus

@Divulgação/DPU
A Defensoria Pública da União (DPU) criou nessa semana um canal para receber denúncias de violações de direitos da população durante o período de combate ao novo coronavírus (covid-19) no país.

Na página do Observatório Nacional COVID-19, o cidadão pode fazer a denúncia por meio do preenchimento de um formulário eletrônico, no qual deve descrever a suposta violação de algum direito relacionado às áreas da saúde, Previdência Social, assistência social ou outros que envolvem a pandemia.

Segundo a DPU, o objetivo do observatório é reunir demandas que possam ser resolvidas coletivamente.

Nos casos em que seja preciso assistência jurídica individual, o órgão recomenda que o cidadão procure as unidades da defensoria em todo o país.
Por Agência Brasil - Brasília

Representante de clubes lamenta falta de acordo coletivo com jogadores

@Lucas Merçon/Fluminese/Direitos Reservados
O presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, que representa a Comissão Nacional dos Clubes (CNC), divulgou vídeo neste sábado (28), lamentando a falta de acordo entre clubes e jogadores sobre como proceder em meio à pandemia do novo coronavírus. Com as competições paralisadas, a CNC enviou duas propostas para a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) que foram rejeitadas pelos atletas e pelos 21 sindicatos.

De acordo com o dirigente, a segunda proposição surgiu da reunião de cerca de 30 presidentes de clubes e a CBF, acerca de concessão de férias coletivas de 20 dias a todos os jogadores e a redução de 25% dos salários, enquanto os campeonatos estiverem suspensos.

“Nós optamos de forma unânime, por colocar todos os atletas e os departamentos de futebol em férias coletivas a partir do dia 1° de abril, garantindo a eles o que prevê a Medida Provisória 927 do Governo Federal e deixar que as negociações sigam individualmente, entre cada clube com seus atletas e com os sindicatos locais.”, disse Bittencourt.

A MP citada pelo porta-voz dos clubes, dispõe sobre as medidas trabalhistas que poderão ser adotadas pelos empregadores para preservar emprego e renda ao trabalhador, durante o estado de calamidade pública.
Negociações

O representante da CNC diz também que as diretorias seguem negociando com os jogadores e citou que o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, lhe telefonou e informou que o clube nordestino já negocia com os atletas individualmente.

“Até mesmo em razão do Brasil ser um país de dimensão continental, a gente acabou não conseguindo êxito em fazer um acordo com todos os jogadores, um acordo equânime. Entretanto, conseguimos algo que eu considero uma vitória dos clubes, que foi a união.”

Em relação ao calendário do futebol brasileiro, há o entendimento entre os clubes das séries A, B, C e D na preservação dos estaduais e na manutenção do formato de pontos corridos do Campeonato Brasileiro.Por Rafael Monteiro – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Brasil tem 3.904 casos e 114 mortes por covid-19

@Marcelo Casal Jr/AgênciaBrasil
A covid-19 já foi diagnosticada em 3.904 pessoas no Brasil, tendo resultado na morte de 114 vítimas. Com isso, a taxa de letalidade da doença no país está em 2,8%, segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado neste sábado (28).
No balançode ontem (27), o número de diagnosticados estava em 3.417, e o de mortes em 92 (taxa de letalidade de 2,7%). O número de casos registrados nas últimas 24 horas, portanto, soma 487.
São Paulo é o estado com maior número de infecções comprovadas, com 1.406 casos e 84 óbitos, com taxa de letalidade em 6%. Apesar de ter os maiores números absolutos, São Paulo tem taxa de letalidade menor que o Piauí, que soma 11 casos e uma morte, com índice de letalidade em 9,1%; e que Pernambuco (68 casos, cinco mortes e letalidade em 7,3%).
O segundo estado com mais casos absolutos confirmados é o Rio de Janeiro, com 558 pessoas infectadas e 13 óbitos (letalidade em 2,3%). Minas Gerais vem em terceiro lugar, na contabilidade dos casos, com 558 comprovações, mas sem mortes registradas até o momomento.
Veja como os casos estão espalhados por região no país:

