Ex-prefeitos do ES são presos por fraude em tributos
Sete ex-prefeitos de municípios do Espírito Santo foram presos nesta
terça-feira durante uma operação promovida pela Polícia Civil em
parceria com o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público
Estadual. Acusado de transferir a uma empresa particular o poder de
cobrar tributos municipais, o grupo teve a prisão temporária (por cinco
dias) decretada pela Justiça capixaba. Outras 18 pessoas que
supostamente participavam do esquema também foram presas de forma
preventiva ou temporária, e existe ainda um foragido.
O
grupo é acusado de Sete ex-prefeitos , estelionato, usurpação de função
pública, dispensa ou inexigibilidade de licitação, excesso de exação,
peculato e advocacia administrativa. A área de atuação englobava pelo
menos seis municípios capixabas: Anchieta, Aracruz, Guarapari, Jaguaré,
Linhares e Marataízes. Foram presos dois ex-prefeitos de Anchieta
(Edival Petri e Moacyr Assad), dois ex-prefeitos de Aracruz (Ademar
Devens e Luiz Carlos Gonçalves), um ex-prefeito de Guarapari (Edson
Magalhães), um de Linhares (Guerino Zanon) e um de Marataízes ( Ananias
Vieira).
A investigação feita pelo Tribunal de Contas do
Estado do Espírito Santo começou em julho passado. Em dezembro, na
primeira etapa da operação, chamada Derrama, foram presas 11 pessoas
acusadas de integrar o esquema. Nesta terça-feira foi promovida a
segunda fase, com mais 25 prisões.
Todas as prefeituras
contrataram sem licitação uma mesma empresa, a CMS Assessoria e
Consultoria, para cobrar tributos municipais. A CMS passava a multar
empresas de grande porte que deviam tributos. Cerca de 40% do dinheiro
que recebia em nome das prefeituras era retido como pagamento pelos
serviços prestados a cada administração.
A reportagem não conseguiu localizar representantes da CMS
Informações A Tarde
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