Perfil dos infectados

Com relação à faixa etária, 90% dos óbitos foram de pessoas com idade acima de 60 anos (91 casos). Seis óbitos foram de pessoas com idade entre 40 e 59 anos; e quatro, de pessoas com idade entre 20 e 39 anos.
Considerando os grupos de riscos, 84% dos óbitos são de pacientes que apresentavam pelo menos um fator de risco.
De acordo com o ministério, 59 óbitos ocorreram com em pessoas com algum tipo de cardiopatia. "Essa é uma doença que às vezes apresenta poucos sintomas. Mas ao se prolongar ela cansa as pessoas. Temos muitos relatos de pessoas que se dizem cansadas por causa dela. Por isso, em pacientes com cardiopatias, o coração não aguenta. É um vírus que cansa o corpo depois de dias", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Ainda no âmbito dos grupos de risco, entre os óbitos, 43 tinham histórico de diabetes; 19 de pneumopatia; dez apresentavam doença renal; dez tinham quadro de imunodepressão; sete, doença neurológica; quatro, asma; três, doença hematológica; duas pessoas apresentavam obesidade; uma tinha doença hepática; e uma era puérpera.
Veja a evolução do número de casos no país, desde o registro do primeiro caso:

Estrutura, respiradores e UTIs

Durante a coletiva, tanto Mandetta quanto o secretário executivo da pasta, João Gabbardo, elogiaram a estrutura do país em termos de unidades de terapia intensivas (UTIs).

Peguntado sobre se esse otimismo levava em consideração que boa parte dos leitos de UTI está em hospitais privados, o secretário disse existe a previsão de usar os leitos de hospitais privados: “Vamos usar também os leitos das unidades privadas. Se for o caso, vamos pagar por isso”, disse ao ressaltar que o Brasil tem, proporcionalmente, uma quantidade de leitos de UTI acima da de muitos países.

O ministro lembrou que os leitos de UTIs são, muitas vezes, ocupados por pessoas que sofreram traumas e que, com menos pessoas circulando nas ruas em razão do isolamento social, a tendência é que mais leitos estejam disponíveis: “Nossas estradas matam muito. Temos muitos acidentes de trânsito, principalmente de motociclistas. Por isso, com a determinação de paralisação [isolamento social], diminui o número de acidentes e traumas. Sobram, portanto, leitos que podem ser utilizados para essa virose.”

Segundo o secretário Gabbardo, o governo está aumentando em mais 15 mil o número de leitos. “Se precisar vamos colocar mais. Além disso vamos produzir 17 mil respiradores nos próximos meses”.

Gabbardo disse que a preocupação maior é com o risco de, em meio ao embate contra a doença, profissionais da saúde acabarem se contaminando e tendo de se afastar do trabalho. Por esse motivo, há especial preocupação do governo com a aquisição dos materiais de proteção. “O Ministério da Saúde já comprou 45 milhões de máscaras e distribuímos 9 milhões. Estamos com licitação para adquirir mais 200 milhões de máscaras.”, disse.

“Muitos médicos não atuam em apenas um hospital e, ao se afastarem do trabalho, causarão prejuízos a esses hospitais. As roupas para esses médicos são hoje objeto de consumo de todo o mundo”, disse ele ao informar que negociações têm sido feitas com a China visando à importação de diversos tipos de equipamentos.
Cloroquina e hidroxicloroquina

Mandetta voltou a criticar a automedicação, em especial relacionada ao uso da cloraquina e da hidroxicloroquina, medicamentos que já têm prescrição autorizada pelo ministério, em caráter experimental para casos graves de covid-19.

“Esse medicamento, se tomado, pode dar arritmia e paralisar a função do fígado. Então se a gente sair com a caixa na mão dizendo que pode tomar, podemos ter mais mortes por mau uso do medicamento do que pela própria virose”, alertou o ministro.

Número de mortes atualizado às 17h52. Matéria ampliada às 19h26

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil - Brasília

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